Preciso de ajuda, não sei como parar, na verdade sei sim mais não consigo. Tudo começou em 2008, comei um estágio em uma agência de viagens, estávamos no começo de toda essa era digital, através de sites você poderia falar com qualquer pessoa do mundo, e foi aí que tudo começou, eu já casada não via como errado conversar com vários homens diferentes. Flertava com todos e me sentia bem fazendo aquilo, cheguei ao ponto de não ir ao curso que na época fazia, só para ficar falando com estranhos, meu esposo descobriu tudo me expôs para toda minha família, prometi parar e pedi perdão. Mais logo lá está a eu repetindo tudo, e lá estava ele descobrindo tudo era um inferno, no ano de 2013 nos separamos, durante a separação sai com outros homens fiz tudo que podia e não podia, no mesmo ano voltamos, e nada mudava eu continuava com essa prática, eu não sei o que fazer, estamos 22 anos casados entre vindas e voltas, 3 filhos e mesmo com o passar dos anos eu não consegui me livrar dessa prática. Agora eu não me exponho mais, entro nos app de relacionamento fingindo ser outras pessoas, minto para conto história de vidas que não são minhas e me sinto bem enganando eles, não sei o que fazer, na realidade sei sim, mais não consigo parar. Preciso de ajuda minha família não merece isso.
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27 JUN 2024
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Olá Paula, entendo que você esteja passando por uma situação difícil e complexa, e é corajoso da sua parte buscar ajuda. Vamos tentar entender o que está por trás desse comportamento. O que você busca ao flertar e conversar com outras pessoas? É uma forma de preencher um vazio, buscar validação, fugir de algo em sua vida atual? Quais emoções você experimenta antes, durante e depois dessas interações? Sentimentos de excitação, culpa, arrependimento ou alívio? Identificar essas emoções pode ajudar a entender as motivações por trás disso. É importante refletir sobre como esse comportamento está afetando sua vida e a vida da sua família. Podemos trabalhar juntas para desenvolver estratégias que ajudem a entender por qual razão você se envolve nessas atividades. A psicoterapia pode ser eficaz para explorar as causas subjacentes desse comportamento e trabalhar em mudanças duradouras. Este processo envolve explorar sua história de vida, relacionamentos passados, e entender como esses fatores influenciam suas ações atuais. Por outro lado, encontrar pessoas em quem você confia e que possam oferecer apoio emocional é fundamental e pode ajudar bastante também. Isso pode incluir amigos, familiares ou grupos de apoio. Considere a possibilidade de trabalhar com um psicólogo para abordar as questões no seu relacionamento e criar uma base de confiança e comunicação com seu esposo. Entretanto, a continuidade no tratamento é importante. A terapia é um processo, e mudanças significativas levam tempo. Sessões regulares podem ajudar a monitorar seu progresso e fazer ajustes, sempre que necessário. O processo de mudança pode ser desafiador, mas com suporte adequado, é possível desenvolver novos padrões de comportamento que sejam mais saudáveis para você e sua família. Vamos trabalhar juntas para entender as raízes desse comportamento e encontrar caminhos para que você possa viver de forma mais alinhada com seus valores e desejos, ok? Estou à disposição.
Conversar à distância com essas pessoas parece ser uma atividade atrativa para ti trazendo ganhos e emoções agradáveis, apesar dos prejuízos nas suas relações mais íntimas. É importante considerar quais são as consequências positivas que contribuem para que você continue agindo assim, que parecem estar sendo mais fortes do que as perdas.
Considerando também seus pensamentos e quais crenças você mantem sobre essa situação podemos compreender melhor o que vem contribuindo para manter esses comportamentos e abrir um novo caminho nas suas relações. A terapia tem muito a contribuir nesse processo. Fico à disposição para auxiliar.
Olá, Paula, primeiramente gostaria de te agradecer pela oportunidade de te ajudar.
Paula, a primeira pergunta que me veio ao ler seu relato é: O que você sabe que deve fazer?
Te agradeço pelo detalhamento de seu relato mas ainda assim é difícil enxergamos um caminho a ser tomado: talvez você não seja uma pessoa monogâmica? Em verdade somente no processo psicoterapêutico podemos entender melhor o que se passou e se passa, pois teremos a oportunidade de repassar detidamente sua história, a história do seu casamento, do divórcio, da volta de vocês como casal, e o que é esse desejo de flertar e se comunicar com outros homens de forma afetiva, ou sexual.
Paula, faço o convite para iniciarmos a psicoterapia, nela teremos o acolhimento, espaço e tempo necessários para decifrarmos, assimilarmos e nos responsabilizarmos pelo que você deseja. Realizo atendimento on-line.
Um cordial abraço,
Bruno Souza Marques - CRP 05/62038
Se um determinado comportamento está te fazendo mal, e atrapalhando suas relações familiares e afetivas, é importante que você volte sua atenção para esse comportamento com o objetivo de tentar modificá-lo, para que você tenha a oportunidade de desfrutar sua vida de uma maneira mais harmônica e satisfatória para você. Mudanças de comportamento e de atitudes são possíveis, e podem trazer muitos benefícios para o indivíduo, e também para sua família e seu parceiro. No entanto, para que uma mudança substancial do comportamento aconteça, é preciso que você se dedique a essa mudança, e compreenda que, para um comportamento mudar, é preciso de tempo, e, se possível, de um acompanhamento profissional. Esse acompanhamento pode te oportunizar conhecer mais a si própria, entender as causas e criar um caminho sólido para a mudança que você deseja. Neste sentido, um profissional de Psicologia é o mais indicado em seu caso, pois ele vai proporcionar o autoconhecimento necessário para você compreender a fundo esse comportamento, para só então ter condições de mudá-lo. Aproveite esse momento, que está buscando essa mudança pessoal, e inicie agora seu processo de transformação, deixando para trás hábitos que não te servem mais, e que podem te trazer mais sofrimento, tanto para você, como para sua família. Por isso, um profissional de Psicologia é muito indicado em seu caso agora.
Olá
Todas as situações que se repetem possuem algum tipo de ganho, mesmo que imperceptíveis. Me parece que, nesta situação, podem existir ganhos pela sensação que você descreveu como se sentir bem ao enganá-los. Assim, podemos elaborar o questionamento sobre como as coisas se construiram para que chegassem nessa situação, de forma que compreender mais sobre o comportamento nos ajude a abrir caminhos para novas formas de se relacionar com as pessoas.
Para isso, a psicoterapia é um ótimo lugar. Lá você vai encontrar uma pessoa aberta ao seu relato, sem julgamentos e com disponibilidade a viver essa transformação contigo.
Boa sorte no seu caminho
Qualquer coisa fico a disposição.
Bom dia, Paula! Obrigado por escrever. Pelo tempo e pela história que relatou, você desenvolveu hábito que dura por anos. Será necessário você reorganizar modificação de rotina, critério de administração de tempo, com a colocação de metas éticas, saudáveis, significativas para você; de forma a não deixar espaço para esse hábito que você precisa retirar.
A expressão "não consigo", não cabe no pensar profundo de um psicólogo. Óbvio que você poderá conseguir.
Procure por um de nós, psicólogos, com mente aberta, persistência, disciplina, regularidade, muita persistência. Hábitos podem ser modificados, ainda mais quando eles geram peso na consciência e são inadequados segundo os valores e costumes que se acredita certos.
Vamos lá!
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
