Como superar a dificuldade em dizer não e o medo da reação dos outros?

Feita por >Flinn Raider · 10 out 2021 Desenvolvimento pessoal

Olá meus amigos. Venho aqui pedir um conselho, recomendação ou orientação a vocês mais uma vez. Tenho passado por um problema que tem afetado até mesmo o desenvolvimento da minha relação familiar com a minha esposa.
Eu possuo uma dificuldade imensa em me impor, me "ofender" ou apenas dizer "isso é desagradavel" as pessoas. Mais especificamente a minha familia.
Exemplo desta situação é o fato de que temos brigado com meus pais constantemente nos ultimos meses, devido a uma certa "idolatria" que os mesmos tem por um sobrinho, que é na verdade tratado praticamente como filho mais velho (que seria eu na verdade), e meus irmãos mais novos tratam ele com todo o respeito, consideração e educação, enquanto que eu e minha familia (filha e esposa) não temos contato com meu irmão mais novo a mais de 3 anos, e minha irmã fala conosco o basico do basico, depois de ter sido absurdamente rude, insensivel e desrespeitosa durante um ocorrido na rede social com minha esposa.
Este fim de semana meus pais vieram nos visitar. Me arrisquei, pois temos um dificuldade imensa de nos comunicarmos, em perguntar a eles como estava meu irmão já que não tenho noticias dele. A resposta foi que ele está bem, mas não fala muito, apenas no grupo do whatsapp da familia. Grupo esse do qual não faço parte, mas sim, toda a familia restante, incluindo esse sobrinho citado acima, esposa, e irmãs dele. Mas eu não. Me retirei do grupo pois era extremamente desagradavel assistir a eles conversarem como se fossem pais/filhos/irmãos.
Temos outro grupo realmente da familia, o qual foi feito recentemente, 3 meses atras pela minha irmã, onde praticamente não há conversa. Dentro desses 3 meses jamais alguém perguntou sobre minha vida, sobre minha filha, ou sequer conversamos. Minha irmã tende a falar nesse grupo (1x a cada 15 dias) para mostrar fotos dos gatos dela, ou das plantas dela, e é isso a que se resume o grupo. Me pronunciei apenas uma vez, e meu irmão, em 3 meses, não conseguiu falar um oi.
Mas, aparentemente, neste "grupo da familia" do qual não estou, ele interage. Ele conversa. Fiquei até mesmo sabendo que ele visita seus primos e tios, mesmo que pouco. Mas não temos qualquer tipo de contato nestes ultimos anos.
Pouco depois meu pai procurou minha esposa para tranquilizar ela e dizer que sabe que tanto eu quanto ela estamos magoados, mas que não devemos ficar assim. E novamente solta a seguinte bomba:
"Não entendo porque vocês não querem conviver com aquele sobrinho, ele é tão bom, está tão diferente. Meus filhos estão apenas seguindo os mesmos passos que ele. Ele também brigou, afastou, expulsou as irmãs dele da vida dele, mas agora está tudo bem".

E nós já dissemos, pelo menos 3x que não queremos conviver com ele, pois nos machuca absurdamente ver a forma como eles "idolatram" esse rapaz em questão. Minha mãe jamais tirou uma ferias dela pra ficar com nossa filha, não estava presente no nascimento da minha filha, no caminhar, nas primeiras palavras, nem nas poucas vezes em que ela ficou realmente doente e precisavamos de ajuda. Minha mãe não esteve presente quando tive dificuldades financeiras, e nas poucas vezes em que me ajudou nessa questão, fiquei sabendo que o mesmo valor em dinheiro que recebi, esse sobrinho também recebeu. Minha mãe não esteve presente nas poucas vezes em que tive problemas de saude. Mas soube que se preocupava com a saude do filho desse sobrinho. Olhou nos meus olhos e disse que estava se planejando pra ir ver o nascimento do filho desse rapaz. As duas ferias (com mais de 3 dias) que ela teve disponivel, uma ela ficou com a minha irmã, e outra, ficou na casa desse sobrinho.
Meus pais resolveram dividir a herança deles, ou pelo menos deixar encaminhado a divisão alguns dias atrás. Eu fui o ultimo a saber. E mesmo meu pai tendo 3 casas com o mesmo valor, as quais ele podia ter dividido igualmente, eu fui deixado com uma pequeno terreno numa cidade do interior. Sobrando assim um "imovel" que não foi divido, o qual acredito que ele queira deixar para esse sobrinho em questão.
Alguns dias atrás chamei minha mãe e disse que estava triste, pois haviam 6 meses em que ela não via minha filha. E nesses 6 meses, ela havia ligado apenas uma vez pra falar com ela. Meu pai já tinha vindo algumas vezes, e eu também havia acabado (fazia apenas alguns dias) de vir da casa dela. Ela então me ligou, e tivemos um discussão grave, na qual ela não se poupou ou se preocupou em levantar a voz . Ela me acusou de querer que ela deixe a mãe dela, minha avó para morrer (no momento minha vó está parcialmente invalida. Tem dificuldades para comer e não consegue se locomover sozinha). Me acusou de jogar coisas na cara dela. Acusou minha esposa de que ela nunca abandonou a mãe dela (que por sinal não tem qualquer tipo de problema de saude, mas mora a 10 metros da nossa casa que também, por sinal, foi dada pelo pai da minha esposa a nós). Por fim, me acusou de não ter ligado para ela também durante esse periodo. Minha reação: Você tem razão, a culpa é minha. Também vou começar a te ligar.
Porém, eu estava profundamente magoado com ela. Tenho sofrido muito. Eu e minha esposa brigamos constantemente por conta dessas situações. Por isso me afastei. Eu parei de ligar, de pedir, de ir atrás dela. Porque estava triste com ela. E mesmo assim, assumi a responsabilidade por ela não ter ligado.
Nessa mesma ligação, também fiquei sabendo que ela deixou de nos visitar com mais frequencia, porque quando nossa filha tinha 1 ano de idade, minha mãe veio no dia 25 de manhã, almoçou conosco, e as 3 horas da tarde saiu da nossa casa. Ficamos sabendo alguns dias depois que ela havia ido passar o ano novo na casa desse sobrinho, que tinha um filho com, também, pouco mais de um ano. No natal seguinte, disse educadamente que caso ela quisesse ir passar o natal com ele novamente (infelizente pra mim, meus irmão moram na mesma cidade que ele) que não tinha problema. Pois eu e minha esposa iriamos fazer algo em familia. Ela não gostou da minha atitude. Na ocasião ela estava em nossa casa, passou dois dias conosco sem falar comigo, foi embora, e a partir dai passou a evitar o maximo nos visitar (segundo o que ela explicou na ligação em que discutimos)

