Comecei um relacionamento a pouco tempo, eu e minha sogra tínhamos uma relação muito boa, eramos muito amigas e próximas, conversávamos sobre tudo com muita abertura. Meu namorado acabou ficando doente e eu fiquei com ele no hospital durante um período para ajudar com os cuidados e também por estarmos juntos e gostar dele, nesse momento que os problemas começaram, minha sogra começou a contar coisas que havíamos conversado e até mesmo inventar outras coisas que ela sabia que seriam um problema para ele e que acabaria afetando nosso relacionamento e foi o que realmente aconteceu, nos afastamos, nosso relacionamento enfraqueceu e nós acabamos terminando e voltando varias vezes durante esse período (20 dias), percebo varias duvidas e varias coisas da parte dele que não teriam motivos para existir na cabeça dele a menos que fossem "colocadas" lá. Meu namorado mora com os pais ainda e é praticamente filho único, é o filho mais novo e tem uma relação boa com a mãe, são muito unidos e muito amigos. Não tenho nada contra a minha sogra, muito pelo contrario adoro ela e queria que nossa relação continuasse sendo como era, não to aqui para ocupar ou roubar o espaço dela como mãe, mas sim pra poder construir uma relação saudável e de companheirismo com ele. Como posso me reaproximar dela e fazer as coisas voltarem a ser como eram? Já tive uma conversa com ela logo que tudo começou a acontecer e expliquei que quero ser amiga dela, quero que possamos contar uma com a outra e que não estou aqui para ocupar o espaço dela e nem para afastar ele dela, pelo contrario que sempre que eles sejam unidos e amigos.
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11 FEV 2023
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Olá Luiza
Talvez voce foi muito ingênua e não percebe o que de fato existe nas relações familiares.
Se voce exagerar e confia demais na tua sogra, engrossa o caldo contra voce...
Se a ligação entre teu namorado e a mãe dele é forte, mais teu namorado precisa cortar o cordão umbilical psicológico com ela, se ele quiser constituir familia contigo de forma saudável.
Sempre que a mãe dele sente esta ameaça que voce está afastando o seu filho preferido dela, age para provocar desavenças contigo.
Nada voce pode fazer.... quem precisa se dar conta é o seu namorado e antes de firmar namoro ou decidir casar com ele, ele precisa se independizar, curar a dependencia afetiva com a sua mãe porque senão, voce sempre será a segunda no coração dele.
Olá Luiza! Obrigado por escrever. Teu texto sugere a sensação da falta de uma parte de conteúdos importantes. de outro lado, indica questões que precisam ser refletidas:
- Separação várias vezes em vinte dias, não está nem perto do conceito de separação para uma única vez. Para você ter uma ideia, separação para ser consistente, amadurecida, consequente, precisa envolver um mínimo de separação plena. Isso é o tempo mínimo para as pessoas se modificarem com consistência, para que possam, após três anos, talvez namorar outra pessoa, embora com a mesma identidade e nome, mas modificada pelo amadurecimento e experiências.
De outro lado, é preciso ponderar que namoro é experiência de aproximação para se conhecer melhor, que na maior parte das vezes, faz ver coisas, que de longo não eram vistas, cujo desconhecimento dava aprovação ao namoro, que agora não dão mais.
É preciso ter claro que namoro envolve pacote com aspectos que não queríamos.
Há ex namorada, mas não há ex mãe.
Pondere, amadureça. Estou a disposição para aprofundamentos.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Não fortaleça terroristas, mentirosos e antidemocráticos.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
