Não consigo ter um bom relacionamento com minha mãe. Durante minha infância, meus problemas de ansiedade tiveram início (crises de ansiedade, ataques de pânico...) e ela nunca soube lidar muito bem com isso. Acredito que isso começou a me afastar dela. Porém, foi durante a adolescência que a raiva começou. Ela tinha manias como mexer nas minhas coisas quando eu não estava em casa, me espionar e coisas desse tipo. Meu nível de estresse com ela era tão alto que eu chegava a sentir dores no peito e comecei a reagir com gritos (frustração por nunca conseguir ser ouvida de verdade). Ela nunca me deixou faltar nada, sempre esteve presente na minha vida, sempre me apoiou em tudo o que eu quis fazer, inclusive só estou fazendo o curso dos meus sonhos porque ela se dispões a me ajudar financeiramente (precisei me mudar para outra cidade). Não sei como mudar isso! É bastante frustrante, especialmente quando vejo pessoas que tem bons relacionamentos com seus pais ou quando as pessoas me julgam por não ter com a minha mãe um relacionamento bom. O que posso fazer?
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6 JUL 2020
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Olá Danielle! Obrigada por sua pegunta.
Pelo que descreve de sua história, você não teve abertura com sua mãe para conversar e expor o que pensava e sentia. Quem sabe no ambiente terapêutico você tenha essa possibilidade? Já pensou em fazer terapia familiar com sua mãe? Acredito ser benéfico para melhorar a relação de vocês e, em tempos de pandemia, podem realizar online, até porque encontram-se em cidades diferentes, não é mesmo? Pense sobre isso.
Espero ter contribuído. Qualquer dúvida estou à disposição.
Abraços,
Bruna C. Laureanti R. - Psicóloga Clínica
CRP 08/30665.
3 JUL 2020
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Olá Danielle! Grato por participar. A moeda sempre apresenta dois lados. A raiva decorre de haver um cuidado, direcionamento, zelo. Com isso você sente falta de liberdade, falta de expressão de si mesma. Isso é, de certa forma, esperado na relação entre pais e filhos. Você mesma descreve que sua mãe se esforça por você, tem propicia estudar o curso dos teus sonhos. A medida diferente, talvez melhor, em que as pessoas apresentam bom relacionamento com os pais delas é de difícil comparação ou certeza. É importante você olhar para a própria realidade, ver o que dá para melhorar, ir devagar, um detalhe de cada vez. A maior parte das pessoas, irá de fato, ter interação cooperativa com os pais, depois dos trinta anos de idade. Isso é o comum. Não se culpe. Você gosta da tua mãe, tua mãe gosta de você; ela procura cuidar de você; você tenta cuidar dela. A delimitação da identidade pessoal é que está em construção. Sendo possível, será muito enriquecedor você passar por conduta técnico-científica com um psicólogo. Estamos à disposição para maiores esclarecimentos e aprofundamentos.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, saia de casa, somente para o que for relevante, com máscara, higiene e distanciamento físico: minimize a possibilidade de chorar a morte de mais uma pessoa próxima!)