Um marido fechado

Feita por >Elousia · 12 jul 2023 Terapia de casal

Tenho um relacionamento desde a minha adolescência, foi com ele que tive 3 filhos e nos casamos a 8 anos, embora estejamos juntos a 20. Tenho 36 anos, ele 37. Não é de hoje que me incomoda muito o fato dele ser fechado, no diálogo vem sendo cada vez pior, antigamente ele ainda falava alguma coisa, hoje ele sai antes do fim da conversa, dá as costas como resposta e pior ainda não diz nada. Da última vez que conversamos foi porque quando vamos sair, eu começo me ajeitar cedo pois primeiro arrumo minhas meninas, é banho em cada uma, cabelo, roupa, sapato, isso demanda tempo. Ele entra se arruma e fica lá esperando. Quando é minha hora de se arrumar ele fica emburrado, impaciente não tem um pingo de empatia. Sempre? Não. Mas a maioria das vezes, no fim de tudo todos estão prontos e eu fico por último porém quero sair bem, me sentir bem.. dalí já começa a me deixar pra baixo. Eu não posso parar pra tirar uma foto, registrar um momento, que ele tá lá com bico, revirando os olhos. Se chama pra tirar uma foto em família, reclama, se não chamo se sente excluído. Fui conversar com ele sobre, ele diz que está ficando velho, mas isso não tem pouco tempo, ele já tem essa impaciência a anos, imagine quando tiver com 50, 60...
Quando já estamos no lugar da festa, de onde iríamos, eu não sou eu...sou uma pessoa alegre, brincalhona, sorridente, e ao lado dele por muitos anos fui essa pessoa, hoje se ele estiver eu não sou. Fico pisando em ovos, mas qndo ele não está, eu sou o meu eu verdadeiro. Não bebo, não fumo, sou alegria de cara limpa. Ele precisa beber pra socializar, já teve casos que algumas pessoas disseram, da uma cerveja pra ele dá, tá muito chato. É muito ruim conviver com alguém assim, que não te dá a liberdade de ser quem você é e só é uma pessoa legal quando bebe, mas incomoda, o cara tá alí legal, você sabe que não é o normal dele. Outra coisa é não se preocupar com a aparência, nem com os cuidados. Se fuma, o cuidado com os dentes deve ser redobrado, não tem nenhum. Não se arruma pra estar comigo, demora pra cortar o cabelo, se deixar não faz a barba, outro dia questionei, respondeu que ia tirar a barba pra que? Eu estou sempre tentando ao máximo me arrumar, fica bem pra mim. Não sei se ele tem baixa estima, mas ele não se abre comigo. Estou me sentindo muito infeliz, queria que ele fosse aquele cara que conheci, talvez eu não tenha enxergado que já naquela época ele já bebia e ele era essa pessoa sociável só com a bebida. Não sei o que fazer, mas sinto que estou num relacionamento que me deixa triste, pra baixo na maioria do tempo, perdendo os anos da minha vida com a minha pessoa alegre e pra frente presa dentro de mim mesma.

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A melhor resposta 13 JUL 2023

Olá Elousia, espero que esteja tudo bem com você!

É preciso entender melhor as causas que estão levando seu marido a ter tais comportamentos, e, com isso, indicar possíveis caminhos de mudança. Pode ser que internamente ele esteja passando por uma fase difícil, já alguns anos, e não sabe como verbalizar isso, nem colocar os sentimentos dele de maneira correta, clara, assertiva. Neste caso, ele precisa buscar compreender o que está acontecendo dentro dele, a nível emocional, para que ele possa começar a construir os caminhos necessários para sua própria mudança, se assim ele desejar. Entendo que deve ser frustrante para você ficar buscando uma mudança de atitude da parte dele, para que vocês possam ter melhores momentos juntos. No entanto, é importante mencionar que, por enquanto, essas características podem também ser da própria personalidade dele, isso porque ele ainda não soube como interagir com o mundo e com as pessoas de uma outra forma, e precisa ser apresentado a isso. Neste sentido, um processo de Psicoterapia pode ser muito valioso para ele, além de poder ajudá-lo a entrar em contato com novas formas de se relacionar com as pessoas e com o mundo em volta dele. Através da psicoterapia, é possível adquirir mais autoconhecimento, e criar condições para que novos e mais adequados comportamentos surjam. A despeito do acompanhamento dele, o processo de psicoterapia pode ser muito interessante para você também, pois com esse acompanhamento profissional é possível você trabalhar maneiras de lidar com os comportamentos dele, até o momento em que ele decida mudar, evitando que se sinta frustrada, perdida e sem suporte para lidar com essas questões. Além disso, iniciar seu acompanhamento pode incentivá-lo a buscar um acompanhamento para ele também, deixando mais latente as possibilidades de mudança na relação de vocês, e no comportamento individual de cada uma. Por isso, mesmo que ele não inicie um processo de psicoterapia agora, você pode tomar essa iniciativa, e começar a trabalhar essa questão. Tenho certeza que, desta forma, vocês terão bon resultados, e uma melhora na qualidade da vida ao longo do tempo.

