Meu noivo pediu um tempo após passar por um infarto.

Feita por >Adriana · 15 abr 2024 Terapia de casal

Meu noivo e eu estamos juntos há cerca de 3 anos. Ele é músico e eu sou engenheira, temos rotinas muito diferentes e ele é 10 anos mais velho (33 e 43), sempre tivemos um relacionamento muito tranquilo. No início do relacionamento ele já falava em casar e sobre ter filhos, enquanto eu falava que não queria. A verdade é que nunca tinha pensado sobre isso antes, então demorou um tempo até que eu realmente tivesse esse vontade com ele.

Ficamos noivos e, ao longo do tempo, fomos caminhando para eu querer muito casar e ele nem tanto. Ele começou a ficar diferente comigo e sempre que eu procurava para conversar nós brigávamos e nunca era um diálogo de verdade. Comecei a ficar insegura com o comportamento dele e com isso comecei a ficar cobrando e pressionando ele sobre coisas pequenas, algo que não tem nada a ver comigo. Isso começou a desgastar mais o nosso relacionamento. Até aí, ainda considerava que estava tudo bem, desgastes são normais e pensei que com uma conversa poderíamos corrigir a rota.

Há dois meses ele sofreu um infarto. Imagine o impacto físico e mental pelo qual ele passou, foi um momento difícil para todos. Ele teve que mudar a rotina, parando de fumar, tomando mil remédios, ficou bem nervoso no começo. Externamente ele mostrava que estava tudo certo, que nada tinha mudado, se mostrava forte, parecendo que o infarto não teve impacto nenhum. Eu e a mãe dele notamos a diferença comportamental.

Viajamos semana passada e, angustiada com o fato de ele estar diferente comigo e querendo ter um diálogo para resolvermos, decidi perguntar se estava tudo bem entre a gente. Eu não sou de brigar, na verdade nunca tinha brigado até mesmo em um relacionamento de 11 anos que tive antes, tudo era resolvido na conversa. Mas quando perguntei para o meu noivo se estava tudo bem entre a gente, ele estourou comigo. Ele pegou todas as coisas grandes e pequenas que já aconteceram no nosso relacionamento e começou a jogar na minha cara, como uma avalanche. Eu, que nunca perdi o controle na minha vida, gritei com ele de volta, tamanha frustração.

Voltamos da viagem sem conversar um com o outro. Após ele sumir por 48h, marcamos de conversar. E dessa vez realmente foi uma conversa. Ele disse que iria procurar terapia, que estava se sentindo perdido e muito mal, que não estava se reconhecendo. Que esse processo começou uns 6 meses antes do infarto, após alguns problemas sérios que ele passou (exemplo: uma pessoa que era como uma irmã para ele sumiu depois que as mães deles brigaram e nem mandou mensagem quando ele teve o infarto). Ele disse que estava se sentindo pressionado por mim, que achava que eu estava muito dependente dele, que tinha medo de eu me mudar para a casa dele e querer cobrar de ele largar os shows noturnos, de eu me sentir mal por morar em uma casa que não tem nada a ver comigo (ela é toda preta e cinza, me sentia angustiada lá mas me acostumei com o tempo).
Enfim, todas essas coisas poderiam ser resolvidas com diálogo, são pequenas perto do relacionamento feliz e leve que nós tínhamos.

Ele disse que me amava, mas que precisava de espaço para pensar e não fala comigo há mais de uma semana. Eu também não entro em contato querendo dar espaço a ele, já mostrei que estou disponível para conversar durante a conversa e de que quero continuar com ele. Quanto tempo eu devo esperar para entrar em contato? Não posso viver na espera constante, isso está fazendo mal para mim. Ao mesmo tempo, não quero pressionar ele nesse momento difícil.

Essa ausência dele e não saber o que está se passando na cabeça dele está me angustiando muito. Fico o tempo todo pensando nisso, me dá mal estar físico pensar que quando ele me chamar para conversar novamente que ele pode terminar. Eu amo ele muito, realmente pensei que seria a pessoa com quem eu passaria o resto da minha vida.

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