Terminei a escola ano passado e esse ano fiquei em casa. Ano que vem vou para a faculdade em outra cidade. E de uns tempos para cá minha mãe está insuportável, arranja briga sem motivos comigo, fica jogando na minha cara que ela e meu pai vão pagar a minha faculdade, que eles tão se matando pra mim e que eu não faço nada. Sendo que eu ajudo eles sempre. Esses dias eu fiquei doente, bem mal mesmo e ainda sim, ela ficou brigando comigo porque eu não consegui fazer as minhas obrigações. As vezes só quero que ano que vem chegue logo pra eu ir embora dessa casa.
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9 NOV 2022
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Olá Carol! Obrigado por escrever. É muito frequente nesse estágio de vida, mães e filhas, mães e filhos, pais e filhas, pais e filhos, viverem período de conflitos. O filho quer alçar liberdade, mas ainda não tem vivência e autonomia, os pais querem direcionar os filhos, mas não tem atualidade dos dezessete ou dezoito anos, válida para os tempos atuais. Uma forma do filho tentar lutar pela sua originalidade, começa pela oposição aos pais. Depois amadurecem e separam as coisas, usando as coisas boas, vindas dos pais, descartando as inadequadas.
Não esqueça de que, da forma deles, com as coerências e incoerências deles, com os erros e acertos deles, seus pais querem o seu bem. Faça tuas obrigações, desfrute dos saberes decorrentes das experiências de seus pais, que somente querem seu bem. No próximo ano, que chega logo, na faculdade, lembre-se de boas companhias, rotina de vida ética, saudável, disciplina e regularidade de estudos. No final você construirá com eles, boa convivência com ganhos mútuos.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Perceba que a barbárie do momento, é orquestrada por poucos, para prejudicar trabalhadores.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Oi Carol,
Não basta sair de casa, precisa sair da dependência deles, é uma necessidade.
Voce está iniciando a tua vida, vai com calma, mas precisa cortar o cordão umbilical com a sua mãe. Ela já está facilitando isso, está fazendo pressão para que voce consiga sair da dependência dela.
De agora em diante, voce precisa ser pai e mãe de si mesma... Voce veio através deles mas não é deles. E, veio para se realizar e ser feliz.
O que realmente quer na vida? O curso que vai fazer vem de acontro ao que quer ser? Se vier, ok... mas não tem nada a ver com aquilo que quer ser, talvez precise repensar; O que realmente precisa é se dedicar a um trabalho que gosta de fazer. Atraves deste, vai conseguir se independizar dos pais, pelos teus méritos.
Se necessitar, auxilie-se pela Psicoterapia.
Abraços
Olá Carol,
Muito provável que não estão sabendo lidar com as mudanças que estão acontecendo na vida de vocês e as que ainda estão por vir.
Por isso como cada um esta agindo é a forma que encontraram para expor os sentimentos de perda, medo, brigas...
Só o diálogo pode ajudar nesse momento, entender como cada um está se sentindo.
Um abraço.
Rute Martins - psicóloga clinica
Olá Carol.
As poucas palavras que descreveu aqui sobre o seu contexto familiar não nos possibilitam afirmar o que possa estar acontecendo, apenas formar hipóteses. O que observo na minha prática é que muitos jovens e mães entram nesse tipo de conflitos motivados por muitas reclamações dos pais em relação ao tempo que os filhos se dedicam às mídias sociais em detrimento da preparação para o trabalho, estudos e atividades que gerem renda. O diálogo sincero é sempre o melhor caminho para o entendimento dos conflitos familiares. Para ajudá-los no processo da comunicação e resolução de conflitos sugiro que façam terapia familiar. Fico à disposição para desenvolver esses temas com maior profundidade em terapia.
Maria Nair
Psicóloga
