Como podemos ajudar nossos familiares, amigos e clientes?

É comum querermos ajudar algum familiar, cliente tc. Mas não sabermos como ajudar. Primeiramente é fundamental nos perguntarmos o que define uma relação de ajuda. A Psicologia responde.

23 NOV 2020 · Leitura: min.
Como podemos ajudar nossos familiares, amigos e clientes?

Carl Rogers foi um dos Psicólogos mais influentes do século XX, em certo sentido, Rogers foi um dos criadores da Psicologia como ciência e profissão. Uma das muitas contribuições que Rogers trouxe às ciências humanas foi a definição do que é uma relação de ajuda. Para Rogers ajudar alguém significa comprometer-se com o bem-estar ou desenvolvimento pessoal da outra pessoa. Assim, uma relação de ajuda é uma relação na qual ao menos um dos participantes está comprometido com o florescimento de outra pessoa. Claro, que quando as duas pessoas estão comprometidas com o florescimento mútuo essa relação de ajuda será ainda mais fértil:

"Uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida". (ROGERS, 1982, P.43).

Feita esta definição podemos avançar mais na pergunta que está no título desse texto. Como podemos ajudar? Se para ajudar, por definição, devemos estar comprometidos com o bem-estar do outro haverá atitudes que contribuem para essa finalidade e atitudes que não contribuem para essa finalidade. Pensemos juntos. Quais atitudes nós podemos ter que contribuem para o florescimento da pessoa que queremos ajudar? Quais atitudes nossas podem inibir o desenvolvimento pessoal daquela pessoa que queremos ajudar? Te convido a responder essas duas perguntas antes de continuar a leitura. É um exercício muito importante.

As respostas às perguntas feitas no parágrafo anterior são alicerces para a Psicologia não diretiva criada por Carl Rogers. Rogers desenvolveu várias pesquisas ao longo de seus primeiros anos como terapeuta para ratificar suas hipóteses de que os elementos mais importantes na terapia são as atitudes do terapeuta e a congruência dessas atitudes com os sentimentos e emoções do terapeuta. Um terapeuta maduro, para Rogers, é aquele que possui uma aceitação plena de se permite ser visto, como é, pelo cliente.

Voltando às duas perguntas que fiz anteriormente, o mesmo que vale para a relação do terapeuta com o cliente vale, feitas algumas ressalvas, para qualquer relação: se queremos ajudar alguém o mais importante será nossa atitude em relação à pessoa que queremos ajudar. Como também a congruência entre nossas atitudes, emoções e sentimentos.

Desta forma podemos afirmar que atitudes de crítica, julgamento, manipulação, repressão, ofensa, arrogância provavelmente não apenas deixarão de colaborar para o desenvolvimento da outra pessoa como também poderão inviabilizar o desenvolvimento pessoal. Ou seja, se formos com uma atitude negativa, no lugar de ajudar poderemos atrapalhar e muito.

Ao contrário, atitudes de humildade, hospitalidade, cordialidade, empatia, curiosidade, atenção focada podem favorecer condições ideais de ajuda, de tal modo que a pessoa, sentindo-se verdadeiramente valorizada possa encontrar por si mesmo condições de desenvolver-se no sentido que melhor lhe apraz.

REFERÊNCIAS:

ROGERS, Carl. Tornar-se Pessoa. 6. ed. São Paulo, Martins Fontes, 1982.

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Escrito por

Kelton Medeiros Teles

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