Tenho um longo relacionamento com meu esposo, temos dois filhos. Mas o fetiche está na nossa história há muito tempo, desde antes do nos casarmos. Ele sempre gostou de se masturbar enquanto eu falo situações hipotéticas, ou coisas que já aconteceram ou poderia ter acontecido. Ou até mesmo enquanto estamos tendo penetrações. Confesso que foi um processo pra mim, entender alguns deles, e tentar sentir prazer com isso. Até que consegui um dos fetiches... O que ocorre é que ele quer outros que eu não consigo abstrair a ponto de sentir prazer com isso. Ele diz que isso é injusto pois pra ele o meu prazer é algo muito importante e já pra mim o dele não é assim como é pra ele. Chega ao ponto dele propor algo e com a minha negativa, ele desiste do ato sexual e simplesmente para tudo que tava acontecendo. Me sinto insuficiente, e ainda culpada por ele dizer que não procuro satisfaze-lo como ele busca satisfazer a mim. Nesse caso, satisfazer a mim é um fetiche que foi proposto por ele, e que eu consegui ultrapassar, e sentir prazer, mas não é sempre. O que eu faço?! Já conversamos, mas parece nunca haver uma resolução.
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23 ABR 2024
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Bom dia, Dedê! Obrigado por escrever tua história. As pessoas vivenciam fantasias, fetiches, que estão no mundo interno delas. A exigência que outros participem é algo que ultrapassa o respeito pela intimidade da outra pessoa. Jamais faça algo que, antes de fazer, não saiba como ficará,após vivenciar. A culpa e a perda do respeito pela outra pessoa, a mútua desconfiança, acabam ocorrendo com alta frequência, quando as pessoas, no desejo de agradar ao outro, vivenciam ultrapassagens do que lhes é confortável, para sair da situação presente. Nesses casos, a reflexão sobre o futuro, é de extrema importância.
Nós, psicólogos, em situação científica, sabermos da especificidades dos fetiches, da história de vocês, dos pontos de desconfortos, poderemos contribuir para melhorar o diálogo, evitar situações que o casal, poderá não saber como voltar. Quando não sabemos como voltar, não devemos ir.
Estou a disposição para maiores aprofundamentos.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Oii, Dedê! Espero poder ajudá-la.
Entendo que essa situação pode ser desafiadora para ambos. É importante reconhecer que cada pessoa tem seus próprios limites e desejos, e é normal que nem todos os fetiches ou fantasias sejam compartilhados da mesma forma.
Primeiro, é crucial que você se sinta confortável e respeitada em sua intimidade. Se há fetiches que você não consegue abstrair a ponto de sentir prazer, isso é válido e compreensível. Você não deve se sentir culpada por isso.
Uma abordagem seria continuar dialogando abertamente com seu esposo sobre suas preocupações e limitações. Explique a ele que embora você esteja disposta a explorar algumas fantasias, há outras que simplesmente não são confortáveis para você, e isso não significa que você não o deseja ou não se preocupa com seu prazer.
Talvez possam encontrar um meio-termo, explorando juntos novas formas de intimidade que sejam prazerosas para ambos, sem pressão ou expectativas excessivas. Também é importante que ele compreenda que a satisfação sexual é uma via de mão dupla, e que é fundamental que ambos se sintam realizados e respeitados.
Se o diálogo direto não está trazendo uma solução, considerem buscar a ajuda de um terapeuta sexual, que pode oferecer orientação e técnicas para lidar com essa questão de forma construtiva e saudável para o relacionamento. Lembre-se de que o respeito mútuo e a comunicação honesta são essenciais para superar esses desafios juntos.
É muito importante consultar um psicólogo caso essa questão continua te incomodando, ok?
Espero ter ajudado, um abraço.
Samanta Xavier, Psicóloga.
Olá, Dedê, espero encontrá-la bem.
A liberdade para ser quem somos em um casamento é algo primordial. Com isso, floresce a cumplicidade, confidencialidade, acolhimento, suporte, enfim, todos os aspectos que demandamos para o nosso amadurecimento e felicidade. Dentro destes aspectos, a vida sexual é um pilar que tem a sua devida importância.
Contudo, como diz o ditado, o que um não quer, dois não fazem. Isso faz parte do entendimento que a relação é dos dois e para os dois. O querer de um esta atrelado ao querer do outro, visto que o prazer com respeito é para ambos.
O que te aconselho é buscar atendimento para o casal, já que esta demanda diz respeito a vocês dois. Tenho convicção de que será uma grande oportunidade de transformação para vocês.
Fico à sua disposição.
Olá, não é possível responder a sua pergunta, você terá que chegar a resposta fazendo a sua própria analise. É importante você se entender, o que realmente é importante pra você e o que a satisfaz. É preciso tirar um tempo para que seja possível você olhar pra si e se redescobrir e a psicoterapia irá ajudá-la neste processo. Fico a disposição para ajudá-la, abraços
Olá Dedê, obrigada por compartilhar a sua história! Existe uma imensidade de fetiches, o que é interessante avaliar se o fetiche está implicando na relação, se é prejudicial ou perigoso. No caso, acredito que tenha conversado com ele sobe os fetiches que ele tem e que você se propõe a fazer e que claro seja interessante pra ti. Como relatou há alguns desses fetiches que você conseguiu desenvolver satisfação na hora da relação. O importante que você tenha prazer também na relação sexual e qual é o seu limite, podem trabalhar algumas palavras chaves para considerar como atenção e perigoso, assim, parar o ato que está incomodando ou te machucando. Compreendi que a ocorrência de fetiches variou ou muda com frequência, é possível conversar com ele e estabelecer todos os fetiches que ele tem e assim entrar em um acordo sobre eles, para que ambos possam realizar? É interessante que ambos pudessem realizar uma terapia de casal e trabalhar a comunicação de ambas partes e estabelecer acordos. Dependendo do grau do fetiche do seu companheiro é importante que ele realize acompanhamento psicológico individual e e também psiquiátrico para ver se há compulsão e com o tratamento medicamentoso pode ajudar. Sugiro que estude sobre esse tema, indico o site ABEMSS que é a Associação Brasileira em estudos de Medicina e de Saúde Sexual, nesse site, você terá acesso aos profissionais de saúde que trabalham com este tema e tem a psicóloga Michelle Sampaio que trabalha só com este tema dos fetiches. Também trabalho nessa área sobre sexualidade humana e fetiches e estarei fazendo parte da ABEMSS esse ano. Observo que está sofrendo e que precisa de acolhimento profissional e trabalhar a sua angústia e culpa. Espero, ter te ajudado de alguma forma.
