Não sei se gosto do meu ex e assumo que gosto do outro sem medo
Nos conhecemos no carnaval em 2014, e fiquei muito feliz de ter conhecido ele, passamos o carnaval juntos e foi especial aquilo que vivemos, voltei para minha cidade e ele continuou sua vida e vida que seguiu. Logo um tempo depois fiquei sabendo que ele tinha se mudado para outro pais e que estava tudo bem... eu iniciei um namoro e fiquei muito apaixonada com meu primeiro namoro eu amava meu namorado vivemos tempos muitos felizes e românticos.
Ele se chamava Pedro um cara especial, sério, de poucas palavras e de um coração enorme.
O outro do carnaval chamava João ele é um cara mais culto, mais na dele, porém não sério. Familia um pouco destruturada mais com uma condição acredito que boa.
A história começa quando em algum momento algo mudou para mim em relação ao Pedro não sei o que foi e nem quando foi. Só sabia que já não era a mesma intensidade que antigamente e eu não sabia se isso já era um sinal de adeus ou algo corriqueiro em um relacionamento. Com o passar dos dias as conversas com o João iam tomando cada vez mais importância e expectativas e ao mesmo tempo uma culpa de não saber o que estava havendo. Lembro que não sabia que decisão tomar se vivia algo que era errado mais algo que pertencia só a mim e talvez uma experiência apenas. Acabei optando por pagar pra ver o que era de fato isso que fazia eu dormir mal e ficar em estado de alerta.
Quando tomei coragem e confirmei pro João que iria ver ele, foi um choque passava mil coisas na minha cabeça, uma mistura de reencontro com aquela Camila que tinha ficado no passado e voltava em ação e uma mistura que algo poderia mudar naquilo que parecia tão estável e confortável de um namoro consolidado.
O dia que ele veio foi emocionante depois de 4 anos nos reencontramos e foi estranho e especial, é inevitável que sentia algo por ele e parecia que estávamos apaixonados, queria passar horas com ele e conversando e fantasiando uma vida com ele. Alguns dias ficamos nos encontrando e foi um momento muito ruim do meu namoro, me apaixonei por ele e estava vivendo um relacionamento e a essas horas a culpa me consumia, vários pensamentos vinham de como eu fui capaz de fazer isso com o Pedro. Tentava achar desculpas por ter feito aquilo de ter tido coragem e até que o Pedro desconfiou do meu jeito com ele já não estava mais ali de alma, só apenas o corpo presente.
A descoberta foi a pior coisa que já me aconteceu estava muito mal e com um sentimento de perda. Estava sendo perder duas coisas importantes pra mim na mesma hora, a descoberta da traição e a volta do joão para casa. Um sentimento de angustia e impotência me contaminou.
Com o passar dos dias o Pedro decidiu me perdoar e seguir nosso relacionamento, me senti muito culpada e ainda sim sem entender o que estava se passando no meu coração. Os dias depois foram mais difíceis o João tinha voltado e eu esperava uma atitude dele diferente, cada dia ele ficava mais afastado e oculpado. Eu me senti completamente sem chão e agora com a tarefa de reestruturar meu namoro e focar nisso mesmo quando o coração trazia lembranças. Os meses não foram fáceis a cada dia pensava que ele poderia mandar um e-mail, uma mensagem, um telefonema.
Quando cai em mim, comecei a buscar meios para me fortalecer e entender que não dava aquilo mais e que meu coração teria que aceitar. Aos poucos os sentimentos encontram lugares e proporções adequadas e começamos a entender, depois de um tempo não consegui manter esse distanciamento e fui falar com o João, agora os sentimentos que rondavam era o da raiva e magoa, estava esperando uma brecha para despejar tudo que ele me fez passar, tudo que eu fiz para ter aqueles momentos com ele e tudo que ele fez foi aproveitar aqueles momentos apenas. Mas queria explicações e falar como ele foi sem sentimentos e calculista.
A raiva ela costuma ter prazo de validade depois de muitas ofenças e muito autoconhecimento aquele sentimento ia evaporando e surgindo um novo sentimento mais consciente e menos romântica dessa vez. Porem ainda haveria um impedimento para vivenciar esse pleno que eu quis tanto antes... ainda tinha meu namoro que estava sobrevivendo aos poucos e com interrupções que eu mesma provoquei. Mas o que será que eu quero com isso?
Ainda hoje eu não sei responder ao certo o que eu busco nisso tudo, algumas coisas consigo entender, outras é confuso ainda.
Com isso terminei meu namoro para pensar se realmente o amo, porque acho que amar não é isso que estava tendo, amar era o que eu tinha antes e que de alguma forma se transformou ou realmente acabou.
Estou seguindo minha vida, mais ainda sinto que muitas coisas ainda não estão bem no meu íntimo e a cada dia parece que fica pior, fico mais confusa.
Eu não queria está “namorando” com o João a distância isso não me preenche, e também sinto medo de me magoar como uma especie de ritual de tudo que vai volta e então eu vou pagar pelo que eu fiz em algum momento.
Sobre o Pedro eu o amo, isso eu tenho certeza, eu acho que ele é o cara mais especial que já conheci, talvez eu o tenha conhecido em um tempo errado e que precisasse está mais preparada pra viver o que ele tem pra oferecer que é um amor puro, fiel, com um coração gigante e que tem uma luz de anjo.
Meus encontros com o João sempre são maravilhosos e apaixonados sempre com um frescor e com gostinho de quero mais, agora sinto que ele quer algo comigo o que de fato eu quis anteriormente o difícil é entender os motivos pelo quais ele diz querer agora. Algumas evidencias me parecem bem obvias como quando pergunto sobre quem ele ficou depois que voltou, ou quando pergunto o que fez ele mudar de ideia... As respostas sempre me levam a crer que foi por questões circunstanciais que levaram a uma atitude forçada e talvez descabida. João tem 34 anos, mora com um amigo na Suécia, não é tão expansivo e tem algumas dificuldades em relação a expor sentimentos, tem dificuldade com a família, não fala muito com a mãe, irmão e o único que ele tem um contato a mais é com o pai e mesmo assim não sinto um afeto muito caloroso também sinto que possui algumas magoas em relação a família num modo geral, porém acho ele gentil, amoroso. Na minha humilde percepção, suas mudanças em relação a mim vem do somatório de tudo que ele expos algumas vezes comigo, idade, solidão, medo de não encontrar alguém, tempo e proximidade.
De fato a maioria desses sentimentos que falei que fez ele mudar de ideia é o que a maioria reflete para tomar alguma decisão amorosa ... Mas não sei se contei ele mora na Suécia... como sustentar uma relação desse jeito? Como deixar o Pedro de fato pra trás? Essa incerteza que consome por não saber o que pode acontecer lá ou aqui!
Sigo com algumas dúvidas em relação a essa dinâmica que eu criei.. não sei se por questão de imaturidade ou por saber que fazendo alguma escolha automaticamente você exclui a outra e se responsabiliza por tudo de bom ou de errado que der.
Escolher nunca é fácil ainda mais que essa escolha parece que vai modular o meu futuro e não apenas seja uma experiência a mais. Mas algo que de fato preciso saber e decidi para próximas etapas.