Eu amo a minha mãe, mas ao mesmo tempo a odeio. Não é uma fase de adolescência pois já sou adulta (28 anos). Acontece que a minha mãe apesar de eu acreditar que tenha empatia e me ame, tinha muitos traços que hoje considero narcisista, ela durante toda minha infância, adolescência e ínicio da vida adulta me batia, gritava, enforcava sem motivo. Além disso ela era uma mãe extremamente superprotetora e controladora, então mesmo adulta ela quer controlar absolutamente tudo desde onde e com quem vou em algum lugar, o que posto, até o que eu respondi em alguma mensagem para colega amigos, o que estou assistindo e pensando o tempo todo em volta exigindo que eu dê satisfação até do ar que respiro e brigando muito se eu sequer cogitar em fazer algo que ela discorde. E isso me atrapalho em muitas coisas na vida me tornando uma pessoa insegura, indecisa e dependente. Parte disso se deve ao fato de que ela teve uma infância muito complicada e delicada, tramatica de abuso. E ela também ficou extremamente depressiva depois que perdeu minha vó. Mas acontece que depois de adulta eu comecei a responder a agressividade dela na mesma altura ou até mais então se ela me xingasse ou desse um tapa eu já batia nela e humilhava mais ainda. Até que hoje já mais velha apesar que ainda ter muito controle sobre mim e minhas escola que eu acabo obedecendo por costume e ainda me atrapalhando um pouco ela diminuiu bastante os surtos e agressividades dela comigo, porém agora sou eu que virei o "algoz" quando eu menos vejo alguma coisa que ela fala ou faz que eu não gosto estou xingando e batendo nela. E ela fala que não aguenta mais viver que não vai se matar pela religião dela mas me pede que eu a mate. Obviamente eu nunca faria isso. Eu ainda dependo de morar com ela e tô correndo atrás financeiramente tanto para o meu bem quanto para o dela, mas não tá uma situação fácil e não podemos deixar de morar juntas nesse momento. Mas não sei o que fazer porque ao mesmo que eu conseguisse uma indepedencia financeira dela daqui algum tempo, ao mesmo tempo que eu a odeio e tenho essas reações por descontrole e muitos ressentimentos dela, eu a amo sei de alguns sacrifícios que fez por mim que ela deseja o meu bem. E como sou filha única e ela não é casada e está ficando velha, além da parte financeira tem essa parte de eu não querer deixar ela sozinha. E também já não anda muito bem de saúde. Me sinto na obrigação de continuar pro resto da vida morando com ela. Até porque ela deposita toda esperança em mim diz que eu sou tudo que ela tem na vida, só vive por mim e pra mim. Eu não sei o que fazer. Como lido com isso?
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17 JUN 2023
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Olá, Yas!
Sua mãe tem depositado em você as responsabilidades de vida dela e de uma certa forma trabalhando em compensação, ao passo que você necessita dela financeiramente, ela busca fazer com que você sinta alguma culpa ou que deve conceder algo a ela. É importante que nesse momento você aprenda a melhor forma de lidar com suas emoções, a agressividade ou a comunicação violenta não será saudavel para você, mesmo que essa tenha sido a linguagem que ela utilizou por anos com você, além disso, se lembrar que nem todos os familiares serão afetuosos como se é ensinado popularmente e justamente por isso você não é obrigada a aceitar a convivencia com pessoas dificeis, quando for possível financeiramente, busque um ambiente mais saudavel para você, o que acha?
Espero que fique bem!
Oi Yas,
Entendo a tua situação, mas é preciso que voce entenda de voce mesma, da vida, dos sistema...
Voce nasceu através dela, apenas se serviu dela para estar aqui e está aqui para realizar o teu objetivo de vida.
Foi pra isso que voce nasceu: para cumprir com a tua missão de vida... terá que descobrir esta missão.
Ela veio antes do que voce e ela também nasceu para cumprir com a missão de vida dela e pelo jeito ela não descobriu ainda... terá que descobrir para ter paz, alegria e sentimento de realização.
Por fatores culturais, ela sofre e vive de forma limitada.
Ela precisa de Psicoterapia para poder se livrar desse impedimento que ela sente.
E por domináncia, ea também está impedindo que voce se realize.
Voce não nasceu para cuidar dela, embora possa cuidar.
Nasceu para se realizar, não descuide dessa tarefa tua.
Dialogue com ela que é possível sim voces viverem feliz e realizar-se, mas ambas precisam fazer terapia; para incentivá-la pode fazer juntas, no início, depois o terapeuta vai orientar.
É bom que ela deposite toda a esperança em voce, então use esta força para puxá-la a fazer terapia.
Abraços
OláYas,
Realmente o relacionamento entre você e sua mãe está muito adoecido, tóxico. E, o fato de você admitir que a odeia, lhe traz sérios prejuízos em sua estrutura afetiva-emocional. O sentimento do ódio é muito danoso e traz sérias consequências na vida da pessoa que o cultiva. É preciso e fundamental que você busque a ajuda psicoterapêutica o mais breve possível para você própria tentar organizar os seus pensamentos e sentimentos em relação a sua figura materna. Isto para que você consiga conviver com ela de maneira sustentável emocionalmente falando.
Estou inteira a seu dispor para iniciarmos sua jornada psicoterapêutica. Agende um horário comigo.
Abraço, Anamaria
Oi Yas! Obrigado por escrever. Quem mais sofre é quem odeia, pois carrega dentro de si essa energia. Vinte e oito anos é idade que a maior parte das pessoas quer respirar espaço próprio, escolhas próprias. Isso não quer dizer que estejam maduros para isso. No seu caso, filha única compondo com mãe, família nuclear de dois membros, envolve intensa energia e expectativa.
Qual será a idade de tua mãe? Quais as metas dela? Quais as tuas metas.
Poderá ser enriquecedor você conversar com um de nós, psicólogos, para que possa enriquecer repertório de possibilidades, para que convivam com mais leveza e não reduzam as explicações de cada qual somente pela outra.
Há trabalho, esporte, viagem, arte, sonhos, infinitas possibilidades.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
