Meu marido faz eu me sentir sozinha e culpada.

Feita por >Amora · 18 dez 2023 Terapia de casal

Sou casada há 15 anos, tenho um filho de 5 anos e um bebê de 5 meses.
Mudei de estado há 8 anos por causa de oportunidade de emprego para o meu marido e hoje nós dois temos empregos na cidade.
Eu sempre morei com meus pais e avós e tive empregada para fazer as coisas de casa. Então, quando nos mudamos, e foi para bem longe, uma casa inteira caiu sobre meus ombros. Foi um primeiro ano difícil e de muito aprendizado, e meu marido ajudava no que dava, ele cozinhava porque eu não sabia, ajudava com a louça e a limpar a casa.
Dois anos depois tivemos nosso primeiro filho. Foi uma gravidez difícil e uma criança extremamente difícil de lidar, o que acabou e levando à depressão e tratamento psiquiátrico por 2 anos.
Parte do problema era saber lidar com meu filho, mas a outra parte, era saber lidar com meu marido. Ele tem um temperamento bastante difícil, dessas pessoas de pavio curto que fala tudo uma vez só e se tiver que repetir, sai num tom alto e grosso e cheio de palavrões. Muitas vezes ele partia para cima do nosso filho fazendo isso e ainda com uma postura corporal super agressiva. Meu instinto maternal era pegar a criança e afastar dele. Nisso, foram meses de brigas feias entre nós.
As coisas foram passando, minha depressão melhorou assim como minha auto estima. Nosso filho continua impossível, mas fui aos poucos aprendendo a lidar.
Quando ele estava com 2 aninhos, meu marido iniciou um processo de doutorado, e acabou sendo em algo que ele nem gosta, só para ficar na cidade, perto de nós. Veio a pandemia e tudo foi feito de forma virtual e meus pais vieram morar conosco naquele ano.
Foi tudo uma loucura. Eu saí da depressão, mas enquanto isso, ele amargava as escolhas e as coisas da vida fechado no escritório de casa, sem falar nada com ninguém.
Em 2021, meus pais foram embora e ele estava no segundo ano do doutorado. E eu disse a ele para não se preocupar com nada, só com o doutorado, que eu dava conta do resto.
Nisso, foram 3 anos numa rotina de trabalho, casa e filho super exaustiva. Eu fazia absolutamente tudo, inclusive levar o filho ao médico e levantar de madrugada quando ele acordava querendo companhia. Eu chorava em silêncio para ele não ver e dizia para mim mesma que aquilo iria acabar e que ele estava fazendo aquilo por nós também.
Quando foi 2022, eu estava cansada, mas feliz comigo mesma e queria ter mais um filho, pois somos muito sozinhos e meu filho queria muito um irmão. Eu já percebia que ele não estava muito bem, mas achava que quando o doutorado acabasse, aquilo iria passar. Então comecei a tocar no assunto e ele sempre dizia que não sabia se queria, mas que teria que ser agora porque depois ele estaria velho demais. Com essa urgência, acabei pressionando ele e engravidei. Depois que nosso filho nasceu, ele estava numa fase horrível, já havia até escrito uma carta de suicídio. Ele não olhava e nem se importava com o filho. Depois de sentir que carreguei a casa e a família nas costas e que, agora que eu mais precisava dele comigo, ele não estava lá, resolvi perguntar se ele me amava. E ele disse que não sabia o que responder. Meu mundo desabou ali.
Conversamos muito e ele estava me acusando de ser egoísta por termos tido o segundo filho, que foi o pior sexo da vida dele naquele dia e que ele estava se culpando por não ter batido o pé e dito que não queria. Disse que o nascimento de outro filho trazia todo aquele cenário de brigas do primeiro, e que iria começar tudo de novo e que ele não queria.
Eu passei a chorar e sofrer todos os dias porque eu ainda o amo, porque fiz tudo por ele, e comecei a olhar de mau jeito para o bebê, amargando o nascimento indesejado dele pelo pai.
Com isso, depois de muita conversa, comecei a cobrar que ele tratasse da depressão, mas ele não acha que está doente e não quer e não acredita em terapia.
Estou me esforçando um monte para recuperar o amor dele, mas também o sorriso no rosto dele que se esvaiu.
Para ele conseguir se concentrar no trabalho, eu e as crianças vamos passar natal e ano novo com meus pais em outra cidade.
Escrevi uma carta dizendo a ele que se sentisse saudade de mim, para quando ele for lá nos buscar, ele me dar um abraço e um beijo da forma que ele não faz há anos. Caso contrário, eu entenderia o recado. Comprei um voucher de massoterapia para ele de natal, para ajudar a relaxar.
Mas no fim, estou me sentindo tão injustiçada com tudo isso, cada dia vivo um sentimento diferente, tem dias que choro, tem outros que sinto raiva, mas o fato é que me sinto invisível, a mãe de duas crianças, que as vezes é lembrada da existência enquanto mulher. Mas tenho que dazer tudo sozinha, pois eu evito deixar o bebê com ele, porque ele logo se estressa se o bebê começa a chorar.
Eu não o que fazer. Não sei quanto tempo mais eu aguento.

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