7 feridas emocionais da infância que duram toda a vida

Não há dúvidas de que se aprende muito na infância. Porém, a criança é como uma esponja, que absorve tudo o que é positivo e também tudo o que é negativo. Daí as feridas que podem não curar.

19 JUL 2018 · Leitura: min.
7 feridas emocionais da infância que duram toda a vida

Tudo o que acontece na infância serve para moldar a pessoa que você será quando adulto. É nessa etapa da vida que se começa a trabalhar a autoestima, por exemplo, tão importante para desenvolver a resiliência e saber lidar com a frustração.

Infelizmente, também é na infância que se ganha certas feridas emocionais difíceis de curar, e que podem durar toda uma vida caso a pessoa não realize tratamento psicológico. Você saberia dizer quais são elas? Neste artigo listamos as 7 principais, que precisam ser encaradas, muitas vezes com a ajuda de um psicólogo, para poder se livrar de todas as emoções negativas e, finalmente, começar a viver uma vida sem o peso dessa carga.

1) Medo ao abandono

Esta é, sem dúvida, umas das feridas emocionais que aparecem quando os pais não podem (ou não querem) assumir o papel de figura protetora. A falta de companhia e de atenção deixam marcas profundas na criança, especialmente se os pais ou responsáveis nunca estão para acolher esse menino ou menina quando enfrentam seus medos.

Chegará à fase adulta como uma pessoa insegura e emocionalmente dependente. Também é normal que sejam solitários e tenham dificuldades para fazer amigos.

2) Rejeição

A rejeição é dolorosa e, quando sistematizada, acaba criando um sentimento de insegurança. Carinho e compreensão são fundamentais para que a criança se desenvolva adequadamente e com segurança emocional. Sem isso, independente do capaz que seja, se sentirá inferior a tudo e a todos.

Quando adulto, dificilmente se alegrará ou se sentirá satisfeito por suas conquistas, o que dificultará sua relação com os demais em todos as esferas da sua vida.

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3) Violência intrafamiliar

Castigos e atos repressivos não deveriam estar associados a um intuito de disciplinar. Especialistas em psicologia infantil alertam que, apesar de habitual, não é o melhor método de ensino. E o que dizer então de ações que resultam em violência intrafamiliar?

Brigas, insultos, ataques de raiva que fogem ao controle… tudo isso desestabiliza a criança, seja ela a vítima da violência ou como testemunha de atos frequentes em casa. Ela vai crescer tendo esse entorno abusivo como referência e a chance de repetir esse modelo na vida adulta, em seus relacionamentos, é latente.

4) Injustiça

A infância é uma etapa de aprendizado, quando, dentre outras coisas, começamos a construir nosso senso de justiça. O favoritismo entre irmãos, as diferenças de tratamento em casa e na escola, são situações que servem para alimentar a ideia de que não é a criança não é merecedora da atenção daqueles que a cerca.

Cresce insegura e pessimista, esperando inconscientemente o destrato por parte de todos. Está claro que fica difícil construir relacionamentos duradouros partindo dessa visão de mundo.

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5) Humilhação

Seja por situações de bullying ou por um ambiente familiar nocivo, a criança que cresce sendo constantemente submetida à humilhação ficará traumatizada. Esse trauma impactará sobretudo sua autoestima, deixando-a triste e ansiosa. Como adulto, terá pouca ambição pelo futuro, justamente por não confiar em suas potencialidades.

6) Traição

Promessas não cumpridas: uma atitude aparentemente inocente, adotada pelos pais e responsáveis. Quando afirmações como "se você fizer a lição, te levo no parque" ou "se você raspar o prato, vai poder pedir o que quiser" não se cumprem, está em jogo bem mais que a frustração da expectativa da criança.

Para ela, é um golpe à confiança que deposita nos pais ou responsáveis, que são infalíveis no seu entendimento. Pelo exemplo, se está sendo ensinado que não se pode confiar em ninguém, que o mais seguro é não acreditar, porque assim se evita o sofrimento.

7) Medo do desconhecido

Todas as crianças, em algum momento, precisam enfrentar-se a seus medos, seja do escuro, de fantasmas, de altura, etc. E esse processo nem sempre é tratado com a delicadeza necessária. Ser taxada de covarde, medrosa ou similar, fragiliza seu emocional.

