Não consigo sentir empatia pelo outro.
Tenho Pensamentos obsessivos.
Não gosto de ficar com muitas pessoas em minha volta,prefiro ficar sozinha mesmo.
Consigo fingir muito bem minhas emoções,manipulando as pessoas em minha volta,não me sinto bem com isso mais é um coisa que não consigo evitar.Quando vou ver já tenho feito aquilo,mais também fico feliz em ter conseguido o que eu queria.
Tem coisas que fico extremamente obcecada e que duram dias ou meses até que eu esteja obcecada por outra coisa.
Meu pai faleceu tem cinco anos e não consegui demarrar nenhuma lágrima em seu velório,não senti absolutamente nada, e me sinto muito mal por isso.
Será que sou uma pessoa má?as vezes tento sentir algo por uma pessoa mais não consigo.
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12 SET 2023
· Esta resposta foi útil a 5 pessoas
Olá, Oliveira!
Nos últimos anos, vimos uma crescente utilização de termos como sociopata ou psicopata na mídia. No geral, a abordagem para a descrição de sociopatia, por exemplo, é bastante rasa e superficial, trazendo aspectos centrais, mas que perdem validade quando observados fora de contexto. Assim, algo que requer um olhar mais atento e analítico, é compreendido como algo fácil de identificar. No entanto, a complexidade humana sempre se impõem, especialmente quando tentamos colocar o indivíduo em uma caixinha de diagnóstico.
A nossa complexidade extrapola as fronteiras do diagnóstico. Claro, existe sim um aspecto geral que pode englobar um grupo de indivíduos, mas mesmo assim cada indivíduo segue sendo complexamente singular. Enfim, não vou me estender mais sobre isso, até porque estes é um assunto extenso e que é melhor desenvolvido no diálogo.
Agora, sobre a sua questão: sou ou não sou um sociopata?
Na ocasião do falecimento do seu pai, você diz que não chorou e não sentiu absolutamente nada, mas se sente muito mal por isso. Assim, existe um sentimento de tristeza decorrente da falta de tristeza na ocasião. Entendo que é um sentir-se mal por não estar mal, sendo que a ocasião apresenta motivos para tanto. Assim, vale perguntar de onde vem este sentimento. Seria algo que os outros esperariam de ti (estar triste e chorar no velório do pai) ou que tu esperaria de ti (sentir a tristeza para enfim se sentir "normal")?
Acho que esse seria um ponto de partida para o nosso trabalho juntos. Veja, buscar ajuda já é um sinal de que existem pendências. Só o sofrimento decorrente desta aparente apatia já sinaliza que existe sentimento.
Acredito sinceramente que existe um caminho de autoconhecimento a ser explorado e questões a serem compreendidas.
Estou à disposição para agendarmos um horário. Tendo interesse, entre em contato que combinamos.
Olá Oliveira
Não! Você não é sociopata!
Voce está se questionando e em dúvida porque está influenciada pela opinião social que diz que todos precisam ter os mesmos sentimentos, as mesmas percepções, os mesmos valores...
O modo como sente as coisas pode ser simplesmente características da tua personalidade, formas como a sua mente compreende as coisas, tendo em vista que muitos fatos e experiências podem ter sido vividos para que esteja nestas condições.
A vida e as experiências te fizeram assim e precisa gora se conhecer para poder ter domínio sobre voce, sobre tuas escolhas e decisões.
Tua mente é inteligente e se sofreu interferências no teu desenvolvimento, também criou formas de superação que pode agora usar, aprender e se harmonizar.
Livre-se do julgamento de si mesma e dos outros; seja você mesma.
Abraços e se precisar faça Psicoterapia para se compreender e se conhecer.
Entendo suas preocupações e desafios emocionais. Vou abordar cada uma das questões que você trouxe à luz usando a abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC):
Falta de Empatia: A incapacidade de sentir empatia pode ser explorada em terapia, buscando compreender as razões por trás dessa falta de empatia, se é uma questão de bloqueio emocional, experiências passadas ou outros fatores, trabalhar junto com o psicologo para identificar maneiras de desenvolver a empatia, o que pode envolver a prática de se colocar no lugar dos outros e considerar seus sentimentos.
Pensamentos Obsessivos: Os pensamentos obsessivos são comuns e podem causar grande desconforto, em terapia busca-se identificar esses pensamentos, na avaliação de sua racionalidade e na aplicação de técnicas para reduzir sua frequência e intensidade.
Preferência por Solidão: É importante respeitar a sua preferência por estar sozinho, mas também é válido explorar se essa escolha está relacionada a algum medo ou evitação social. Em terapia, podemos explorar as razões por trás disso e trabalhar no desenvolvimento de habilidades sociais para melhorar seu conforto em situações sociais.
Manipulação Emocional: Reconhecer o comportamento de manipulação é um passo importante. Vamos explorar as motivações por trás disso e trabalhar em estratégias alternativas para alcançar seus objetivos sem recorrer à manipulação. A empatia e a comunicação honesta são habilidades que podem ser desenvolvidas.
Obsessões: Terapia é importante para identificar padrões em suas obsessões, entender as situações desencadeantes e desenvolver estratégias para lidar com elas de maneira mais saudável. Isso pode envolver técnicas de controle de ansiedade e técnicas de focalização da atenção.
Falta de Reação ao Luto: A ausência de reação emocional ao luto pode ser explorada na terapia para entender melhor suas emoções e reações. Isso não faz de você uma pessoa má; as respostas ao luto podem variar de pessoa para pessoa, e a terapia pode ajudar a processar essas emoções de maneira mais adequada.
