Eu sei que não dá pra ter um diagnóstico sem analisar um caso cuidadosamente, mas queria muito ter um norte. Minha dúvida é, eu nunca tenho vontade de socializar, de conversar, de fazer amizades. Eu não tenho saco pra conversar e interagir e por não ter esse hábito, eu tenho dificuldade de falar com as pessoas quando necessário. Além disso, eu não gosto de toque físico de jeito nenhum, mesmo quando eu namorava (que por sinal esse foi um dos motivos do termino). Já fui diagnosticada com depressão ansiosa e fobia social.
Minha pergunta é, não gostar de toque físico e de socializar é totalmente por causa dos meus diagnósticos, ou eu posso ter outra coisa, como algum grau de autismo ou até algum trauma passado?
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24 JAN 2023
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Oi Hannah
Acredito sim que muitas pessoas, assim como voce estão sofrendo por causa das cobranças, da exigência do sistema em querer "socializar" à força; para o sistema, todos deveriam ser sociáveis; e não significa que voce não seja, mas do teu jeito.
Por isso, o sistema coloca todos dentro de diagnósticos, encaixam as pessoas dentro de padrões e tratam segundo estes padrões inventados.
Pode ser que voce tenha dificuldades de falar com pessoas quando necessário e se for isso, precisa aprender a vender o teu "peixe".
Se for isso, voce consegue sanear, resolver através do conhecimento de si mesmo, que é na verdade voce e qual o seu objetivo de vida. Isso te empodera e te dá valor.
Porém, pode ser que o que voce apresenta seja apenas uma característica da tua personalidade; foi a forma como a tua mente se organizou para enfrentar os desafios que encontrou no meio onde voce veio. É a tua forma de perceber, de ser, de agir, reagir e de amar. Por não gostar de toque, não significa que não ame, que não sinta, que não se emocione, mas da tua forma. E voce não tem que se adequar aos outros porque isso seria um abuso e uma agressão.
Pode sim fazer análise para ver como a sua mente funciona e quais as estratégias que ela tem para voce vencer no meio.
Não se deixe levar pelo ponto de vista dos outros... conheça-se e siga adiante.
Abraços
23 JAN 2023
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Olá, Hannah, te agradeço pela oportunidade de tentar te ajudar.
O diagnóstico serve para entender o padrão do mal-estar em que a pessoa está inserida, e direcionar a mais possível precisa terapia para o dado mal. Diagnósticos psicopatológicos são realizados pela psiquiatria, principalmente devido ao emprego da terapêutica farmacológica, com cada componente químico atendendo determinada repercussão neurofisiológica; na psicoterapia trabalhamos com o sujeito humano, ou seja, a subjetividade singular de uma pessoa, por isso a máxima "Cada caso, um caso.", então a subjetividade da pessoa, como ela se entende, se sente, percebe o mundo, suas intenções, medos, desejos, sua história de vida, é que guia o trabalho analítico-terapêutico, e daí vamos percorrendo eventos passados, como está sua vida hoje e o que você almeja para o amanhã para "decifrar" todos os pontos que você trouxe acima, Hannah.
Fico à disposição para eventual interesse em aprofundarmos tudo isso.
Um cordial abraço,
Bruno.
22 JAN 2023
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Olá Hannah! Obrigado por escrever. Salvo engano, você já participou outras vezes. Daquelas vezes não me lembro o conteúdo, nem pesquisei. Em termos gerais, somos resultados daquilo que fazemos. Socialização e toque envolvem treino, persistência. Note que, certamente você treina outras modalidades de interação. A socialização e o toque, com a devida e temperada adequação individual, são necessários. Socialização é mais fundamental do que fundamentos de Língua Portuguesa ou Matemática.
É preciso cuidar, com profundidade e urgência.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Quem apoia terrorista, primitivo, bárbaro, se faz um deles.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.