Meu filho tem apenas dois anos e foi diagnosticado com autismo, estamos procurando um profissional para iniciar os tratamentos e nos deparamos com uma clínica que mencionou que algumas sessões serão feitas sem o acompanhamento dos pais, porém nosso filho ainda não se comunica e portanto não nos sentimos confortáveis em deixá-lo sozinho com outra pessoa, isso não se trata de confiança ou não, mas sim de não agir depois que algo acontecer e sim antes de qualquer coisa acontecer.
Como funcionam as leis relacionadas a isso? As sessões não poderiam ser gravadas e deletadas?
Poderia ter um acompanhante sem q seja os pais?
Estaria prejudicando o tratamento do meu filho por não permitir ele ficar sozinho com outra pessoa?
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5 JUN 2022
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Olá Raphael,
Sou mãe de autista e psicóloga; o que percebo em relação ao seu questionamento é que como mãe realmente dá uma insegurança de deixar nosso pequeno com alguém que mal conhece e que ainda não criou vínculos, é importante que os pais tenham essa confiança.
Quanto acompanhar o atendimento, a presença integral dos pais acaba interferindo no comportamento da criança, filmar pode ser uma possibilidade. Converse com a profissional, tenho certeza que juntos vocês encontrarão uma solução.
Um abraço
Olá Raphael.
Grata por sua participação aqui.
Eu imagino que esse diagnóstico foi dado por um psiquiatra ou neurologista especialista em autismo. São esses os profissionais aptos para esse diagnóstico. Quanto mais cedo possível começarem as estimulações melhor para que a fala, audição, atenção sejam desenvolvidas de acordo com a idade da criança e para que ela seja incluída na escola. Com o diagnóstico assinado por um neurologista ou psiquiatra especialista é necessário que procure uma Psicóloga também Especialista em Autismo. Após as consultas da Especialista juntamente com os pais e a criança para que se obtenham as informações e para que se forme o vínculo com a família, as sessões subsequentes poderão ser somente com a criança. Nas sessões com a criança o especialista vai estimular a criança à reagir à sons, expressões faciais, toques, brincadeiras, movimentos específicos entre outros exercícios para regulação sensorial, contato visual, interação direta, imitação oral e gestual. Sugiro também que participem de grupos de Pais de Autistas para que conversem com outros pais e mães que já passaram pelas mesmas situações de diagnósticos iniciais, pelas mesmas possíveis inseguranças mas que já estão tranquilos e conseguiram buscar o devido cuidado e estimulação para seus filhos autistas.
Espero tê-lo ajudado. Fico à disposição.
Maria Nair de Castilho Ramlow
Especialista em Psicologia Clínica
Terapia Cognitiva Comportamental
Olá Raphael! Obrigado por escrever. Autismo é um espectro. Contém subjetividades, individualidades. Normalmente, fechar diagnósticos aos dois anos, pode ser ponderável. Na maior parte das vezes, fecha-se diagnósticos subjetivos após os seis anos de idade. A forma como o profissional vai lidar com a interação com a criança precisa de especificidades. É sempre importante preservar ao máximo a criança, bem como seus familiares. Gravações podem ser susceptíveis a uso indevido. Será mesmo, a melhor escolha, nessa idade, a criança ficar sozinha em uma sala, com um profissional? Para lhe responder a essa pergunta, precisaria entender as explicações e ponderações detalhadas do profissional.
Abraços virtuais (A Covid e a Dengue estão vigentes. A maior parte dos políticos são falsos, a imensa maior parte dos ditos: "líderes religiosos" querem é dinheiro, são falsos. São atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - preste atenção! Há até alguns falsos cientistas. Diante disso, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Volte a usar máscara; a dengue está aumentando, embora disfarçada pelos sintomas mais leves, devido a vacina. Evite aglomerações e elimine os criadouros de mosquitos.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
