Psicanálise com crianças
A análise infantil é um espaço onde a criança, brincando, expressa seus sentimentos e conflitos. Nesse processo é essencial a participação da família, pois a criança é reflexo de seu meio.
O pequeno Hans (1909) foi a primeira e única criança analisada por Freud e essa análise deu-se através dos relatos do pai dele, que destacou os sintomas, sonhos e verbalizações da criança.
Na época Freud não via a possibilidade de uma criança como um sujeito em análise, pois o método psicanalítico se baseia principalmente na "associação livre", que consiste em verbalizar para o analista tudo que vem em mente, e a criança não tem a mesma capacidade de verbalização que um adulto. Esse caso foi um marco no desenvolvimento da psicanálise. Freud demonstrou que a realidade psíquica da criança se assemelha à do adulto em suas angústias, fantasias e desejos.
Em "Além do princípio do prazer" (1920), Freud traz um olhar diferenciado em relação ao brincar, considerando-o como recurso de enfrentamento de experiências traumáticas. Contudo, o pai da psicanálise não se aprofundou sobre a possibilidade de uma análise infantil, mas abriu espaço para que outros teóricos, como Melanie Klein, Winnicott e Anna Freud o fizessem.
De modo geral, esses teóricos trazem a ideia da análise infantil como um espaço onde a criança, através do brincar, pode expressar livremente suas fantasias, sentimentos e conflitos. Sendo o ato de brincar livremente comparado à associação livre do adulto.
A criança influencia e é influenciada pelo meio em que vive, sendo esse meio representado principalmente pela escola e o ambiente familiar.
São os adultos responsáveis pela criança que a levam até o analista e são eles os primeiros a falar sobre ela. Sendo, portanto, fundamental a presença dos pais e um espaço de escuta a estes.
Assim, os pais podem proporcionar o suporte necessário à manutenção do processo analítico, assim como contribuir para a o entendimento do lugar que a criança ocupa na família. O psicanalista orienta aos pais como eles devem agir para auxiliarem seu filho a melhor.
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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