Não sei se gosto do meu ex e assumo que gosto do outro sem medo

Feita por >VANESSA · 24 set 2020 Terapia de casal

Nos conhecemos no carnaval em 2014, e fiquei muito feliz de ter conhecido ele, passamos o carnaval juntos e foi especial aquilo que vivemos, voltei para minha cidade e ele continuou sua vida e vida que seguiu. Logo um tempo depois fiquei sabendo que ele tinha se mudado para outro pais e que estava tudo bem... eu iniciei um namoro e fiquei muito apaixonada com meu primeiro namoro eu amava meu namorado vivemos tempos muitos felizes e românticos.
Ele se chamava Pedro um cara especial, sério, de poucas palavras e de um coração enorme.
O outro do carnaval chamava João ele é um cara mais culto, mais na dele, porém não sério. Familia um pouco destruturada mais com uma condição acredito que boa.
A história começa quando em algum momento algo mudou para mim em relação ao Pedro não sei o que foi e nem quando foi. Só sabia que já não era a mesma intensidade que antigamente e eu não sabia se isso já era um sinal de adeus ou algo corriqueiro em um relacionamento. Com o passar dos dias as conversas com o João iam tomando cada vez mais importância e expectativas e ao mesmo tempo uma culpa de não saber o que estava havendo. Lembro que não sabia que decisão tomar se vivia algo que era errado mais algo que pertencia só a mim e talvez uma experiência apenas. Acabei optando por pagar pra ver o que era de fato isso que fazia eu dormir mal e ficar em estado de alerta.
Quando tomei coragem e confirmei pro João que iria ver ele, foi um choque passava mil coisas na minha cabeça, uma mistura de reencontro com aquela Camila que tinha ficado no passado e voltava em ação e uma mistura que algo poderia mudar naquilo que parecia tão estável e confortável de um namoro consolidado.
O dia que ele veio foi emocionante depois de 4 anos nos reencontramos e foi estranho e especial, é inevitável que sentia algo por ele e parecia que estávamos apaixonados, queria passar horas com ele e conversando e fantasiando uma vida com ele. Alguns dias ficamos nos encontrando e foi um momento muito ruim do meu namoro, me apaixonei por ele e estava vivendo um relacionamento e a essas horas a culpa me consumia, vários pensamentos vinham de como eu fui capaz de fazer isso com o Pedro. Tentava achar desculpas por ter feito aquilo de ter tido coragem e até que o Pedro desconfiou do meu jeito com ele já não estava mais ali de alma, só apenas o corpo presente.
A descoberta foi a pior coisa que já me aconteceu estava muito mal e com um sentimento de perda. Estava sendo perder duas coisas importantes pra mim na mesma hora, a descoberta da traição e a volta do joão para casa. Um sentimento de angustia e impotência me contaminou.
Com o passar dos dias o Pedro decidiu me perdoar e seguir nosso relacionamento, me senti muito culpada e ainda sim sem entender o que estava se passando no meu coração. Os dias depois foram mais difíceis o João tinha voltado e eu esperava uma atitude dele diferente, cada dia ele ficava mais afastado e oculpado. Eu me senti completamente sem chão e agora com a tarefa de reestruturar meu namoro e focar nisso mesmo quando o coração trazia lembranças. Os meses não foram fáceis a cada dia pensava que ele poderia mandar um e-mail, uma mensagem, um telefonema.
Quando cai em mim, comecei a buscar meios para me fortalecer e entender que não dava aquilo mais e que meu coração teria que aceitar. Aos poucos os sentimentos encontram lugares e proporções adequadas e começamos a entender, depois de um tempo não consegui manter esse distanciamento e fui falar com o João, agora os sentimentos que rondavam era o da raiva e magoa, estava esperando uma brecha para despejar tudo que ele me fez passar, tudo que eu fiz para ter aqueles momentos com ele e tudo que ele fez foi aproveitar aqueles momentos apenas. Mas queria explicações e falar como ele foi sem sentimentos e calculista.
A raiva ela costuma ter prazo de validade depois de muitas ofenças e muito autoconhecimento aquele sentimento ia evaporando e surgindo um novo sentimento mais consciente e menos romântica dessa vez. Porem ainda haveria um impedimento para vivenciar esse pleno que eu quis tanto antes... ainda tinha meu namoro que estava sobrevivendo aos poucos e com interrupções que eu mesma provoquei. Mas o que será que eu quero com isso?
Ainda hoje eu não sei responder ao certo o que eu busco nisso tudo, algumas coisas consigo entender, outras é confuso ainda.
Com isso terminei meu namoro para pensar se realmente o amo, porque acho que amar não é isso que estava tendo, amar era o que eu tinha antes e que de alguma forma se transformou ou realmente acabou.
Estou seguindo minha vida, mais ainda sinto que muitas coisas ainda não estão bem no meu íntimo e a cada dia parece que fica pior, fico mais confusa.
Eu não queria está “namorando” com o João a distância isso não me preenche, e também sinto medo de me magoar como uma especie de ritual de tudo que vai volta e então eu vou pagar pelo que eu fiz em algum momento.
Sobre o Pedro eu o amo, isso eu tenho certeza, eu acho que ele é o cara mais especial que já conheci, talvez eu o tenha conhecido em um tempo errado e que precisasse está mais preparada pra viver o que ele tem pra oferecer que é um amor puro, fiel, com um coração gigante e que tem uma luz de anjo.
Meus encontros com o João sempre são maravilhosos e apaixonados sempre com um frescor e com gostinho de quero mais, agora sinto que ele quer algo comigo o que de fato eu quis anteriormente o difícil é entender os motivos pelo quais ele diz querer agora. Algumas evidencias me parecem bem obvias como quando pergunto sobre quem ele ficou depois que voltou, ou quando pergunto o que fez ele mudar de ideia... As respostas sempre me levam a crer que foi por questões circunstanciais que levaram a uma atitude forçada e talvez descabida. João tem 34 anos, mora com um amigo na Suécia, não é tão expansivo e tem algumas dificuldades em relação a expor sentimentos, tem dificuldade com a família, não fala muito com a mãe, irmão e o único que ele tem um contato a mais é com o pai e mesmo assim não sinto um afeto muito caloroso também sinto que possui algumas magoas em relação a família num modo geral, porém acho ele gentil, amoroso. Na minha humilde percepção, suas mudanças em relação a mim vem do somatório de tudo que ele expos algumas vezes comigo, idade, solidão, medo de não encontrar alguém, tempo e proximidade.
De fato a maioria desses sentimentos que falei que fez ele mudar de ideia é o que a maioria reflete para tomar alguma decisão amorosa ... Mas não sei se contei ele mora na Suécia... como sustentar uma relação desse jeito? Como deixar o Pedro de fato pra trás? Essa incerteza que consome por não saber o que pode acontecer lá ou aqui!
Sigo com algumas dúvidas em relação a essa dinâmica que eu criei.. não sei se por questão de imaturidade ou por saber que fazendo alguma escolha automaticamente você exclui a outra e se responsabiliza por tudo de bom ou de errado que der.
Escolher nunca é fácil ainda mais que essa escolha parece que vai modular o meu futuro e não apenas seja uma experiência a mais. Mas algo que de fato preciso saber e decidi para próximas etapas.

