Devo continuar insistindo no meu relacionamento?
Olá,
Estou casado a 2 anos e 5 meses. Conheci minha esposa em Agosto/2020 (tínhamos 23 anos) e ela vinha de um término recente (5 meses), enquanto eu vinha de uma vida de relacionamentos bagunçados e bastante insegurança.
Fomos nos conhecendo e estava tudo muito legal, até que começamos a ter conflitos o que logo no começo do relacionamento levou ao término. Porém, no dia seguinte ao fim, ela fez um teste e viu que estava grávida, isso foi em Novembro/2020.
Decidimos tentar fazer acontecer, porém 2 meses depois ela terminou novamente.
Sofri muito, porém me fortaleci no meu filho e na esperança de constituirmos uma família. Fui um bom parceiro, mesmo tendo a indiferença dela por algum tempo, fui em todos exames, ajudei com as responsabilidades dela como ir a lugares, resolver coisas e ajudei a montar todo o quarto do nosso filho em sua casa (Fiz o que deveria ter feito).
Faltando 2 meses para o nosso filho nascer nos reaproximamos e voltamos a namorar e logo em seguida decidimos ir morar junto. No dia que nos mudamos descobri que ela se encontrou com o ex enquanto estávamos separados para contar que estava grávida, então fiquei bem chateado e falamos muito sobre, ela confessou que na época que me conheceu ainda não tinha digerido o término e até a rejeição pela gravidez que desenvolveu tinha a ver com esse término mal resolvido, porém jurou que tinha resolvido tudo internamente e que me amava e queria formar nossa família.
Foi um processo longo de conquista de confiança, porém em meio a todo turbilhão de cuidar de uma criança e um novo "casamento", fomos muito felizes e conquistamos a confiança no relacionamento.
De lá para cá foram muitos planos, sonhos e objetivos traçados, porém, nos últimos 3 meses, até por problemas financeiros e necessidade de ir morar no quintal dos meus pais, nosso relacionamento deu uma esfriada e os conflitos aumentaram, porém sempre dentro de um nível aceitável e até normal, eu diria.
A 40 dias desconfiei dela e olhei o celular, ela tinha adicionado e excluído o contato do ex-namorado algumas vezes no celular, então surtei e fui cobra-la. Ela relutou para assumir que tinham conversado, disse que foi uma recaída dela por estar mal e querer falar com ele, porém que me amava, amava nossa família e queria continuar comigo.
Depois de longas conversas e quase terminarmos algumas vezes, ela assumiu que falou com ele, que sentia que errou em ter terminado lá trás e isso levou a fazer isso, porém disse que jamais voltaria com ele.
Resolvi tentar passar por cima, porém agora ela veio falar em terminar. Ela disse que nunca viveu a vida pra ela, que sempre teve grandes responsabilidade (ela sempre cuidou da mãe deficiente visual) e que na fase onde vinha de um término e poderia se descobrir e viver mais, me conheceu e tivemos um filho.
Minha reação foi dizer que ainda quero fazer acontecer, porém que a porta de casa está aberta, que ela poderia ir em paz pois não haveria rancores e que sempre seria um pai presente.
Ela resolveu ficar, porém em muitos momentos está fria e isso tem me machucado bastante.
Meu lado mais emocional diz que devo lutar pelo "sonho" de continuar nossa família e sermos felizes, porém minha mente diz que ela nao me ama e que esteve um bom tempo comigo e ainda está, por eu ser uma boa pessoa pra ela.
Hoje ela tem um bom trabalho, tem feito novas amizades e até a família dela tem mais condição de recebe-la, enquanto eu passei por momento difíceis no último ano, perdi meu emprego e entrei num processo de quase depressão, meus relacionamentos de amizade estão cada vez menores e minha vida se resume muito a minha família. Coloco isso, pois as vezes sinto que ela esteve comigo muito mais pela situação do que pela vontade e agora que a vida dela tomou um rumo, prefere ir embora.
Sinceramente não sei o que fazer, parece que ela não quer ir embora por remorso, por achar que não dei "motivos" e pelo nosso filho.
Permaneço firme e fazendo meu melhor, porém não tem sido fácil.