Eu não consigo me relacionar com ninguém, o que fazer?

Feita por >Gabriela Fernandes Esquerdo · 27 mai 2024 Abordagem psicológica

Bom dia! Surgiu uma doença na bexiga dele, depois da cirurgia, teve erro e só tinha 3 meses para ter filhos, ele passou da depressão ao surto em pouco tempo. Minha vida desde então acompanhá-lo nas consultas e exames. Eu engordei 15 kg e ele passou a me humilhar, eu não tinha mais vida, porque ele não me deixava dormir com dor ou medo de morrer (a mãe dele falou que ele ia morrer e eu ia casar com outro e vários outros absurdos que não se fala pra quem está doente). O nosso casamento que era tão bom, passou para agressão psicológica e chegou na física. Eu não conseguia entender porque ele estava me tratando assim, fui me afastando e a família dele me acusava de ser má esposa, mas não era, eu já não tinha mais forças. Ele não acreditava mais nos médicos e passou a não acreditar em Deus. Foi um caos. Ele só sabia ler o Google com catástrofes o dia inteiro e a madrugada, não me deixava mais dormir, se irritava porque eu conseguia e ele não. Passou a ser vegetariano, vegano, naturalista, foi pra crudivorista e por fim frugivorista. Não faziamos mais nenhuma refeição juntos, ele dizia que o ovo era menstruação da galinha, o leite era o pus da vaca etc. Ele passou a me odiar. lockdown do Covid, eu fugi de casa, enfiei o que pude no carro e sai sem rumo, parei na casa da minha mãe, apartamento pequeno com 3 pessoas, guerra entre meu padrasto e minha avó, ele também tinha acabado de perder a filha mais velha para o Covid. Foi um caos, a empresa de 4h passei a trabalhar 12h sem a remuneração extra. Tudo aconteceu. Eu tive que começar minha vida do zero. Na casa do meu padrasto, dividindo meia cama com a minha avó. Agradeço a Deus, sim! Mas não é sobre isso, é sobre não conseguir me relacionar com mais ninguém desde então. Eu afasto as pessoas, porque é como se todo dia 24h meu coração sangrasse, tenho pânico só de pensar, mas eu já tenho 35, a vida uma hora tem que continuar, porque eu quero ter uma família e filhos, era isso que era pra ter acontecido, estávamos nos programando pra isso, minha infância já foi bem difícil no divorcio dos meus pais, na escola tinha mãe que não me deixava brincar com a filha, porque eu era filha de mãe solteira. Meu pai casou com a amante e ela infernizava a nossa vida. Eu era proibida de ver os filhos deles quando ia na casa da minha avó, ela me escondia nos cômodos pra mulher do meu pai não saber que eu estava lá. Meu pai me tirou de um emprego que eu precisava muito pra pagar a faculdade, porque era na rua da casa dele e a mulher dele não queria eu pisando lá. Eu queria ir pra faculdade, ele disse que eu ia ser prostituta, que professora era tudo assim. Quando menstruei aos 10 anos, brincava de boneca e ele disse "agora os homens vão te levar pro motel e vão deixar você grávida, vai ser mãe solteira, vai engordar e ninguém vai te querer", "homem só vai te querer pra transar e cair fora". No meu casamento tive medo de ter filhos e ser mãe solteira, não tive. São tantas coisas e eu pensava pequena... Quando eu crescer, eu vou ter uma família sem essa loucura. Porque minha mãe, teve poliomielite bebê, tem deficiência e ela tem ciúmes meus com a mãe dela que me criou pra ela trabalhar. Sinto que muitas vezes, ela compete comigo. Ela não podia me ajudar na faculdade, mas foi lá e se matriculou, não podia me ajudar em comprar um lugar pra mim, mas comprou um pra ela (tudo no mesmo mês que tenho a ideia), todas as roupas são iguais, calçados, ela age como se fosse minha irmã mais velha. Então pra mim, já tenho a ausência do meu pai e tenho que tomar cuidado com o que falo pra minha mãe, porque tanto ela pode me desmotivar como pode dizer que não e ir lá e fazer primeiro. Eu entendo que o pai dela também casou com a amante, minha avó veio pra SP e deixava eles sozinhos (ela do meio, o mais novo e o mais velho autista) em casa pra ir trabalhar em fábrica, que a mãe não trata ela como me trata, mas eu não porque, eu não tenho culpa, as duas não se dão muito bem. Ela era de pequena a responsável pela casa e por eles. Sei também que ela tem suas dificuldades, às vezes, parece que ela não regula bem. Cuidei da minha avó, do meu tio cadeirante e das duas filhas dele por anos, pra ela se casar novamente. Eu também não tive infância e nem adolescência. Ele faleceu pegando na minha mão, nunca vou me esquecer disso, foi ele que cuidou de mim na ausência do meu pai. Mas entre tudo isso fico pior ainda em ver que eu mesma não me permito reiniciar a minha vida, me dá pânico quando alguém demonstra interesse (não deixo nem chegar perto, se consegue meu número eu bloqueio ou canso a pessoa falando sozinha, se é pessoalmente eu falo já ali algo que a pessoa não vai gostar, ela já desiste) na minha cabeça ou ele vai fazer o que o meu pai falou ou ele vai ser igual meu ex-marido, uma boa pessoa e depois pode mostrar um lado monstruoso e o pouco que eu estou lutando pra me manter viva vire outra vez um pesadelo. Eu sei que faço tudo isso, como defesa, mas não sei ser mais uma pessoa normal. Eu queria voltar a ser leve, vejo as pessoas que se separam e já logo estão em outros relacionamentos e fica tudo bem, seguem a vida.

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