Como lidar com minha filha lésbica? #2
Minha filha de 13 anos confessou que está apaixonada por sua amiga. Não é muito cedo?
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Oi, Marco!
Aos 13 anos, a(o) adolescente está em busca de sua própria identidade, por isso, encontra-se mais aberta(o) a experimentações que lhe ajudarão a descobrir quem realmente é. E a sexualidade faz parte desse processo de autoconhecimento que a(o) levará a uma definição de sua orientação sexual. No momento, o que sua filha mais precisa é do seu amor e de sua compreensão por ela estar passando por esse momento. Se você está tendo dificuldades em lidar com isso, recomendo que procure um(a) psicoterapeuta que possa te ajudar nesse processo.
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Bom dia Marco! Sua dúvida é muito importante à ser refletida por todos nós. Nos dia atuais esse assunto é muito discutido no meio profissional e nos consultórios com os pais que vivenciam situações parecidas todos os dias. O que posso dizer para você é que o tempo é subjetivo e que idade não é um parâmetro para lidarmos com este tipo de situação, de orientação sexual. O que é mais relevante neste assunto é que sua filha confiou em você em abrir seus sentimentos, isso deve ser valorizado. Acredito que seja interessante, que você procure uma ajuda terapêutica para te orientar a lidar com essa situação e também a sua filha. Talvez ela esteja precisando se conhecer melhor, para assim saber o que realmente ela sente e deseja. O auto conhecimento é muito importante nessa fase da vida, onde através de decisões assertivas e autênticas começam a fazer parte da maturidade construída. Espero ter te ajudado um pouco. Agora reflita sobre o que escrevi e siga uma direção mais adequada para essa situação, que te satisfaça mediante a seus princípios e valores.
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É muito cedo sim, para ela assumir uma escolha sexual que durará a vida toda. Garotas de 13 anos se apaixonam pela melhor amiga. quasse sempre. O que dificulta tudo nos dias atuais é a necessidade de levantar bandeiras e assumir uma escolha onde há ainda pura experimentação.
Espero ter ajudado.
Boa sorte com sua filha.
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Ola Marco,
Não é cedo... é a partir dessa idade que os jovens começam a se apaixonar... Sua questão deve ter relação com a paixao ser dirigida a uma pessoa do mesmo sexo... mas essa questão não é escolha, não segue regras, não há teorias...
Se ela realmente viver uma relação homoafetiva, vocês enfrentarão as mesmas dificuldades e alegrias que os familiares que lidam com jovens apaixonados, exceto pelo preconceito que ainda existe na sociedade, mas para esse existe o amor e o respeito da familia e dos demais.
Que bom que sua filha tem uma relação aberta e de confiança com você e, que você está aberto a refletir sobre essas questões... Se achar que interessante, procure um profissão da Psicologia para você falar mais sobre o assunto.
Espero ter ajudado.
Abraços.
Lucia Helena Sampaio
Psicologa
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Olá Marco, em primeiro lugar parabéns por procurar ajuda. Com relação à sua filha é importante você sempre lembrar que ela é sua filha.
A homossexualidade deixou de ser vista como doença há muitos anos, e também não é vista como escolha. A sexualidade das pessoas é influenciada por fatores sociais, psicológicos e biológicos, portanto não há uma causa.
Trate sua filha normalmente, pois ela continua e continuará sendo a mesma pessoa. Os valores que você tem ensinado à ela acerca de ética, moral, honestidade, educação, respeito, entre outros permanecerão. A única coisa diferente é a sociedade esperava que ela se interessasse por meninos, mas ela se interessa por meninas, fora essa diferença nada na personalidade ou caráter dela está diferente.
Sua filha está entrando na adolescência, uma fase de experimentação, contudo a orientação sexual (para onde o desejo está orientado, se para pessoas do mesmo sexo ou para sexo oposto) normalmente é definida ainda na infância, e na fase da adolescência este desejo ganha força e forma para que possa ser vivido.
Acredito ser importante que você mantenha uma relação de confiança com sua filha, pois se ela escolheu conversar com você sobre o assunto ela por ver em você uma pessoa em quem confia. Durante as conversas, procure saber desde quando ela percebeu ter interesse por meninas, se é só por essa amiga, ou se ela já sentiu atração ou teve curiosidade com outras meninas, isto pode ajudar a você e ela perceberem se de fato a sexualidade dela se define como homo, ou se é um interesse por ser uma amiga (um amor fraternal).
Caso você perceba que de fato a sexualidade dela seja homoafetiva, ajude-a a entender e se aceitar, para que ela se fortaleça como pessoa e possa lidar com possíveis situações de preconceito. Para isso o primeiro passo é aceitá-la e tratá-la normalmente, pois como disse acima, ela continuará sendo uma pessoa como outra qualquer.
Caso você sinta dificuldades em lidar com a situação, ou ela, é importante que procurem um profissional e façam um acompanhamento psicoterápico.
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Querido amigo Marco, coisas que são terríveis e acontecem de maneira irregular, estas crianças não sabem o que fazem, nem ficam preocupadas com o futuro, deixe o tempo passar e a vida desta criança voltar!
