Tenho dificuldades relacionadas ao meu marido e ao meu filho autistas.

Feita por >Mãe em construção(atenção, fragil) · 19 mar 2024 Autismo

Tenho um filho de 3 anos autista nivel 2 de suporte. Menino mega inteligente, lê, tem facilidade em decifrar códigos sejam quais for. Ele é lindo! Mas tem muita dificuldade de comunicação, não só porque ele tem dificuldade de expressar o que quer(a pronuncia dele é perfeita mas n consegue efetivamente comunicar com a fala a fome, a dor, não consegue contar o dia) mas por sua primeira reação a tudo que não entende ou não quer ser a agressão, tanto autolesiva quanto heterolesiva. Perguntas simples como:vamos tomar banho( ele adora banho)? Provoca as vezes uma chuva de tapas, arranhões e as vezes uma crise com batidas de cabeça e gritos.
Meu marido depois do meu filho se descobriu autista. Antes de casarmos, sempre teve um comportamento bem calmo, centrado. Quando passamos a primeira crise financeira e ele se viu no papel de provisor pela primeira vez começaram os socos na mesa do pc, na parede... já jogou o mouse, o celular pela janela...nunca é agressivo contra pessoas mas os instrumentos de trabalho sofrem. Começou a tomar rispiridona e tudo isso melhorou muito.
Os dois são muito parecidos em aparencia e meu marido vive dizendo como isso ou aquilo do meu filho lembram ele quando menor, ou alguem da familia. Eu olho para o meu filho , e n vejo nada meu. Tenho dificuldade de aceitar essas agressões "do nada" como normal, tanto as do filho quanto as do marido. Meu marido diz que é algo que ele n controla( mas n deveria controlar?) E que por isso entende meu filho ( meu marido nunca bateu no pequeno mas quando os dois entram em crise juntos ele grita e eu fico no meio dessa loucura).

Me sinto exausta e não compreendida quando externo meus sentimentos. Meu marido sente culpa, diz pra ele como é dificil fazer ou entender certas coisas.
Muitas vezes ele n entende quando me magoou ou quando eu to triste, preciso sempre explicar em por menores...isso cansa... exaure.


Sei que no autismo, seja qual o grau, a principal dificuldade é na comunicação justamente por essas peculiaridades, então não é um desconhecimento técnico, é a exaustão. Claro que amo meu marido e meu filho. Tomo a frente das terapias do pequeno e fiz curso de aba, corri atras para uma terapeuta especialista em autismo adulto pro meu marido, tenho tbm uma terapeuta pelo plano (que falta muito). Mas estou exausta de eu ter de flexibilialzar o tempo todo o que eu sinto em prol deles, explicar , relevar ,ignorar comportamentos inapropriados dos dois! Levar cabeçada do meu filho no meu olho por que disse que está na hora dele ir para o banheiro ou ir almoçar é no mínimo cansativo. Não é algo que todas as pessoas passam, não é a maternidade que eu pensava que seria. Tem dias que eu não queria mais estar aqui, perdi muito da minha alegria de viver. Era uma pessoa que fazia trilhas, acampava, amava conhecer pessoas... hoje me vejo escrava de uma casa, de terapias diversas... parece que com a maternidade minha vida de verdade acabou e agora é só essa rotina triste, dolorosa, repetitiva e cheia de cuidados especiais com todos...menos comigo, pq aqui eu sou a unica neurotipica e tenho que entender, me adaptar, ensinar, explicar...

E eu, cadê eu no meio disso tudo? Cadê a alegria de 5 anos atras quando eu namorava? Cadê as coisas legais? Tenho saudade de ver eu e meu amor alegres... esses dias tentei acordar ele com cossegas, levei uma bronca... não vejo espaço para espontaneidade...isso me quebra...

Quero ser compreensiva, quero ser ativa nas terapias e ajudar minha familia, mas quero continuar sendo eu, quero deixar algo positivo de mim no meu filho, quero ele como meu parceirinho nessa primeira infância, quero levar ele pra lugares diferentes, abrir o mundo do pequeno, respeitando obviamente os seus limites, Quero compreender os processos de autorregulação do meu marido e ajudar ele a tornar eles menos autolesivos... mas mais que tudo isso, quero ser feliz dentro dessa realidade tão foda na qual vim parar por graça do universo. Parar de ser triste, de chorar e reclamar da vida, do meu filho, do meu marido .... Quero minimamente feliz dentro de tudo isso...quero ser leve de novo... qual o caminho?

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