Olá, meu filho nasceu a pouco e eu e a mãe dele somos água e óleo, nos damos bem e mal ao mesmo tempo, eu não amo ela mas sinto que não terei a proximidade que gostaria com o meu filho se eu decidir não ficar junto dela, sinto que ficarei preso aqui até ele ter algum nível de consciência de que eu quero estar perto dele e não dela. Não sei o que fazer, estou de licença paternidade, aproveitando cada momentinho com ele, mas sentindo que estou traindo a mim mesmo estando aqui perto dela. Quero ser um pai presente e não perder nada, mas se optar por não ficarmos juntos, ela vai dificultar tudo e me entristecer ainda mais. Estou certo em optar pelo menos pior para ficar com meu filho?
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14 JUL 2023
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Oi Leandro. Imagino como deve ser difícil pensar nessa decisão. Entretanto essa questão de se fazer presente cabe unicamente a você. Você pode ser um pai presente mesmo estando separado da mãe do seu filho. Lógico que dado as devidas proporções você não vai ter a convivência diária com ele como tem agora, então é algo para avaliar. Escolher permanecer num relacionamento onde você não se sente bem pode ser o fator para desencadear brigas e desentendimentos, então imagine seu filho crescendo com você e presenciando essas situações, que sim, podem afetá-lo de algum modo. Nem sempre as escolhas são fáceis, mas devemos tentar olhar o problema sobre diferentes ângulos, avaliar o contexto da situação buscando sempre o melhor em cada momento. Pense nisso.
Pai nunca deixará de ser, mas estar ao lado de alguém que você não gosta só por causa da criança, também não é justo com a criança, pois ela vai crescer num ambiente tóxico, cheio de brigas e sem referências de pais saudáveis. Entre em contato pra trabalhar aí tuas questões também e o que pode estar impedindo desse relacionamento ser melhor, às vezes dificuldades de ambos os lados em ceder, dinaâmicas infantis que trazem de suas familias também, são inúmeros os fatores, é preciso entender porque mesmo sendo água e óleo, não podem tentar ter posturas maduras.
Steffany E. ALves
CRP22/01308
Olá Leandro Rosa, espero que esteja tudo bem com você!
Essa é uma situação delicada, e que exige um nível de reflexão mais profundo e abrangente, já que existem outras pessoas envolvidas. Neste sentido, um profissional de Psicologia pode te ajudar muito nesse momento, pois dentro de um processo de psicoterapia você vai ter a oportunidade de ter um acompanhamento profissional para que você obtenha maior compreensão e clareza sobre seu contexto, o que vai te possibilitar entrar em contato com outros ângulos de sua questão, que talvez no momento você pode não estar percebendo. No entanto, é válido dizer que você está correto em desejar estar perto de seu filho, se colocando na posição de um pai presente e atuante. Mantenha essa postura ao longo de sua vida, pois seu filho vai precisar de todo seu suporte e presença ao longo do crescimento dele. Manter uma relação harmoniosa e saudável com mãe dele, será essencial também para que ele possa crescer de maneira saudável, e emocionalmente segura, e talvez essa parte exija de você um esforço maior, e maiores concessões, em prol do bom desenvolvimento de seu filho. Ter um filho também diz respeito a isso, a ceder, pensando no bem do próximo, que no caso é seu filho. É um puro gesto de altruísmo e amor. Por isso, é interessante você buscar um profissional de Psicologia para te auxiliar com essa questão, e te ajudar a compreender o seu lugar e o lugar de seu relacionamento no processo de crescimento e desenvolvimento de seu filho. Se sentir necessidade, e houver oportunidade, busque esse profissional, e inicie seu processe de psicoterapia assim que possível.
Olá Leandro! Obrigado por escrever. Você sabe que a criança precisa dos pais. Para cada ser humano, a figura do pai é importante, a figura da mãe é importante. Vocês transaram, engravidaram antes de amadurecer melhor conhecimento mútuo. Agora precisa ter sabedoria, discernimento, flexibilidade, empatia, calma para lidar com a situação.
Para tanto sugiro, que nesse momento, conte com a assessoria científica de um de nós, psicólogos, para que tempere as necessárias interações com os adjetivos acima.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