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Bom dia Marco.
Na verdade acredito que seja cedo para definí-la assim. Nessa idade e com a liberdade de ser e sentir que temos hoje as experimentações ocorrem com maior frequência. Então, pode ser que ela esteja apaixonada por essa amiga hoje e amanhã não esteja mais, ou ainda esteja apaixonada por algum amigo. Adolescentes amam e desamam na mesma velocidade, é bem da fase mesmo. Mas de qualquer forma você está de parabéns por manter uma relação tão aberta e respeitosa com ela que mesmo sendo algo inusitado ela te falou. Mantenha isso, eu imagino que deva ser uma surpresa mas se for o caso de ela realmente sentir atração por pessoas do mesmo sexo ela irá precisar muito de você. Primeiro porque isso não é algo escolhido, não existe "opção" sexual, segundo ela poderá vir a sofrer preconceitos e continuar a ter apoio e respeito da família é fundamental para que ela possa ter uma vida feliz. Em resumo, se ela for de fato lésbica, deverá ser tratada como qualquer outra pessoa. Talvez seja você quem precise de um apoio por um tempo para lidar com isso pois é muito novo.
Abraço,
Marianne Coêlho.
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Eu namoro uma menina há 7 meses, os pais quando descobriram não aceitaram e a proibiram de me ver, atualmente ela sofre de não poder ver a pessoa por quem ela está apaixonada, e mais ainda de não poder contar com seus pais em uma fase importante de sua vida. Não seja esse pai pra sua filha!
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Marco, talvez por conta dos "novos valores" e maior conscientização social sobre direitos humanos, os relacionamentos homo-afetivos têm aumentado significativamente e encontrado maior visibilidade. Mas apesar das mudanças, nossa sociedade ainda preserva valores muito conservadores. Há muitos posicionamentos preconceituosos contra homossexuais. Muitos(as) adolescentes, nesta faixa etária, tem optado por relacionamentos homo-afetivos. Não necessariamente esta será o opção sexual definitiva de sua filha. Contando com sua aceitação e apoio, independentemente do que virá depois, ela poderá encontrar maior clareza sobre sua própria sexualidade.
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Olá Marcos!
Com 13 anos a sua filha apenas está em uma fase da vida conhecida por todos nós chamada de adolescência, onde uma tempestade de hormônios aflora, devido a outro processo chamado puberdade que também se inicia neste período, também na adolescência, período onde não se é mais criança, fase recente de memória para ela, com corpo de adulto, mas também não pode fazer tudo o que o adulto faz, então ela fica perdida e querendo se encontrar e procurar uma identidade entre as várias em que se apresentam para ela, é um período de conflitos existenciais, outro fato interessante é o processo de identificação invertido de formação do inconsciente que ocorre durante a formação do Complexo de Édipo(3 aos 5 anos). Neste processo o menino escolhe o pai como objeto de amor e a mãe como objeto de identificação, a menina o inverso. O processo de humanização se dá por meio da linguagem, onde a função materna e paterna deve ser muito bem estruturada, mas não é só isso, tem muito mais variáveis... então Marco a princípio trate a sua filha como um ser humano, com muito amor e carinho e muito respeito e sem qualquer preconceito evitando um prejuízo na formação de sua filha.
Um grande abraço.
Psicólogo Carlos
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Olá Marcos!
Antes de mais nada sua filha confia em você. Te contou como se sente. O papel de pai não esse? De seguir com os filhos (as). Se é cedo ou tarde, bem cada um tem seu tempo. Nesse momento ela se sente apaixonada, talvez mais tarde mude de ideia ou não. O importante é você continuar ao seu lado, dando-lhe confiança e ela construirá seu caminho de forma a ser mais coerente com o que realmente sente e a deixa feliz.
Dra. Isabella Ruiz
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Marco,
Vamos levar em consideração que a sua filha seja realmente lésbica, o que você tem a fazer é agir da mesma maneira que você agiria se ela fosse hétero, porque realmente é a mesma coisa no que diz respeito a você. Ela sofrerá preconceito em alguns momentos, poderá vir a se questionar, porém, você não pode deixar dúvidas de que ela tem total liberdade de vivenciar, seguindo as regras do comportamento civilizado, o que de fato ela é, e onde ela estiver e como estiver. Você estará apoiando-a e amparando-a. Exatamente como se ela fosse hétero.
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Boa tarde, Marco!
