Tenho um filho de 7 anos de outro relacionamento. Meu marido está comigo desde que ele tinha 3 anos, inclusive chama de pai e têm um bom relacionamento de pai e filho.
Meu marido sempre foi muito tranquilo e sempre evitou a todo custo uma conversa direta sobre os problemas. Já eu, sempre procuro e sempre inicio a conversa para expor meus descontentamentos e tentar uma resolução. Porém, eu procuro o diálogo, falo o meu ponto de vista e ele sempre fica calado, somente escutando. Quando peço que ele fale algo, ele dá respostas vagas e diz que prefere ficar no canto dele até a poeira abaixar. Mas isso me deixa com mais raiva, porque além de não resolvermos, eu acabo deixando pra lá, para podermos voltar a ter um bom convívio. Porém, de tempos em tempos, as mesmas coisas vão me incomodando e volta tudo de novo, virando um ciclo sem fim.
Os motivos são sempre o mesmo, as vezes ele mente com coisas banais; ele chega do trabalho e parece estar ausente; temos um filho de 2 meses e nos primeiros dias ele era muito presente mas depois passou a deixar tudo pra mim, como se o fato de eu estar em casa cuidando do bebê significa que eu tenho que fazer tudo, cuidar da casa, filhos e marido ou tenho que pedir pra ele fazer. E quando brigo com ele, ele fica "seco" comigo e com o meu filho, como se ele também tivesse envolvido na briga. Sempre digo que ele é criança e não tem nada a ver com os nossos conflitos e que só age dessa forma porque não é filho biológico.
Eu o amo, acredito no nosso casamento e não queria " tirar" o pai dos meus filhos. Mas essa falta de diálogo, junto com a frieza quando brigamos, está colocando em xeque se vale a pena, manter um relacionamento assim.
O que eu posso fazer para melhorar a comunicação entre nós dois?
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16 FEV 2023
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Oi Branquinha!
Um casamento só pode ser considerado assim, se ouver troca, companheirismo, intercomunicação e parceria.
Ambos tem suas tarefas, ele tem o trabalho dele e voce tem o teu. Mesmo neste período em que estás em casa, cuidando dos filhos, é o teu trabalho. Os trabalhos, as tarefas, quando voces estão juntos é dos dois e não somente suas.
Casamento é quando tem compartilhamento de sentimentos: como voce se sente e como ele se sente como homem/mulher, como pai/mãe, como esposo/esposa, como sentem a relação sexual ou a convivência em familia.
Juntos, podem combinar como levar a vida.
Se ele ou um de voces não estiver disposto a dialogar sobre isso, se torna um problema... não pode ser considerado ambiente familiar.
Ou dialoguem sobre isso ou serão forçados a romper porque a partir disso, o ambiente fica tóxico tanto para voces e principalmente para os filhos; os filhos estão sendo influenciados pela energia do ambiente... toxidade.
Veja o grau de dependência que tem dele e resolva isso... torne-se autônoma e procure uma vida melhor para voce e para seus filhos; não tem que suportar um ambiente pesado, angustiante, frustrante. É melhor sozinha do mal acompanhada.
Voce diz que o ama, mas, que tipo de amor é esse? Voce gosta de sofrer? Gosta de ficar submissa?
A vida não quer isso; a vida funciona onde tem alegria, prazer e leveza. Fora disso, é decadência, é anti-vida!
Mas... voce escolhe, voce decide e sempre se lembre de que cada escolha gera seus resultados/consequências pelas quais é responsável.
Peça ajuda da Psicoterapia... algo melhor te aguarda.
Ou enfrentar esta situação ou outro modo de viver!
Olá, que bom que você buscou ajuda. Será muito interessante entender melhor o funcionamento dele, o seu, do filho. Entender os motivos pelos quais ele evita diálogo. Aconselho que busque uma Análise Corporal com um Analista Corporal. Estou cursando a formação, ainda não posso atender; mas creio que tenha pessoas aqui que façam. Trata-se de conhecer os traços de carater de vocês.
Assim saberão atraves do formato do corpo, o funcionamento da mente. Terão orientação sobre como agir depois disso.
Olá Branquinha! Obrigado por escrever. Toda casal se propõe a viver juntos, com a ideia de fazer as coisas darem certas. O diálogo, a tolerância, a flexibilidade, a empatia, precisam ser das duas partes. De outro lado, uma mãe com um bebê de dois meses, encontra-se muito ocupada com a iniciação dos cuidados com essa vida, com uma nova rotina, e também as vivências corporais e emocionais da recente maternidade. Isso costuma gerar maior sensibilidade. Com bebê nessa idade, a rotina de vida fica muito diferente.
Postas essas questões, é preciso paciência e sabedoria. Muitas pessoas não falam após as outras, através de palavras, mas falam através de comportamentos. É preciso, algumas vezes, modificar a forma de ouvir ao marido. Será que se ele falar o que pensou e sentiu, contribuirá? Será que o que você falou é razoável, viável? Há esforço mútuo para se melhorarem na convivência?
Precaução.
Estarei a disposição para aprofundamentos.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Quem apoia terrorista, antidemocrático, bárbaro, se faz um deles.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Primeiramente, é importante entender que a comunicação é a base de qualquer relacionamento saudável e duradouro. Se vocês não estão se comunicando de forma efetiva, é natural que os problemas persistam e causem desgaste na relação.
Uma opção é buscar a ajuda de um terapeuta de casal. Um profissional qualificado poderá ajudá-los a desenvolver habilidades de comunicação mais efetivas e lidar com os desafios do relacionamento de uma forma mais construtiva.
Outra opção é tentar abordar as questões de uma forma mais assertiva e não acusatória. Em vez de dizer "você está pensando", tente dizer "eu sinto que há uma falta de transparência na sua comunicação". Isso pode ajudar a evitar que uma conversa se torne defensiva ou hostil e abra espaço para um diálogo mais produtivo.
Também é importante ter empatia e tentar entender as perspectivas e sentimentos do outro. Ao assumir de assumir que ele não se importa com a divisão de tarefas, tente entender se ele tem outras preocupações ou se sente sobrecarregado de alguma forma.
Por fim, é fundamental que ambos estejam comprometidos em melhorar a relação. Isso significa estar disposto a ouvir, a falar de forma honesta e respeitosa e trabalhar juntos para encontrar soluções. Se apenas uma pessoa estiver disposta a mudar, será difícil seguir em frente.