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A melhor resposta 26 SET 2020

Olá Vanessa.
Perceba que há fantasias e realidades em suas relações, é necessário que consiga separar uma da outra para saber de fato o que fazer e o que quer. No entanto voltar com o Pedro exigirá de você total consciência do que quer com ele. Entender o que o João quer com você, é interessante para você saber o que esperar desta relação. Decidir, exige renuncia do que não foi escolhido e arcar com as consequências desta decisão.
Sozinha é muito difícil que consiga ter clareza de cada uma das duas relações e de qual direção tomar. Você poderá diminuir suas dúvidas buscando atendimento psicológico.
Espero ter ajudado.
Jane Assunção

Jane Assunção Psicólogo em São Paulo

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27 SET 2020

Olá "Vanessa"! Grato por escrever. Benvinda ao mundo dos processos de amadurecimentos. As pessoas estão em constante construção. Ninguém permanece igual, logo nenhuma relação permanece igual. Aquele Pedro, que tinha a segurança de estar com você, não existe mais. A Novidade do João não acontece mais. Será que o que você organiza sobre o João na Suécia, está como de fato é?
Voltemos à essência de si mesma: a porção maior do seu namoro com o outro, acontece dentro de você, por essa razão o que determinará a tua qualidade de namoro, estará na tua inteireza pessoal, não no namorado.
Quem coloca o pé em dois barcos, acaba por afastar os dois barcos. Quem escolhe um barco, olha de longe, as belezas e benefícios do outro barco. É o preço da escolha, mas...sem escolha é superficialidade, é pior.
Espero ter ajudado. Namore com riqueza, a si mesma, divida essa riqueza com tempo de entendimento e degustação, com as pessoas queridas, dentre elas, uma pessoa com o qualificativo de namorado, quando for esse seu tempo inteiro. .
Estarei à disposição para esclarecimentos e aprofundamentos que se fizerem necessários.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, sejamos razoáveis: curva de contágio subindo: máscara, distanciamento físico, higiene, Ciência!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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