Eu e meu namorado nos damos super bem, o nosso relacionamento é tranquilo e sem cobranças. Diferente de mim, ele é extremamente sociável o que realmente não me incomoda porque faz parte da essência dele e eu acho lindo esse detalhe, porém é estranho perceber como eu vivo limitada socialmente em relação as pessoas e eventos. Sempre que eu saio ou é com ele, ou com a minha família, e eu não sei até que ponto isso é saudável, uma vez que agora que ele disse que vai viajar final do ano e eu não vou junto por alguns motivos pessoais, me senti meio sozinha e perdida.
Eu não sei o porquê, nem o que eu faço a respeito, de forma nenhuma eu vou falar pra ele não ir porque não faz o menor sentido e seria egoísmo. Mas, eu queria entender o que eu posso fazer pra sair dessa situação de limitação.
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5 JUL 2023
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Oi Ana, obrigado por trazer sua dúvida. Você tem que olhar como anda o seu círculo social, reservar tempo para poder interagir e fortalecer esses vínculos. Não é porque estamos num relacionamento que devemos suprimir nossa individualidade, nossas interações com amigos e familiares. É muito bom estar num relacionamento saudável, mas ficar muito focado nessa relação e se isolar socialmente pode trazer consequências ruins a longo prazo. Então basta você estimular esse lado, marcando com pessoas que você gosta e se sente bem e buscando sempre o equilíbrio dentro do relacionamento. Pense nisso. Boa sorte.
As pessoas são diferentes: umas são dadas , gostam de estar no meio social, sentem prazer; outras, já são mais na delas. É um jeito de funcionar e não tem problema. O problema surge é quando isso atrapalha sua vida em várias áreas, por exemplo, ter que socializar e não conseguir, apresentar sintomas de ansiedade, dentre outros. Se for o que acontece com você, aí é importante busca ajuda e desenvolver mais as habilidades sociais. Estou à disposição.
Fazendo esse contraste entre a personalidade de seu namorado e a sua personalidade é possível cogitarmos que ele tenha uma tipologia mais extrovertida, ou seja, maior inclinação para o contato social, exterior em pessoas e situações; já você pode apresentar uma tipologia introvertida de personalidade, alguém que segue mais por uma vivência subjetiva, mais introspectiva, internalizadora.
Você observa bem, Ana, que a personalidade sociável, comunicativa do seu namorado tem seu brilho, seu encanto para ti, isto é: os opostos podem ser complementares! Como também o que sobra nele falta em ti, e vice-versa, e em parte essa diversidade não necessariamente gera adversidade porém sim complementariedade.
Talvez a grande questão, Ana, seja discernir se sua personalidade, seu temperamento mais comedido, mas introvertido vem se tornar em si um estorvo, um limitador, uma subtração no seu bem-estar consigo. Como também você tão bem observou, não se trata de tolher a vida do seu companheiro, contudo esse contraste entre vocês a faz refletir sobre o porquê de você ser como você é - e se é necessária alguma mudança. A psicoterapia é esse potente auxiliar para você aprofundar o autoconhecimento que você, Ana, como transparece no seu relato provavelmente uma introvertida que é, já tão bem iniciou com seu lúcido questionamento. Fica então o convite para ampliarmos esse autoconhecimento!
Fico à disposição!
Um cordial abraço,
Bruno.
Olá Ana! Que bom que você escreveu. Não é normal. Ao contrário, é altamente adoentador, com potencial certeiro de gerar dependência, investimento de altíssimas expectativas e demandas para uma ou duas pessoas no futuro, que certamente não poderão corresponder, desembocando em decepção e afastamento.
Cuidemos de ampliar trocas sociais através de grupos de esportes coletivos de contato, de teatro, esportes, turmas de colegas e conhecidos, grupos de estudos. Cuide sempre para estar com pessoas éticas e saudáveis.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