Meu problema, com toda essa história, é só um. Eu não pude, não consegui, não disse absolutamente nada sobre nada disso pra eles. Não questionei. Não briguei, não reclamei, não disse que não gostei, que me machucou, nem que isso foi desagradavel. Muito pelo contrario. Fui até a cozinha, fiz uma xicara de café para eles, e tratei eles com todo o amor do mundo.
Dias depois, festa de aniversario da minha filha, apenas meus pais vieram. Sentaram-se em uma mesa retirada. E mesmo com tudo que havia ocorrido (tanto a ligação quanto a história da herançã se passaram num periodo de 2 meses antes da festa), eu deixei minha esposa, amigos, e passei a festa inteira sentado na mesa com eles.
Agora, estamos passando por mais um problema. Durante a ligação em que brigamos, foi questionado o porque de ela não ligar, e toda a ausencia dela nos ultimos anos. Agora, como castigo, ela liga DIARIAMENTE para nossa filha, mesmo que não tenham assunto. E ela vem CONSTANTEMENTE em nossa casa, nos privando de liberdade/intimidade. Nos ultimos dias, ela mandou meu pai no final de semana passado, ela veio nesse ultimo fim de semana, quer voltar no final de semana que vem, e quer novamente no feriado.

E mais uma vez, eu não consigo nem mesmo dizer a ela "Mãe, não me leve a mal, mas queremos fazer algo em familia" porque morro de medo de mais uma vez ela se ofender. Porque tenho medo de que ela ligue novamente gritando. Tenho medo de que ela me force a encontrar e conviver com esse sobrinho, tenho medo de dizer Não e ela insistir em tudo.

E esse caso, essa dificuldade em dizer NÃO, se estende além da minha familia, mas, no momento, infelizmente esse é o caso que mais me afeta. Meu casamento, minha vida profissional, minha filha, tudo isso esta sendo afetado pela minha dificuldade em dizer não e pela atitude da minha mãe (principalmente, pois apesar do meu pai também fazer, com ele me sinto mais confiante em conversar e desabafar, apesar de não chegar nem perto de ser algo saldavel)

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A melhor resposta 28 JUN 2022

O problema não é a dificuldade de dizer não!
O problema é a relação que vocês todos criaram em torno disso: muito melindre, muito julgamento, muito auto julgamento, muita fofoca, muito disque disque... muita falta de amor, muita inveja...e outras...
Todos esperam que “alguém faça” e ninguém faz nada para melhorar a situação... Todos criticam e ninguém faz nada para solucionar o problema; há muita crítica e nada de compreensão, estão sempre pisando em ovos, num campo minado!... daqui a pouco a bomba estoura e aí, mais uma vez a culpa é sempre do outro.
Você não percebe que o campo está aberto para que algo seja feito?
O que você está semeando? Joio? O que você está cultivando? Discórdia? Pois discórdia terá... colhe-se o que se planta.... E se para mudar esta situação só faltasse uma atitude humilde tua?
Porque este medo de ser criticado? Quem mais faz, mais é criticado, mas e daí? Vai ser destruído por isso?
Uma fruteira que não leva pedrada é porque nenhuma fruta tem!
Há muita falta de esclarecimento, muita confusão... precisa se harmonizar, precisam exercitar o perdão e a gratidão... Faça Psicoterapia para esclarecer tudo isso para você mesmo e fazer a diferença para o todo.

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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27 ABR 2022

Oi Flinn.
Primeiramente peço desculpas pela demora de uma resposta.
Imagino que muita coisa já aconteceu desde o dia em que você mandou a mensagem, e por conta disso muito provavelmente qualquer coisa que eu disser aqui será besteira.

Gostaria de te incentivar a buscar fazer psicoterapia, pois há muitas coisas acontecendo (lendo o que você escreveu) dentro de você que pode ser tratado.

Não desista, estarei aqui a disposição.
Jean Pierre.

Jean Pierre da Rocha Carneiro Psicólogo em Porto Velho

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