Sou mãe solteira de uma menina de 21 anos e casada a 10 anos com um homem que tem uma filha da idade da minha. Sempre me dei bem com meu esposo, dificilmente brigávamos, apesar de eu me sentir um pouco anulada a dar opiniões em casa... Mas tudo contornável... Há três meses atrás, minha vida virou de pernas pro ar e nesse meio tempo, minha filha me.contou que, quando ela tinha 16 anos, enquanto meu marido a colocava do sofá para a cama, enquanto ela dormia, ele segurou no seio dela e ela sentiu que foi intencional. Episódio isolado, porém me trouxe uma depressão profunda. Falei o caso para ele, e ele diz que não lembra do ocorrido e se aconteceu, não foi intencional... Sai de casa, mas ele insiste em voltar e diz que fará tudo diferente na nossa relação e que me ama muito. Diz que se sente ofendido, pois não é um pervertido... Mas minha filha diz que sabe o que sentiu.. e eu estou num mato sem cachorro, pois se eu fico com ele, me sinto culpada e penso que perderei minha filha se eu não fico, me sinto perdida...
Resposta enviada
Em breve, comprovaremos a sua resposta para publicá-la posteriormente
Algo falhou
Por favor, tente outra vez mais tarde.
A melhor resposta
29 MAR 2022
· Esta resposta foi útil a 6 pessoas
Olá Maria,
Você trouxe uma situação muito delicada. Para fazer uma avaliação é preciso entender mais sobre a convivência em família.
Por mais que é um assunto difícil para enfrentar, é preciso o diálogo aberto com sua filha. Entender se foi mais de uma vez, se houve outras situações desconfortáveis, entender como sua filha se sente em relação a tudo isso. É importante aprofundar com sua filha sobre isso, só assim você irá conseguir analisar e pensar o que pode ser feito.
Imagino como é angustiante ficar dividida, sem saber como agir. Você fala de culpa, se sente perdida... é fundamental nesse momento buscar a psicoterapia, vai te ajudar a organizar todo esses sentimentos que estão te deixando perdida.
Fico a disposição, caso queira se aprofundar.
Um abraço.
Rute Martins - Psicóloga Clinica
30 MAR 2022
· Esta resposta foi útil a 3 pessoas
Bom dia, Maria,
A sensação de desconfiança é muito difícil de lidar. E tem que levar em conta o "sentimento de abuso" pelo qual sua filha passou. Ainda que não tenha sido intencional da parte dele, para ela foi marcante. E pra você, fica o sentimento de culpa e desconfiança por toda a historia de vocês.
Mas um relacionamento deve ser maior do que escolher um lado. Sua filha ou ele... Mas e VOCÊ?? Está se dividindo entre eles, mas onde está você nesta relação?
A psicoterapia breve pode ajudar bastante a lidar com esta questão, trabalhando a sua própria auto-estima e segurança pessoal, seja para tomar uma decisão, seja para ser mais você a vida toda. Pois sua vida também não pode se basear num momento de decisão.
Caso queira conversar um pouco melhor sobre o assunto, fico à disposição. Tenho mais de 20 anos de experiência em terapia familiar.
29 MAR 2022
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá Maria! Grato por escrever. Essas situações exigem muita precaução. Esse texto, dependendo de como está sua filha, dependendo da segurança que você sente, você pode ponderar com ela.
Certamente você precisa sentir profunda segurança quanto ao que é intencional e o que não é intencional. Talvez não consiga de forma direta.
Mas, pela experiência de vida, pode organizar raciocínio, diminuindo a possíbilidade de sentir-se como quem fez a escolha errada. Certamente, se precisar, entre ele e sua filha, você ficará com sua filha: não há ex-mãe, não há ex-filha.
O importente será vocês duas trabalharem a abrangência dos desdobramentos de qualquer escolha. Por isso precisam baserarem-se nos dados mais sólidos que puderem contar.
Nós, psicólogos, estaremos a disposição para assessorar em busca de reflexão mais profunda e razoável.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Será prudente manter as máscaras. Mantenha proximidade afetiva com distanciamento físico.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.