Quando ir na terapia de casal?

Quando, num relacionamento, os problemas se acumulam e o desejo de fugir é recorrente, é importante parar e refletir sobre várias coisas. Inclusive, se chegou o momento de ir à terapia.

3 JUL 2019 · Leitura: min.
Quando ir na terapia de casal?

Sabemos hoje que os problemas e dificuldades são de todos os casais, sem exceção. Vemos brigas astronômicas acabarem em beijos, em casais próximos e, brigas por motivos bobos como um copo deixado na mesa ou uma calça jogada no chão tornarem-se rotineiras. Quando observamos, vemos que estamos num profundo estado de irritação com o parceiro, e pode até ser porque as pequenas coisas se acumularam ou, que ele ou ela fez algo tão ruim que dá “vontade de fugir”.

Daí pensamos: será que é hora de ir pra terapia? Há os gastos, a questão de se deslocar do seu trabalho pra ir, a falta de tempo, o emprego (que exige muito de nós e que nos faz chegar em casa muito cansados até pra fazer as coisas básicas da casa) além da questão de nem sempre os dois estarem disponíveis pra isto, de ‘’me sentir inseguro(a) de pedir isso pro meu/minha parceiro(a)’’ entre outras. 

Além disso, o processo aparentemente é demorado, custoso, difícil e, muitas vezes, pode causar mais irritação. Estas são as ideias centrais que a maioria das pessoas pensa quando se fala em terapia de casal.

Assim, faço esse artigo com o intuito de desmistificar o processo. Muitos terapeutas fazem a primeira consulta gratuita e isso pode ajudar na hora de avaliar se vale a pena ou não, pois lá você pode conhecer o profissional, saber mais sobre suas habilidades e qualificações e deixar ele conhecer sua dificuldade. Então, por que não tentar?

Alguns motivos que podem ser muito proveitosos na hora de procurar um ou uma terapeuta de casal são:

Perdi a confiança

Pode ser por um caso descoberto, em que o(a) parceiro(a) te traiu, pode ser outro tipo de infidelidade como conversas que você viu “sem querer” no celular dele(a) e suspeita de um sentimento que seu/sua parceiro(a) nutre por outro(a), etc. Por isso, se a suspeita é constante e está definitivamente desgastando o amor que um tinha pelo outro é hora de considerar a terapia de casal.

Problemas sexuais

Sexo pode ser algo prazeroso e cheio de amor e carinho, ou motivo pra vergonha, temores, culpa e ansiedade; pensamentos como “será que eu não sou mais atraente? Por que ele ou ela não me deseja mais?” Estas questões são mais comuns do que aparenta em terapia, por isso é importante deixar a vergonha de lado, do que passar anos a fio com aquilo que te machuca incomodando.

Um psicoterapeuta de casal pode ajudar, pois todos estamos sujeitos a sentir insegurança em algum momento do relacionamento, mas nem sempre todos os casais admitem isso.

Brigas frequentes

Este é um dos, se não o mais frequente dos problemas. As brigas. Brigas bobas, que achamos que se não falar vai passar, entre outros tipos. Por ter tantas brigas, ficamos desanimados, deixamos de nos importar, fazemos um “pacto do silêncio” em que ele ou ela faz o que quer e eu “também tenho o direito”. Mesmo que isso signifique que o casal perdeu a confiança e a vontade sexual.

Acredito que nenhum casal quer passar por isso mas muitos se contentam em não ter o desejo sexual e paixão pelo parceiro, se contentam em fazer silêncio ou brigar que são duas atitudes de um extremo oposto, estilo 8 ou 80.

Há algo que eu quero conversar mas não sei como. Muitas vezes a beleza da terapia é própria de estar num consultório, num lugar em que o terapeuta se torna um facilitador, onde vocês podem falar sobre a vida a dois mais abertamente sentindo que o ambiente apoia esse tipo de sinceridade. Um profissional capacitado ajuda e muito nas inseguranças e medos na hora de pedir algo ou comunicar algo que você não consegue mais aguentar segurar mas não sabe como botar pra fora...

A família extensa

Algumas vezes um dos parceiros tem a família extensa complicada: filhos de outro relacionamento, diferenças na hora de educar e o papel do outro parceiro na educação de um filho fruto de outro relacionamento são dificuldades comuns, hoje em dia, mas que muitas vezes geram confusão de papeis e de regras. Se tais acordos forem estabelecidos em conjunto, isso já é menos uma dificuldade pra lidar.

Perdas e situações da vida

É muito comum que a perda de um ente querido ou de um filho afete a relação. É um processo dolorido de luto e perda, que pode ser melhor elaborado com a terapia. Isso não significa esconder ou diminuir tal dor, tal perda ou situação difícil (como uma doença terminal, ou até mesmo os filhos saindo de casa, a nova vida de aposentados, etc), mas facilitar para que os dois lidem da melhor maneira possível, juntos e processando tais perdas, tais lutos, de maneira produtiva.

Qualquer que seja o problema, procure um terapeuta de casal. Sendo ele treinado, pode ajudar nas questões mal resolvidas, difíceis, traumatizantes e conflitos que podem aparecer em algum momento da vida conjugal.

Isso não significa pagar alguém, um terapeuta, eternamente, mas tentar resolver de frente e de maneira gradual os principais problemas, fortalecendo assim o casal e sendo um período de tempo (provavelmente curto) que resultará em frutos e, espero eu, que dê resultados positivos pro resto da vida dos casais.

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Escrito por

Consultório de Psicologia Gabriel Miziara

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