Meu parceiro se sente cobrado em excesso

Feita por >Namir · 27 jan 2023 Abordagem psicológica

Relacionamento de 5 anos, no começo ele era muito atencioso, carinhoso e sempre presente nos momentos. Em 2021 comecei a notar mudanças nele, não era mais carinhoso, conversava pouco comigo, sempre cansado, não queria fazer atividades juntos e a relação sexual começou a ter problemas também. Conversei diversas vezes com ele e chegamos a conclusão que poderia ser a ansiedade dele, mas mesmo com terapia, dedicação e tratamento com medicamentos essas questões só pioraram. Ele trabalhava em horário diferente do meu, o que deixava a gente com poucas horas de conversa por dia e nos finais de semana ele treinava e dormia boa parte do tempo, pois estava cansado. Fiquei desempregada em 2022 e isso deixou a gente com mais tempo para fazer atividades já que ele trabalhava até às 13h, mas isso não aconteceu mesmo eu falando para ele que gostaria que ele viesse me ver durante a semana vez ou outra já que o carro estava com ele e ficava a 6min de distância da minha casa. Comecei a relatar que sentia ele distante e menos afetuoso, questionava se tinha algo acontecendo e ele sempre dizia que era o cansaço. Ele começou a não me satisfazer mais nas relações sexuais que agora estavam rápidas visando apenas o prazer dele, também surgia com novos pedidos nada prazeroso e que claramente eram de vídeos pornográficos. Decidi pesquisar todos os sintomas que via nele e sempre levava a uso excessivo de pornografia, conversei com ele e questionei se ele consumia e a resposta foi não. Após outros acontecimentos eu já estava segura de que ele consumia pornografia, pressionei ele e recebi a resposta. Antes dos 10 anos de idade ele conheceu esse mundo e desde então não vive um dia sem, se declarou viciado e contou que mentia que ia dormir pra praticar Pmo, mentia que ia tomar banho ou ir no banheiro apenas para assistir. Aquilo foi um choque pra mim, pois minha opinião é totalmente contra a indústria, me fere como mulher, como pessoa e me fere também por conta de um trauma de abuso na infância que um adolescente queria testar os atos que assistia na internet em outra criança. Ele desde o começo do relacionamento estava ciente de que eu escolhia não me relacionar com alguém que consumisse o conteúdo, pois era totalmente contra o que eu defendia. Ele estava decidido a sair desse mundo e então procuramos conhecer o assunto, iniciou o Reboot e conversamos sobre outros pontos do relacionamento. Pedi para ele conversar mais comigo durante a semana e ser mais afetuoso, ele melhorou muito nesse aspecto e o Reboot deu mais qualidade de vida pra ele. Agora que ambos vão trabalhar no mesmo horário e ter uma rotina semelhante eu pedi que tivéssemos uma conversa para deixar claro o que cada um espera do relacionamento nessa nova fase. Eu pedi que ele fosse carinhoso, afetuoso e que a gente combinasse de se ver durante a semana respeito a rotina de cada um. Questionei sobre o que ele achava e tudo mais, não houve nada negativo em falas, mas era visível que algo tinha deixado ele incomodado. Mais tarde conversei novamente com ele e então me informou que sentia que isso era cobrança excessiva que se sentiu preso. Fiquei chateada, pois o que eu pedi era algo que ele já fazia no começo sem eu pedir, não vejo como excessivo pedir que ele segure minha mão, me de abraços, beijos, que use palavras carinhosas e que aproveite nossos momentos juntos, sinto que estou pedindo o mínimo de um relacionamento, uma pessoa carinhosa e companheira( ele já foi isso e muito mais). O que podemos fazer para melhorar isso? Estou realmente pedindo muito?


Obs: as mentiras excessivas e o comportamento que o vício fez ele ter me deixaram profundamente magoada e estou trabalhando nisso, pois escolhi não abandonar ele nessa luta contra o vício.
A mudança de afeto surgiu na metade de 2021, antes ele era um companheiro extremamente afetuoso e presente.
Ele fazia terapia, mas a profissional não soube lidar com a situação do Reboot e pediu para que ele fizesse o contrário do que ele queria, ele se sentiu pressionado e então informou que queria trocar de profissional (SUS), na consulta que ele iria para ela fazer o encaminhamento para outra pessoa ela deu alta alegando que não via mais necessidade dele fazer acompanhamento psicológico.

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A melhor resposta 30 JAN 2023

Olá Namir! Sinto muito que esteja se sentindo assim.
Eu imagino a sua ansiedade em ver seu relacionamento ter tomado um rumo diferente do que você esperava. Isso frustrou com suas expectativas de um relacionamento bom , e isso de fato é muito difícil de lidar.
Só que vale lembrar que você está lidando com alguém que possui um vício. Assim como outros tipos de vício , isso altera com a química do cérebro, o que consequentemente altera o comportamento em vários aspectos da vida. E o fato de ele ter parado de consumir vai gerar nele sintomas de abstinência assim como qualquer outra droga.
O problema é que as pessoas que convivem com outras pessoas que possuem um vício, têm a tendência em pensar que vão conseguir muda las é tira las daquilo, o que nem sempre é verdade. Sair de um comportamento nocivo envolve mais a força de vontade dele do que a sua. Portanto o meu conselho é que não gaste da sua energia tentando muda lo, você já fez a sua parte. Gaste seu tempo e energia com você, nos seus próprios projetos, sonhos e metas . Procure fazer terapia e avaliar qual a importância que esse relacionamento tem para você e entender qual o seu limite diante de tudo isso.
Estou à disposição caso precise de auxílio psicólogo para lidar com essa situação. Qualquer coisa basta entrar em contato . Um grande abraço
Psicóloga Natália

Natália Cassemiro Psicólogo em Uberaba

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28 JAN 2023

olá! Você estar precisando de ajuda? Então é só agendar uma sessão comigo que irei lhe responder o mais rapido possível

Rafaela de Arruda Custódio Psicólogo em Belém

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28 JAN 2023

Olá Namir! Obrigado por escrever. Os textos que lemos, sempre representam uma amostra do que as pessoas estão vivendo. Isso geralmente implica em dados insuficientes para avaliações mais consistentes. Há dados cruciais para entender essa dinâmica, como idade, filhos, saúde geral, ocupação, rotina de vida. Detalhes dessas questões, afastam possíveis frentes de pesquisa, assim como apresentam elementos a se cuidar. Pelo relatado, você vê melhoras mas quer mais. Talvez seja interessante você, com a ajuda científica de um psicólogo, possa entender e direcionar melhor a retirada do melhor dele, assim como ele poderá também modificar algumas coisas, dar novos sentidos e enriquecer trocas. Uma observação importante é que todo relacionamento passa por algum desgaste. Quando há fatores como traumas e vícios, muitas vezes, se explica as coisas totalmente por eles, quando na verdade, não são somente deles. O que precisa ser cobrada, não acontece de forma espontânea.
Será bom aprofundar.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Não fortaleça terroristas, bárbaros e primitivos.

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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