Conheci minha atual namorada há mais de 3 anos. Nos apaixonamos e começamos a namorar logo. Eu tinha 24 anos e ela 23. Ela teve um relacionamento anterior por 3 anos com uma pessoa que - segundo ela - ela nunca foi apaixonada, mas teve algumas atividades sexuais preliminares com ele, sem envolver penetração. Eu nunca tive qualquer experiência sexual antes e aprendi tudo com ela.
Desde o início, ela nunca queria tocar no assunto "fazer sexo com penetração" em razão de medo obsessivo de engravidar. Sempre que o tema era abordado, ela chorava, falava em terminar e eu me sentia culpado e pedia desculpas.
Com pouco mais de dois anos de relacionamento, tocamos no assunto novamente e, apesar de todo o drama e tensão da conversa, ela disse que procuraria um ginecologista para saber como fazer sem riscos de engravidar. O fato é que ela só disse isso para ganhar tempo, passou mais de um ano sem procurar e chegou a revelar que não queria fazer isso enquanto eu ou ela não tivéssemos um emprego estável para precaver de possíveis intercorrências. Chegou inclusive a dizer que o fato de eu não ter um carro seria um problema, pq se saísse muito sangue e precisasse de atendimento médico, teria que chamar outra pessoa para levar ela ao hospital.
Enfim, o fato é que mesmo achando a situação sufocante, eu decidi continuar com ela pq sou apaixonado e sei que sentiria muita falta.
A relação sexual só veio a ocorrer quando ela foi passar alguns dias em minha casa após eu ter sido nomeado em um concurso e ter um patamar de vida bem melhor do que eu tinha, entretanto, ainda fico angustiado ao lembrar de toda a via crucis, pq fico sentido como se eu tivesse sido usado por um viés utilitarista, ao passo em que eu sempre pautei a nossa relação com base no que eu sentia e não no que ela tinha (até pq não tem nada).
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5 JUL 2022
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Bom dia,
Luis, pelo o que você relata aqui, sua namorada tinha os motivos dela para não se envolver sexualmente naquela época, engravidar sem condições financeiras para custear todo o processo é muito dificil, uma gravidez não planejada acarreta muitas dificuldades e problemas, a mulher de modo geral tem medo e muitos pensamentos em relação ao que pode acontecer, cuidados durante a gravidez, custos medicos, transporte, vestuários, pense e reflita sobre o custo de uma gravidez, plano de saúde para mãe e filho, o planejamento é uma forma de ter segurança e tranquilidade para forma uma familía.
Mas, faltou entendimento entre vocês, a comunicação aberta e franca é o ideal para terminar possiveis mal-entendidos, o medo e a possibilidade de uma gravidez num momento em que não seria ideal para ela foi o que despertou esse comportamento de não ter relações sexuais, mesmo se vocês usassem metodos contraceptivos, o medo de engravidar estaria presente ainda, sugiro que pense e converse com ela para terminar com esse capitulo, três anos de espera foi muito doloroso e complicado para vocês dois, você sofria de um lado e ela sofria de outro.
Sugiro que, você converse com ela, fale o que sentiu e sente, na relação os parceiros são para apoiar um ao outro e ter confiança para falar das coisas boas, amar, ser feliz, mas, também das dificuldades, angustias, medo, aflição e, conversar é o começo para o bom entendimento e bem-estar para vocês em relação a a tudo que já foi vivido. Um abraço.
4 JUL 2022
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Olá Luiz Amilton.
Conhecer porque da insegurança dela pode mudar esta concepção de se sentir "utilitarista". Ela não escondeu o receio de estabilidade para o medo de engravidar. Por outro lado, independente de sua condição anterior ela permaneceu ao seu lado.
Perceber a situação por vias mais positivas é o que pretende a Terapia Cognitiva Comportamental para trazer conforto emocional as pessoas.
Jane Assunção.
1 JUL 2022
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Olá Luís.
Obrigada por sua
Realmente uma relação pressupõe ações e aceitações de ambos, é uma balança entre dar e receber. E como você também faz parte desse movimento, acredito que seu questionamento aqui possa também caminhar para um lado (muitas vezes até mais frutífero) de autoconhecimento. As ações de outra pessoa, suas escolhas, seus medos e anseios, dizem respeito a ela mesmo que afete a você. Não é possível que você altere por mais que tente. O que te cabe nesse movimento são suas escolhas: o que aceita, o que permite, onde escolhe estar, como se permite agir e se envolver.
Então, acredito que seja um bom momento para investir em seu autoconhecimento, elevar sua autoestima, desenvolver mais segurança e assertividade. um ponto de partida importantíssimo para elevar sua qualidade de vida e a satisfação com essa relação é refletir sobre o que você quer para você? Como essa relação te alimenta? Está bom para si como está? Até quando quer/pretende/consegue estar aí se continuar como está? E, ainda, o que é possível que você faça para alcançar toda essa plenitude?
Sugiro que você invista em você, em seu desenvolvimento pessoal. O que fatalmente irá fortalecer e amadurecer suas relações, consigo mesmo e com as outras pessoas. Faça terapia para desenvolver a sua autoestima.
Espero tê-lo ajudado.
Caso precise de ajuda com isso, conte comigo! ;)
Christiane Teixeira
Psicóloga
30 JUN 2022
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Olá Luís! Obrigado por escrever. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Não dá para dizer que ela não sentia nada, também não dá para dizer que seja algo impossível ela sentir a necessidades desses cuidados todos. Essa história de vocês pode apresentar componentes positivos: disciplina, preocupação com as consequências. Também pode contar com valores culturais que distorcem a visão da realidade. Ocorre que você está se sentindo desconfortável, achando que está sendo usado. É preciso ter cuidado: não há relações perfeitas, não há pessoas perfeitas. Se olharmos prioritariamente para os aspectos ruins, não viabilizaremos continuidade. De outro lado, tua essência precisa prevalecer. Dá a impressão de que vocês precisam amadurecer algumas questões.
Abraços virtuais (A Covid e a Dengue são reais. A maior parte dos políticos são falsos, a imensa maioria dos ditos "líderes religiosos" querem é dinheiro, são altamente falsos, são atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - preste atenção! Há até alguns falsos cientistas. Diante disso, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Retome as máscaras, evite aglomerações e elimine criadouros de mosquitos.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.