Espero ter te ajudado, e desejo que fique bem.

Um abraço!

Clóvis Neto - Psicólogo Clínico CRP 17/1518

Clóvis Leite Psicólogo em Natal

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14 JUL 2023

Olá Elousia, tudo bem?

É importante refletir sobre condutas que são aceitáveis e inaceitáveis em uma relação. Na vida a dois, a comportamentos e situações provocadas pelo parceiro, as quais lhe causam incômodo, mas que são passíveis de ajustes e aceitação. Há outros comportamentos e situações, que podem ser considerados como inaceitáveis, e neste caso, não deve-se viver na expectativa de mudança do parceiro. Afinal, o comportamento do outro não está no seu controle.
Caso as características relatadas por você sobre seu parceiro, sejam características inaceitáveis para você na convivência, talvez seja o momento de repensar se essa relação faz sentido no momento, para ambos. Nesse sentido, um acompanhamento terapêutico com psícólogo, pode te auxiliar nesse processo de reconhecimento e tomada de decisão.
Além disso, o acompanhamento terapêutico também pode lhe auxiliar no processo de aceitação da personalidade do teu parceiro, bem como na forma de comunicar de maneira não agressiva, esses pontos que lhe incomodam, para que encontrem um consenso.

Um abraço!

Fernanda Ribero Ramos Psicólogo em Curitiba

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13 JUL 2023

Elousia.
A vida em conjunto deve ser realizadorea para ambos; estão juntos justamente para se auxiliarem, um ajudando o outro, corrindo posturas, dialogando sobre sentimentos, compartilhando percepções e pontos de vida.
O que podes fazer é conversarem sobre como voce se sente como esposa dele e solicitando como ele se sente como marido teu; como gostariam que a vida e a convivencia fosse, como querem proseguir juntos.
Caso não consiga dialogar juntos a este respeito, convide ele para fazerem Psicoterapia de casal e se ele se nagar, não te resta outra escolha a voce nova escolha de como viver.
Voce não é obrigada a estar com quem não te valoriza e não se valoriza.
Faça Psicoterapia para voce mesma, para compreender e reconstruir a tua vida.
Abraços

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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13 JUL 2023

Olá Elousia! Obrigado por escrever. Pelo relatado, precisaremos começar com precaução e sabedoria. Vocês vivem história de vários anos, com certa estabilidade, embora temperada por essas queixas. Você é a melhor mãe para seus filhos, seu marido é o melhor pai para eles. Certamente, tanto você quanto ele, vivenciam qualidades, esforços. Se ele, após beber fica mais solto, implica que ele tem algo da intimidade dele, da segurança natural dele, que não está confortável. Nesse sentido ele precisa de ajuda. Ele estará disposto a vir com mente aberta, regularidade e persistência para um trabalho científico, com um de nós, psicólogos?
De outro lado você como mãe e esposa, também pode se melhorar, entender e desenvolver estratégias e formas para lidar com ele, com as filhas, com as situações.
Tanto para você, quanto para ele, poderá ser enriquecedor vivenciar trabalho científico e comprometido com psicólogo.
Também será muito importante poder conversar com pessoas amigas, que sejam confiáveis, sensatas, sigilosas, empáticas, maduras.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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