Pai da minha filha interfere na convivência dela com meu atual marido.

Feita por >Janaina · 27 jun 2024 Abordagem psicológica

Boa tarde, me chamo Janaina, tenho uma filha de 8 anos.
Desde que me separei, pra enfrentei muitas dificuldade em relação a alienação psicológica que meu ex e a família dele faziam com a minha filha, em relação a mim. Como eu sempre fui a provedora da casa, eu passava o dia trabalhando e por não ter com quem deixar a minha filha, ela .ficava com a avó paterna até eu chegar do trabalho e esse convívio com eles me trouxe inúmeros problemas, pois eles diziam pra ela que eu não gostava dela, que preferia o trabalho, que queria estar em festas e não com ela. Isso abalou muito a nossa relação de mãe e filha e me deixou completamente insegura sobre a criação da minha filha, até sofro lembrando de tudo que passei.
3 anos depois de separada, conheci meu atual marido e desde o início foi terrível conseguir a aceitação da minha filha, pois a família do pai colocavam na cabeça dela que ela não deveria nem ao menos falar com meu atual esposo, que o pai dela ia ficar com raiva dela, caso ela falasse.
Hoje já se passaram 4 anos e as coisas melhoraram muito desde que pude pagar uma babá e diminuir a interferência deles com ela, pois hoje o pai só fica com ela nos finais de semana e a cada 15 dias, mas ainda tenho problemas em relação a eventos em que minha filha vai participar, como eventos escolares, onde eu tenho que escolher se levo meu esposo ou não, pois o pai da minha filha se nega a comparecer caso meu atual esposo vá e acaba que para não afetar a minha filha e não envolve-la nos problemas de adulto e nem criar um conflito que acabe mexendo psicologicamente com a minha filha, eu sempre excluo o meu marido desses eventos, porém não acho correto.
Queria a opinião de vocês para ter uma visão mais abrangente e conseguir lidar com essa situação.

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A melhor resposta 28 JUN 2024

Primeiramente, Janaina, quero parabenizá-la pela coragem de compartilhar sua história e por buscar ajuda para lidar com essa situação tão delicada, espero poder te ajudar. É muito importante reconhecer os impactos da alienação psicológica na relação com sua filha, mas vejo que você é uma mãe dedicada e amorosa, visto que está fazendo o possível para que sua filha tenha uma infância saudável, longe dos problemas de adultos.
Gostaria te fazer algumas perguntas que podem te ajudar a refletir sobre a situação: você deseja que seu atual marido participe mais da vida de sua filha? você já conversou com ele de forma clara e aberta sobre essas suas angustias? diante de todo esse contexto, como está a sua saúde mental?
Temos que considerar também cuidar de quem cuida, imagino que proteger sua filha da alienação parental e vivencia-la não é nada fácil. Segue as recomendações e informações do Ministério Publico do Paraná diante da alienação parental:

Na ocorrência de indícios de ato de alienação parental em ações conduzidas pelas Varas de Família, é conferida prioridade na tramitação do processo, com a participação obrigatória do Ministério Público, sendo adotadas pelo juiz as medidas necessárias à preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente.

Neste sentido, o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para a preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com o genitor prejudicado ou viabilizar a efetiva aproximação entre ambos, se for o caso. Se for verificado indício de ocorrência da prática, o juiz poderá determinar a elaboração de laudo da situação, feito a partir de perícia psicológica ou biopsicossocial.
Conforme prevê o art. 6º da Lei 12.318/10, que trata do tema, uma vez caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência da criança ou do adolescente com o genitor, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e segundo a gravidade do caso, adotar as seguintes medidas:

advertir o alienador;
ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;
estipular multa ao alienador;
determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;
determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão;
determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente;
declarar a suspensão da autoridade parental.

Para mais informações acesse o site do mppr (Ministério Público do Paraná).

Espero que você e sua filha fiquem bem! Abraços.

Denis Yuji Sugita Psicólogo em São Paulo

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28 JUN 2024

Oi Janaina
Isso está acontecendo é porque você você não fechou o ciclo com o teu ex... alguma coisa está aberto e por isso as rixas.
Convem ter um encontro entre você e teu ex para esclarecer porque ele não está conformado.
Outra coisa para voces terem consciência é que a familia inicial era VOCE, seu EX e SUA FILHA.... que durou o tempo que durou, mas não termina. É maturidade voces, apesar de agora separados, comemorarem eventos juntos, voces tres juntos, combinem quais...
Sua filha vai se sentir bem e diminui a culpa por voces estarem separados.
Você, teu marido atual não é a família da tua filha... apesar de ser sua filha. Ela, a sua filha pode conviver numa boa contigo e teu atual companheiro, mas a familia dela é você, seu pai e ela.

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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28 JUN 2024

Bom dia, Janaína! Obrigado por escrever. Por enquanto, dada a idade de tua filha, dada a dificuldade do pai dela, (se ele de fato for aos eventos), será menos difícil você contar com a tolerância, bom senso e maturidade de teu atual marido, para evitar maiores dificuldades.
Com o passar do tempo, os acontecimentos te trarão melhores elementos para modificar essa situação. Aos oito anos de tua filha, será prudente evitar mais esse desgaste.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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