Tenho 25 anos e nunca pensei que essa questão de traumas na infância me afetassem tanto. Recentemente comecei um curso de cura da criança ferida e muita coisa que eu ouvi fez sentido, coisas até que eu já sabia, mas nunca tinha ficado tão claras como agora. Analisando também percebo que boa parte dos meus traumas estão ligados a minha própria família, é uma longa história, mas resumindo é incrível à capacidade dos meus pais me tirarem do sério e de me fazerem ficar mal, é como se eles sugassem toda a minha energia e analisando isso me persegue a vida toda, sempre deixei de fazer muitas coisas que queria por causa da opinião deles. Tenho muitas coisas para mudar e melhorar, mas a minha primeira dúvida é: como curar a criança ferida sendo que tenho gatilhos em casa praticamente todos os dias?
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A melhor resposta
25 MAR 2024
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Olá, Mel, espero encontrá-la bem.
As dinâmicas familiares estão muitas vezes no centro dos nossos conflitos por terem, em muitos casos, um caráter rígido e persistente. Ou seja, no geral os pais tendem a tratar os filhos da mesma forma e frente às mudanças individuais dos filhos e os conflitos se dão exatamente nesta dinâmica na qual os filhos seguem sendo tratados da mesma forma independente do seu amadurecimento. Lidar com esta situação é profundamente necessário e libertador. Além de tornar o processo de autoconhecimento mais autônomo, tende a aprimorar a relação entre pais e filhos.
Estou à disposição para conversarmos sem compromisso e sem custos via videoconferência (online) para te escutar mais e para te apresentar como se dá este caminho terapêutico.
Oi Mel,
É corajoso e importante reconhecer a influência dos traumas da infância em sua vida e buscar ajuda para curar sua criança interior ferida. Para lidar com seus gatilhos em casa enquanto trabalha nesse processo, considere procurar um profissional da saúde mental e faça terapia. Um terapeuta qualificado pode ajudá-la a explorar seus traumas de infância, identificar padrões de comportamento prejudiciais e desenvolver estratégias eficazes para lidar com seus gatilhos familiares.
Estabeleça limites saudáveis também, dentifique quais comportamentos ou situações em casa desencadeiam seus traumas e estabeleça limites claros com seus pais. Comunique suas necessidades de maneira assertiva e firme, explicando como certos comportamentos afetam você e o que você precisa para se sentir seguro e respeitada.
Pratique técnicas de autocuidado, dedique-se a atividades que promovam seu bem-estar emocional e mental, como meditação, ioga, exercícios de respiração, escrita terapêutica ou qualquer outra prática que o ajude a se conectar consigo mesmo e a acalmar sua mente.
Espero ter ajudado de alguma forma
Abraço,
Thaiane Souza
CRP 03/21595
Bom dia Mel! Obrigado por escrever. Quando você fala de curso de cura da criança ferida, preciso entender concretamente o que você quer falar. De outro lado, a história de cada um de nós apresenta cicatrizes. Sofrimentos e família, assim, com segurança, estabilidade, alegrias, também costumam acontecer, na maior parte das vezes, na família. Aos vinte e cinco anos, precisaremos te fortalecer para que tome as rédeas da construção de seu destino, tornando-se ocupada predominantemente com suas metas, seus sonhos suas construções. Para tanto, um de nós, psicólogos, precisaremos conhecer você, tua história, tuas metas, tua rotina de vida, tua personalidade, teus recursos, teus potenciais, dentre outros aspectos, para que possamos te ajudar a fortalecer a autonomia, a ousar buscar as realizações de tuas potencialidades.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
As relações que desenvolvemos com nossos familiares costumam ter grande influência em nossas vidas por estarem presentes em nosso desenvolvimento desde muito cedo.
Considerando que a dinâmica familiar e os estresses constantes estão muito presentes em sua rotina diária, é compreensível o quanto isso pode estar afetando significativamente sua saúde mental e bem-estar.
Seu questionamento demonstra um interesse muito importante, e estar buscando compreender melhor essas questões é um grande passo.
Pode ser útil identificar quais são exatamente esses gatilhos a que você está exposta em casa. Quais situações ou pessoas e com isso identificar quais pensamentos e sentimentos surgem diante desses gatilhos. Com isso, é possível compreender suas crenças, trabalhar nelas e ressignificá-las.
Também é importante estabelecer limites saudáveis de forma assertiva para promover seu autocuidado. A terapia pode proporcionar um espaço para trabalhar esses gatilhos, compreender mais a fundo seus pensamentos e sentimentos, se fortalecer e promover estratégias para lidar com os desafios que você vem enfrentando.
Precisando de orientação e auxílio, fico à disposição para conversar.
Espero ter ajudado de alguma forma.
Fico à disposição.
Abraço, Mel!
Não adianta só ter consciência, é preciso ter a decisão de querer sair disso que te adoece. Por que permanece num ambiente assim, por que a dependência tão grande e o medo de crescer e ser independente ? Muitas vezes, precisamos sair desses ambientes que nos adoecem pra poder voar, ir além, vencer. Já pensou sobre o por que não sai desse ambiente , que medos têm de ir pra vida...? Precisamos entender essa tua dificuldade aí de cortar esse cordão umbilical tóxico pra ti. Vamos mudar isso? Entre em contato.
Steffany E. Alves
CRP22/01308
Olá, é preciso trabalhar essas questões com exercicios práticos. Ter consciencia é só um primeiro passo, os demais incluem ter a decisão da mudança , e a ação fazendo todos os dias. Não espere que a mudança venha da parte deles, mas quando você tiver novas atitudes tudo isso vai mudar. Enquanto a gente se afeta pelo que o outro faz, ele continua a fazer mas se você muda certas posturas, aí sim, tudo muda. Entre em contato, vamos entender e trabalhar isso de forma a mudar de fato! Tudo depende da sua decisão. E outra, por que você já adulta se encontra nesse ambiente? O que te prende ainda a eles assim? Que ganhos você obtém? Ou o que deixa de viver enquanto está nesse circulo tóxico? Coisas a pensar...
Steffany Alves
CRP22/01308
Olá Mel, obrigada por compartilhar sua pergunta.
Entendo que pode ser difícil lidar com traumas da infância, especialmente quando eles estão conectados à dinâmica familiar atual. É muito legítimo que esteja buscando lidar melhor com essa dinâmica.
Em relação aos gatilhos em casa, é essencial estabelecer limites saudáveis e proteger seu espaço emocional. Isso pode envolver comunicação assertiva com seus pais, definindo claramente seus limites e explicando como certas interações afetam você. Além disso, criar um espaço seguro para si mesmo é crucial. Isso pode incluir atividades que o ajudem a se reconectar consigo mesmo e a se nutrir emocionalmente. A terapia pode ser esse espaço onde conseguirá apoio para lidar com essas situações e construir saídas conjuntas.
Fico à disposição caso queira me contatar, podemos conversar sobre como funciona o processo da terapia.
Abraço,
Psicóloga Luiza França
