Olhar para dentro de nós: uma forma de liberdade

Olhar para dentro de nós exige coragem, desprendimento e uma grande necessidade de aprender sobre si mesmo. Consequência disso: amadurecimento e liberdade.

29 SET 2015 · Leitura: min.
Olhar para dentro de nós: uma forma de liberdade

Em época de mostrar o que temos de melhor nas redes sociais, olhar para dentro de si, ou seja, olhar para nossas fraquezas, parece algo antagônico. Reconhecer que temos qualidades, defeitos, características a serem aprimoradas, nunca foi uma tarefa fácil. E talvez o imediatismo das redes sociais tenha sido um agravante atual nessa questão.

Porém, o cerne dessa temática é a importância de nos conhecermos profundamente, o que pode ser absolutamente possível através de um processo psicoterapêutico. Olhar para dentro de si compreende conhecer as qualidades natas da personalidade, habilidades já desenvolvidas, assim como conhecer aspectos a serem desenvolvidos e, é claro, buscar, tentar conhecer e dominar as nossas fragilidades.

O que dificulta esse processo é a angústia envolvida em reconhecer e aceitar essas fragilidades como parte integrante de si. Viver sem tornar consciente essas questões não significa que as mesmas não influenciarão nossos comportamentos. E, quando enfrentamos essa realidade, mergulhamos dentro de nós mesmos e tornamos consciente coisas inconscientes, consequentemente mais domínio sobre essas "dolorosas verdades" se obtém.

Alcançando a tão sonhada liberdade

Esse acesso ao que está encoberto/escondido em nossa mente, ou seja, o que é rejeitado pelos padrões sociais, não é um processo rápido e fácil, o que não exime sua extrema importância de acontecer, pois dessa maneira que se é possível alcançar a tão sonhada liberdade. Liberdade essa que contribui para gostar de estar consigo mesmo, ao ponto de conseguir doar-se livremente aos outros, ao mundo e, assim, mostrar seu interesse autêntico pelos mesmos e pela vida.

Ao olharmos constantemente para essas questões e realizarmos as limpezas internas necessárias que se tornará possível o processo do autoconhecimento e, consequentemente, a caminhada evolutiva rumo à individuação.

Carl G. Jung corrobora dizendo que:

"Todo homem possui uma sombra, quanto menos ela se incorporar à sua vida consciente, mais escura e densa ela será. De todo modo, ela forma uma trava inconsciente que frustra nossas melhores intenções."

Foto: por Chema Escarcega (Flickr)

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