O que sinto é algum transtorno?

Feita por >Barbara Macedo · 9 ago 2024 Abordagem psicológica

Sou mulher, 35 anos, me sinto totalmente num abismo sem saber o que fazer. Tomo Setralina há 10 anos por conta de crises de ansiedade que tive no passado. Quando eu tinha 15 anos eu era tão corajosa, tinha garra, estudava muito, enfrentava tantos desafios, tinha brilho, tinha disciplina, foco, mas depois de um tempo meu brilho sumiu, não tenho ânimo pra mais nada, não me acho merecedora de nada, nem gosto do meu aniversário por achar que não mereço comemorar, adoro dar presentes, mas ao receber algum fico muito constrangida, adoro ajudar, mas evito pedir ajuda. Me olho no espelho e não vejo nada de bom, não consigo ver minhas qualidades, me sinto derrotada, pra mim tudo que eu faço está ruim. Recebo elogios por ser quem sou, pela memória de elefante que tenho, mas não consigo reconhecer nada, eu mesma me invalido. Trabalho em um órgão público há 8 anos, mas detesto ir pra lá, detesto o trabalho que executo, final de semana eu sofro em saber que na segunda terei que ir pra lá, se estou em casa tá ruim tb, onde vou tá ruim, tudo tá ruim, não tenho prazer em fazer mais nada. Minha vida é trabalho, minha filha e casa somente. Tenho uma filha de 4 anos, sou mãe solo. Estou tendo muitos problemas no meu trabalho com atraso na entrega de processos, ultrapasso e muito os prazos, não consigo concentrar. Eu não tenho ânimo nem pra passar um batom, pra me arrumar, nada. Eu preciso voltar a ser quem eu era aos meus 15 anos. Na minha projeção de vida eu jamais estaria assim aos 35 anos. É como se eu não conseguisse evoluir, parece que estagnei há nos, não sei se por eu achar que não mereça as coisas boas, vivo endividada. Eu preciso sair dessa, minha filha precisa de bom exemplo e não de uma pessoa que só quer dormir 24 horas. Me ajudem. Não consigo conversar com ninguém sobre isso.

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A melhor resposta 10 AGO 2024

Oi Bárbara, boa noite!

Para algumas pessoas a falta de energia, desânimo, apatia, pode ser confundida com preguiça ou frescura, não é mesmo? Mas aqui, como profissional, sabemos que não é assim que funciona.

Tendo em vista que você possui histórico de uso de medicação, converse com o seu médico a respeito do seu estado de indisposição para que ele possa verificar a possibilidade de adicionar um antidepressivo neste momento, pois irá te ajudar a dar os próximos passos e forças para um recomeço.

É importante entender o medicamento apenas como suporte, pois sem acompanhamento psicológico para tratar os fatores emocionais nada adianta, o remédio será sempre uma bengala. Este suporte se faz necessário (de acordo com a decisão médica), quando as alterações comportamentais marcam um desequilíbrio químico entre os neurotransmissores o qual precisa de reposição artificial até que a produção natural esteja equilibrada. O tratamento adequado tem como objetivo reduzir ou retirar a medicação com o tempo.

Além disso, trabalhar em órgão público pode trazer estabilidade financeira caso seja concursada. No entanto, não é possível estabilidade emocional, nem cura, no ambiente que te adoece. Considere fazer paralelamente renda extra nos finais de semana com algo que goste e te traga satisfação. Reflita outras alternativas para a área profissional já que a atual não lhe faz bem. Caso esteja contratada, a transição pode ser melhor enfrentada. Pense sobre isso e descobrirá novas possibilidades.

O caminho é escuro e não é fácil andar sem tropeçar as vezes, mas não pare de seguir em frente, levante quantas vezes for necessário e não tenha medo de dar um passo de cada vez! Você não precisa resolver tudo amanhã, não precisa dar conta de uma vez, você precisa dar só o melhor que puder diariamente.

Saiba que você vence quando levanta todos os dias para trabalhar mesmo não querendo ir.
Você vence quando cria sua filha sozinha.
Você vence a ansiedade e um turbilhão de emoções. Você vence todos os dias quando acorda.
Você é forte e merecedora!
Você é forte porque você é mãe!
Valorize suas pequenas conquistas!
Presenteie-se com um tempo para si, pratique o autocuidado e crie memórias afetivas com a sua filha. Busque lazer e atividades que lhe proporcionem bem-estar como culinária, filmes de comédia, jardinagem, caminhada, um hobby ou um passeio com a sua filha. As mudanças chegam aos poucos, passar batom será consequência. Respeite seu tempo e seu processo.