A adolescência é o momento crucial da vida de uma pessoa, é quando a personalidade está se estruturando. A personalidade se constitui na primeira e segunda infância e adolescência. Então as inseguranças, indecisões, dúvidas, etc., são comuns nesta idade. Diferente do que é comum se dizer, a adolescência é um período muito sério na formação de uma personalidade. O importante é compreender que sempre foi e fica ainda mais evidente nos dias de hoje, que a sexualidade, assim como as demais características de personalidade são constituídas, nos contextos nos quais a criança e o adolescente vivem. Em tempos de diversidade sexual, a orientação sexual, a educação sexual inclusive, seja para a homoafetividade ou heteroafetividade se torna ainda mais necessária do que sempre já foi, assim como a orientação dos pais para os demais desdobramentos futuros das inciativas dos filhos, profissional, familiar, etc. Os nossos adolescentes não são feitos abacates, que amadurecem e caem do pé. No ser humano este amadurecimento não é biológico, é sociológico, antropológico, quer dizer, decorrente das relações interpessoais, mormente no interior da família. Um profissional da psicologia com metodologia de intervenção científica, poderá verificar as situações que lhe afligem e a sua filha, identificando as possibilidades de superação de seus sofrimentos, caso eles existam.
Atenciosamente
Psic. Ana Cláudia de Souza
Consultório Relações - Psicologia e Psicoterapia
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Marco, muitos adolescentes passam por experiências homossexuais e nem sempre na maturidade se definem como homossexuais.
Independente de ser sua definição permanente ou uma experiência de vida, o importante é o que ela sente e vive neste momento. Se ela confiou em você em quanto este tema é porque realmente queria compartilhar e precisa da sua escuta e o seu apoio.
Ter a capacidade para acompanhar sua filha neste momento e aceitar o que ela está vivendo já ajudaria e muito para que ela possa viver sua experiência de vida sem culpa. Com passar do tempo ela vai saber se realmente é homossexual ou se foi um momento que por algum motivo ela precisou vivenciar.
O importante é vocês continuarem tendo um bom relacionamento e abrirem-se para uma comunicação aberta e sincera em quanto aos sentimentos dela e também seus.
Afetuosamente,
Susana R. Iglesias.
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Sugiro que observe com atenção primeiro como você lida com a sua sexualidade, o que pensa sobre homossexualismo, em especial as lésbicas, e como seria para você vivenciar isso se tivesse dentro de si um forte impulso em contrariar isso em que se convencionou dizer ser o natural e adequado.
Quando chegar nesse ponto, terá algo mais profundo e significativo que poderá fazer um sentido melhor ao se propor conversar sobre o assunto com sua filha. Contudo, o caminho nunca foi ou será fácil. Prepare-se internamente para depois oferecer algum tipo de apoio ou ajuda.
Cuide-se.
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Boa noite, Marco!
O comportamento homossexual, ao contrário do que as revistas pseudocientíficas preconizam, parece ser mais adquirido que herdado, muito embora influências hipotalâmicas em termos de reconhecimentos de padrões possam explicá-la, mas isso tudo ainda reside no âmbito das hipóteses. A maioria de meus pacientes homossexuais sofreram abusos na infância, tiveram figuras paternas ou maternas fracas ou ausentes, até mesmo abusivas, com excesso de disciplina ou agressividade. Igualmente, é comum indivíduos criados somente com pessoas do sexo oposto optarem pelo homossexualismo.
No entanto, uma vez essa variante comportamental instalada, torna-se difícil o retorno a condutas heterossexuais. Nesse momento é que nossos filhos precisam de apoio frente a uma sociedade intolerante e homofóbica. Na grande maioria das vezes, os pais não são responsáveis pela aquisição dessa natureza de comportamento, mas uma série de variáveis que interagem entre si e levam o jovem a adotar um comportamento homossexual.
A melhor maneira de lidar com um filho homossexual é amá-lo, aceitá-lo, sem, no entanto, reforçar o comportamento. Isso em função de que muitas pessoas passam por uma fase de descoberta da sexualidade e não são verdadeiramente homossexuais. O jovem precisa liberdade de escolha. Não puna, mas não reforce. Deixe o exercício da homossexualidade no mundo privado de sua filha, mas não exclua conversas sobre a questão que te aflige.
Boa sorte!
Dr. Miguel
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Olá Marco, Tudo bem?
Sei que este é um assunto um pouco delicado e difícil para você. Porém, observe a maturidade, intimidade e respeito que sua filha tem por você a ponto de usar da verdade e do desejo de não esconder de você algo tão íntimo dela. Observe ainda que, de outra forma, sendo tão jovem poderia esconder essa informação de você, ainda mais sendo o pai e não a mãe, pois geralmente as meninas tem mais intimidade com a mãe.
E, mesmo assim, eu te garanto que muitos filhos adultos escondem suas identidades sexuais dos pais durante muitos anos e até mesmo durante toda uma vida.
Se é muito cedo? Isso é muito subjetivo. E, realmente, justamente pela iniciação considerada por você muito cedo, tudo ainda pode mudar. Ao longo da vida muitas coisas mudam, as pessoas mudam, amadureçem, enfim. No entanto, é sempre bom lembrar dessa intimidade, cumplicidade, amizade, respeito e confiabilidade que existe na relação de vocês dois e não deixar que nada atrapalhe essa relação tão bonita de pai e filha.
Ame sua filha acima de qualquer coisa, qualquer identidade, qualquer escolha, pois este tipo de relação de vocês está cada vez mais rara. Fique em paz e apenas acompanhe tudo de perto, como acredito que você já o faz.
Edjane A. Rocha.
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