Relacionamento de 16 anos... Nunca tive desejo sexual pelo meu companheiro

Feita por >Isabela · 30 nov -1 Terapia de casal

Estou com meu companheiro há 16 anos. Temos uma relação de muito companheirismo, nos damos bem, sem filhos, construímos uma vida juntos e crescemos juntos. Me sinto muito bem ao lado dele , ele me ama muito e tem muito desejo sexual por mim, é uma pessoa muito maravilhosa e tenho orgulho dele. Contudo, quando comecei a me relacionar com ele, eu fiz isso para dar uma chance a uma pessoa legal, já que me apaixonava apenas por homens instáveis emocionalmente e que não me assumiam. Nunca tive uma atração física forte pelo meu companheiro. Ao longo de nosso relacionamento, o sexo foi pouco pois eu nunca tinha vontade, fazia mais por um certo senso de obrigação, poucas vezes foi prazeroso para mim, não era ruim, mas não tinha tesão, só ficava com tesão se bebia, eventualmente, ou umas duas vezes que nos desentendemos sexo de reconciliação, mas sempre um sexo com amor, carinhoso, não tesão ou sacanagem. Eu pensei que não gostava tanto assim, cheguei a cogitar gostar de mulher, já transei imaginando outras pessoas... Isso às vezes funcionou. Nos últimos tempos nem vontade de me masturbar eu tinha, estava achando que bem, a relação é ótima, temos tanto conforto, nos damos bem, somos amigos, vamos envelhecer juntos.. sublimei o sexo, faço de vez em quando e deve ser isso aí mesmo.. ele sempre muito apaixonado e me desejando demais. Temos 40 anos. Bem.. eu viajei e fui para fora do país sozinha, fiquei 5 meses fora. Lá infelizmente, ou felizmente, acabei conhecendo alguém, foi uma relação como de adolescentes apaixonados e o que mais me chocou: só de estar perto da pessoa eu já tinha vontade de transar. Muita excitação, quando longe dele só de lembrar me masturbava e gozava como nunca.. a pessoa em questão, fisicamente nem chegaria aos pés do meu companheiro, tanto em tamanho quanto em firmeza. Mas mesmo assim, eu o desejei sexualmente de uma forma que nunca senti por ninguém. Acabei me apaixonando essa pessoa me correspondia e foi uma história de paixão de verão. Embora depois de um tempo ele tenha mudado comigo um pouco e passei um tempo pela fase da paixão de insegurança e paranóia quando a outra pessoa se afasta. Enfim.. eu seguia falando com meu companheiro, mas não tinha paciência de dar a atenção que ele merecia, só pensava nessa pessoa. Voltei para casa, foi horrível, pois além da pessoa que conheci, eu também amei morar onde morei, morar sozinha, viver sozinha, ser livre como uma pessoa solteira. Viajar por onde queria e quando queria, conversar com quem eu queria e da forma que eu queria. Voltei para o Brasil e tive crise de ansiedade assim que o avião chegou, a minha primeira semana eu chorei muito, de tristeza e sensação de que tudo que eu passei tinha sido apenas um sonho. Meu companheiro ficou naturalmente magoado comigo pois estava morrendo de saudades e eu não estava aqui nem de corpo nem de cabeça para ele. Os dias foram passando e consegui me aproximar novamente, realmente eu amo ele e amo ter ele na minha vida e tudo que temos juntos e estar ao lado dele é ótimo, abraçar, ficar agarradinho no sofá, andar juntos aos lugares, sempre conversamos e rimos um com o outro. Mas realmente eu sigo sem qualquer vontade de transar. Em compensação a pessoa que eu conheci segue se comunicando comigo, conversamos todos os dias, várias horas do dia inclusive em momentos que estou com meu companheiro. Essa pessoa nunca se posicionou de forma inequívoca me pedindo que eu não voltasse ao Brasil ou mesmo falando algo sobre um futuro, mas segue me dando seu itinerário do dia e falando comigo como se ainda estivéssemos em uma relação e desde que eu voltei ele voltou a se mostrar apaixonado por mim, me dando atenção e escrevendo a todo instante. Isso está acabando comigo pois estou vivendo uma vida dupla. Ele sabe que eu tenho alguém aqui. Sinto que o correto seria não falar mais com ele pois penso que caso eu volte para aquele país, nós não dariamos certo juntos. Ele não tem estabilidade financeira, ainda mora com os pais mesmo com 42 anos, tem uma personalidade difícil, manias, gostos divergentes, é um pouco passivo agressivo e narcisista, tenho certeza que eu me anularia ao lado dele, como de certa forma eu até acabei fazendo quando estava lá, logo eu que sempre fui independente e amei morar fora justamente por andar livre, sem falar a diferença cultural e de idioma. Mas ao mesmo tempo choro de pensar em ele virar apenas uma lembrança de uma história, gostaria de viver a história mais um tempo, sei lá, talvez aquela coisa de querer dar um jeito na outra pessoa, o que é um absurdo. Agora estou em um dilema terrível, pois eu realmente gostei de morar onde morei esses 5 meses fora, quero voltar e meu companheiro estaria disposto a me acompanhar. Contudo eu mesma não sei se é isso que eu quero. Não consigo pensar em não ter mais ele na minha vida, mas também tenho desejo de viver o que vivi nesses últimos meses e isso é incompatível com um casamento. Sinto muita vontade de sentir desejo sexual como senti com aquela pessoa e sigo pensando nela neste aspecto e no fundo embora eu não voltaria por essa pessoa, se eu voltar eu tenho desejo de revê la e isso não seria possível se eu voltar casada. Tenho que decidir tantas coisas relacionadas a minha vida material se eu resolver voltar para o exterior, pois aqui tenho um trabalho estável, casa, cachorro, carro, relacionamento... E lá eu começaria do zero... E sozinha.. mas se eu não tivesse uma pessoa tão maravilhosa aqui, nada das outras coisas mencionadas me impediriam de viver essa experiência, talvez o cachorro que amo. Qual minha dúvida? Parece que é saber se eu devo manter uma relação boa depois de tudo isso que me transformou tanto e tentar viver fora ao lado dele ainda, tentar viver coisas legais com ele fora, ou se devo seguir sozinha e viver coisas legais pelo mundo sozinha foi o que eu gostei e quero seguir vivendo. Tenho medo de me arrepender, de perder uma pessoa que está para mim para tudo, que me ama e que seria um companheiro até minha morte, com o perdão do drama.

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