Espero ter ajudado e se eu puder fazer mais, fico à disposição. Felicidades!

Sabrina Rattes Psicólogo em Manaus

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18 AGO 2024

Olá Barbara, tudo bem?
Você mencionou que toma Sertralina há 10 anos, que é um antidepressivo comumente prescrito para tratar ansiedade e depressão. No entanto, parece que, ao longo do tempo, os sintomas que você estava controlando retornaram ou pioraram. Isso pode indicar que a medicação precisa ser reavaliada ou ajustada, ou que você poderia se beneficiar de uma abordagem terapêutica complementar, como a psicoterapia, que pode ajudar a explorar as raízes desses sentimentos e desenvolver estratégias para lidar com eles.
A sensação de estagnação, a percepção de que não evoluiu e a autoimagem negativa são comuns em pessoas que estão passando por depressão. O fato de você ter sido uma pessoa tão cheia de vida e determinada aos 15 anos e agora se sentir tão distante dessa versão de si mesma pode estar contribuindo para o sentimento de inadequação.
Marque uma consulta com seu psiquiatra ou médico de confiança para reavaliar a medicação que está tomando. Pode ser necessário ajustar a dose, mudar o medicamento ou adicionar outra terapia.
Sua filha precisa de você, e cuidar de si mesma é a melhor maneira de cuidar dela. Tente se lembrar que você merece coisas boas e que seu bem-estar é crucial para o bem-estar dela.
Lembre-se, pedir ajuda e procurar apoio profissional são passos corajosos e essenciais para sua recuperação. Você não precisa enfrentar isso sozinha.
Se precisar estou à disposição.
Marília - psicóloga de abordagem psicanalítica

Marília Figueiró Bueno de Oliveira Psicólogo em Ribeirão Preto

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12 AGO 2024

Independente do nome que é atribuído aí que você sente, se é um transtorno ou não, o que vai depender do referência teórico adotado, o importante é você falar sobre o que você sente e a forma que tem encontrado de lidar com isso. Daí a importância de um acompanhamento terapêutico e psicológico, para você ir elaborando a sua forma de lidar com as suas questões, junto a uma conversa com um profissional, que irá lhe proporcionar ter um contato com a sua própria fala à partir das pontuações que ele julgar pertinente descartar a partir do que escuta do que você fala

Daniel Gomes Pinto Psicólogo em Niterói

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10 AGO 2024

Bom dia, Barbara! Esse texto implica um passo em busca de modificação. Você apresenta consciência do que precisa retomar, mostra propósitos bons. Tens uma filha de quatro anos: idade instigante. Partindo da sua dúvida podemos ponderar que aos poucos, você foi entrando nesse contexto de avaliação da vida. Isso não implica necessariamente transtorno. Certamente também será possível, aos poucos você sair desse contexto e construir um contexto melhor de vida para a tua atualidade.
Para tanto, baseado em teu relato, sugiro que procures por um de nós, psicólogos, mas venha com mente aberta, muita persistência, disciplina e regularidade.
Será preciso, de forma teórica e prática, você modificar os fazeres e ocupações do tempo.
Estaremos te aguardando.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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10 AGO 2024

Oi Bárbara, conforme seus relatos você demonstra que seu estado depressivo está bastante visível. É necessário consultar médico psiquiatra e rever seus medicamentos com urgência. Bárbara e necessário na terapia encontrar sentido em sua vida, construir vínculos. Está falta de ânimo junto excesso de tristeza faz com que vc perca os sentidos da vida, precisa na terapia resgatar estes sentimentos. Fico a,disposição

Tania Rosa Psicólogo em Curitiba

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10 AGO 2024

Olá, Barbara, tudo bem?
Em um primeiro momento, em relação ao seu desejo de voltar aos 15 anos, é um pensamento desejoso, mas de fato são levadas todas as considerações da sua trajetória e conquistas até o momento? Sei que no momento da crise é muito complicado se observar as características positivas e a tirania dos deveria se torna muito presente, complementei com a ideia que tu mencionas de precisar ser um bom exemplo para tua filha. Quando tu é uma mãe solo e busca fazer o melhor que tu podes com as ferramentas que tu tem, já não podes ser vista como um bom exemplo? Obviamente, os problemas não somem só questionando as distorções cognitivas, porém é um primeiro passo e caso quisesse conversar sobre os seguintes ou marcar uma sessão, estou à disposição.

Bruno Machado - Psicólogo Clínico

Bruno Gularte Machado Psicólogo em Pelotas

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