Olá, me chamo "joao". Tenho alguns episódios de furto de dinheiro há uns 10 anos. Começou com saques do cartão do meu pai, depois fui trabalhar em uma empresa da nossa família e tive o mesmo problema por 3 vezes. Imagina que saindo do ambiente família isso nunca aconteceria, porém, já estou no 3 emprego após a experiência familiar e continuo da msm forma. É sempre a msm coisa, quando descoberto me sinto um lixo, um vazio, vontade de morrer e sumir. Porém, com o passar do tempo o descontrole volta a tomar conta e parece que nunca fui nem serei pego. É um misto de vazio e prepotência que só é preenchido quando consigo o dinheiro, para beber, ir nos melhores restaurantes e coisas desse tipo.
Já comecei uma terapia, mas não consigo me abrir, trava, e nela continuei apenas o ciclo de mentiras que se tornou minha vida.
Quero uma ajuda, um tratamento ou qualquer coisa que me faça mudar. O q faço? Isso é algum transtorno?
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9 DEZ 2020
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Charles. Vc já está em terapia. Fale c seu psicólogo e descubram juntos o seu transtorno e como trata-lo.
ABS
Mônica psicóloga
Olá Charles! Grato por escrever. Essa situação envolve a não aceitação do que, na essência está sentindo. Em outras palavras, você está se sentindo desvalorizado, assim furta o dinheiro e compra satisfações momentâneas. Na verdade não são exatamente satisfações. Certamente você precisa interromper isso.
A psicoterapia precisa ter continuidade, gerar vinculação de qualidade com regularidade e confiança. Cuidado: quando temos o hábito de furtar, tendemos a pensar, por projeção aos outros, que ninguém merece confiança.
Cabe lembrar: o psicólogo em conduta científica com primor ético, irá te acolher, ouvir com sigilo, empatia, respeito, abertura mental, reflexão. Você precisará ser persistente, muito persistente, ter abertura mental e disciplina.
Certamente precisaremos trabalhar a tua autoestima, aprendizado para lidar com limites e frustrações.
Procure por um de nós, psicólogos. Será necessário.
Estaremos à disposição.
Abraços virtuais (em tempos de aumento da pandemia, sejamos ainda mais razoáveis: máscara, higiene, distanciamento físico, senso de comunidade, Ciência!)