Dúvidas sobre Ser Uma Pessoa Má: É importante lembrar que a complexidade das emoções humanas não faz de alguém automaticamente uma pessoa má. Na terapia, trabalharemos na compreensão de suas emoções e comportamentos, promovendo o autoconhecimento e o desenvolvimento de empatia, o que pode ajudar a melhorar suas interações com os outros.
Lembrando que a terapia é um espaço seguro para explorar essas questões e trabalhar em direção a mudanças positivas em sua vida. Juntos, podemos abordar esses desafios e desenvolver estratégias para melhorar sua qualidade de vida e relacionamentos
Olá Oliveira,
É preciso entender mais esses pensamentos e conhecer a sua história de vida. De acordo com o seu relato você agi desta forma desde sempre e consegue o que quer. Enquanto você alimentar está forma de conquistar seus objetivos, mais ele se fortalecerá dentro de você. Busque ajuda para melhorar a sua qualidade de vida. Fico a disposição para um encontro on-line para falar como a psicoterapia pode ajudá-la neste processo, abraços
Para que possamos avaliar qualquer transtorno mental em algum paciente precisamos de algumas sessões para que o psicólogo possa conhecer melhor o paciente e checar os possíveis sinais e sintomas. De toda forma, não imagino que seja sociopata pelo simples fato de se preocupar e de estar incomodada e angustiada por exemplo, com o fato de não ter chorado no enterro do seu pai. Quando menciona "me sinto muito mal por isso", isso por si só já é a expressão de um sentimento. Empatia não é uma habilidade que todas as pessoas executem com facilidade. Algumas pessoas têm mais, mas outras menos. Ainda mais nesse mundo atual em que vivemos onde as relações estão tão líquidas e as pessoas mais egocêntricas e individualistas. Então não se julgue por isso.
Penso que seria interessante buscar um profissional para que você possa se abrir e contar um pouco mais sobre suas dificuldades e o que está sentindo.
Abraços!
Olá Oliveira, espero que esteja tudo bem com você.
De maneira geral, as pessoas acreditam que ter empatia, ou seja, apresentar essa habilidade, seja algo fácil, natural e espontâneo. Realmente, para algumas pessoas, isso de fato pode ser assim, porque elas, naturalmente, já possuem essa habilidade desenvolvida. Mas, para as outras pessoas, que talvez sejam um parcela bem maior, é preciso que elas tenham a oportunidade de desenvolver essa habilidade, e desenvolver a competência de se conectar, expressar e manejar seus sentimentos, através de uma maior sensibilização para vida, e para um aprimoramento de habilidades socioemocionais, tão importantes para a manutenção de um vida saudável e equilibrada. Neste sentido, é importante que você obtenha mais autoconhecimento sobre seus processos internos, e possa começar a explorar essas habilidades que precisam ser aprimoradas, para que você possa se sentir bem consigo mesmo. Se você já percebe essa dificuldade, e vem até este espaço para buscar orientação, então você já possui a sensibilidade inicial para desejar mudar, e adentrar em outras possibilidades de vida, que talvez ainda sejam pouco conhecidas por você. O profissional de Psicologia é indicado em seu caso, e pode te auxiliar nesse processo de autoconhecimento, te oferecendo espaço e o suporte necessário para que você possa desenvolver essas habilidades que você, no momento, está buscando. Se possível, busque esse profissional, e inicie seu processo de mudança pessoal. Com consistência e comprometimento, novas formas de se conectar com suas emoções irão se descortinar em sua frente, e você poderá se sentir mais realizada com todas essas mudanças positivas em sua vida.
Você têm um bloqueio emocional, isso pode estar altamente associado a traumas de sua infância e a maneira que aprendeu a sentir e expor seus sentimentos. Não necessariamente isso te trás um diagnóstico de sociopatia ou psicopatia, você se sente triste com o fato de "não sentir nada", ou seja, você tem sentimentos fortes que não está conseguindo processar. A terapia pode ajuda lo a entender seus sentimentos com mais clareza.
Oi Oliveira,
Calma, não se apresse e não se condicione nos rótulos que as pessoas ou a avaliação social faz.
Não, você não é sociopata, claro que temos que avaliar, mas isso pode ser simplesmente uma característica de tua personalidade.
É resultado de como a tua mente se organizou para enfrentar os desafios no meio onde estava; estamos falando desde o primeiro dia da tua gestação.
Precisa se conhecer, precisa saber quais os desafios que passou e quais os recursos que a própria mente desenvolveu para superar concretamente no teu dia a dia.
Precisa fazer Psicoterapia para tornar consciente o que está escondido e não compreende hoje.
Abraços
Olá Oliveira! Obrigado por perguntar. Os diagnósticos são sempre complexos para se formar convicção. Sempre é prudente ponderar que as pessoas são infinitamente maiores do que seus diagnósticos. De certa forma, pessoas diferentes, com diagnósticos com o mesmo nome, experimentam sinais adoentados muito particulares, diferentes.
Pelo relatado, pelo desconforto, pela necessidade de esclarecer, provavelmente, ao conhecer mais profundamente a tua história, te ajudaremos a formar entendimento de si mesma, por caminhos diferentes dessa hipótese diagnóstica.
Estaremos a disposição.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Olá Oliveira. Primeiramente você mencionou duas vezes em seu relato que não se sente bem com as questões apresentadas. Isso pode indicar que existe uma confusão em relação aos seus próprios sentimentos. A causa desta confusão é algo que precisa ser investigado. Com relação a sociopatia, é uma condição complexa que não parece estar associada a sua situação, pois você demonstra que seus sentimentos estão aí, precisando somente organizá-los. Por fim, não é uma questão de você ser uma boa ou má pessoa, mas sim de um sofrimento psicológico que precisa ser trabalhado, para que você possa ter uma boa saúde emocional. Se precisar estou a disposição.