Como adulto, é natural que seja uma pessoa indiferente, com problemas para manifestar empatia pelos demais.

Fotos: MundoPsicologos

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Comentários 13
  • ELAINE CRISTINA GOMES DOS SANTOS

    Meus pais eram primos carnais .pronto já viu Cresci no abandono rejeição eram narcisitas masoquistas por parte da minha mãe, eles eram tão separados que cresci sem saber quem eles realmente eram ... eu odeio eles me odiei Com eles e hoje faço hoponopono já fui em psicologos.. mas está muito dificil curar essa ferida e mandar eles embora ... Eles ja morreram e continuo assim Estou andando muito anciosa e não sei como me curar.

  • Solange Luiz da Silva e Silva

    Muito interessante!!!me vi e quase todos!!!

  • Butterfly

    Minha filha tem medo que eu a abondone. Minha mãe me fazia me sentir louca, pois nunca era verdade o que eu via. Em nome de Jesus minha filha não vai me perder pelo sentimento de sempre ser roubada, na verdade q minha mãe escondia, pelo dinheiro q sempre guardei pro meu pai, pelo meu nome q ele sujou. Tudo é tirado de mim. Me culpo por isso. Deveria? Não. Mas eu me sinto culpada por ela dizer q n tenho defeitos, mas n consigo sorrir. Me sinto culpada pelo meu esposo n ter coragem de separar,,pq ele n ama alguém q se sente incapaz. Quem amaria? Me sinto culpada pelo meu pai sofrer. Meu irmão me culpar. Queria voltar a 7 anos atrás, pra ela nunca me ver chorar. N consigo mais ser feliz. Deus me perdoe essa vontade de n viver. Mas n farei nada, pq ele sabe que meu coração eh bom. E minha filha me acha perfeita

  • JCARIOLANO

    Todos nós já passamos por um, vários ou todas essas situações. Mas foi por isso que Deus enviou seu filho Jesus Cristo para nós lavar e fazer nova criatura. Só nos resta a não repetir os mesmos erros q nos fizera.

  • Nina Barboza

    Muito bom o texto. Me vi em várias dessas descrições. Fui rejeitada desde o dia do nascimento pela mulher que me colocou no mundo. Tive um pai que logo veio a falecer. A vida seguiu, hj adulta travo lutas diárias para não sucumbir aos traumas infantis

  • Ramon Diego Norbim

    Pra todos esses problemas esse existe uma solução. Existe uma cura! Através da cura interior, que trata a alma e o espírito, é possível reverter todas essas feridas e utiliza-las como ferramentas para que possamos ajudar a solucionar o problema de outras pessoas. Esse é o propósito de Deus em nossas vidas. Nada termina em nós. Para tudo há um propósito nessa vida. Tudo que passamos até aqui nos fez ser quem somos. Estamos sendo preparados desde o nosso nascimento. O Criador do universo tem o poder para reverter qualquer situação. Creiam nisso. Deus abençoe vocês.

  • Bruna Siqueira

    E fica a pergunta no final... Que ferramentas intelectuais e emocionais eu posso ultilizar para cuidar das minhas feridas?

  • Grace Silva Costa

    E hoje com 38 anos estou destruida por dentro. Também ocorreu os abusos. Quando uma pessoa vai embora da minha vida eu fico muito mal. Sou muito carente e tenho auto estima muito baixa. Estou adoeecendo aos poucos...

  • Vitória Fanty

    Eu nunca li um artigo tão verdadeiro .... São pequenas coisas que nos fazem perder a segurança, sentir medo do abandono, ser indiferente, entre outros medos. Tem muitas coisas em jogo quando se tem um filho ou qualquer outra responsabilidade com uma criança... Lembrar que tudo o que você fala e faz, age diretamente ou indiretamente em uma criança, seja isso algo bom como carinho, atenção, amor, sentimentos bons... Ou briga, agressão física, verbal e/ou mental, xingamentos, sentimentos ruins

  • Jany souza

    Me indetifico muito com a primeira opção, não me recordo muito da minha infância, mais lembro que quase nunca meus pais brincavam comigo e meus irmãos,trabalhavam desde que éramos pequenos tínhamos pouco atenção dois 2


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