Olá, tenho 30 anos moro com meus pais ainda, trabalho, nunca dei problemas a eles. Me dou bem com minha mãe quando estou em casa, o problema surge quando vou sair, não importa se seja com amigas ou namorado, ela me da hora pra voltar, geralmente muito cedo e se não faz isso começa proibindo dizendo que sonhou que eu ia sofrer um acidente ou algo parecido (caso eu saia da cidade), se esta chovendo pouco que seja ela diz que é perigoso e é melhor ficar em casa. Agora deu também de não gostar do meu namorado, chega a ficar sem falar cmigo quando saio com ele. Meu pai me apoia mas não na frente dela, ele me deu nossa antiga casa pra reformar e ir morar sozinha ou com meu namorado, mas ela fica dizendo que a vida longe dos pais é dificil, complicada, que não vou ter mais tempo pra nada e que deveria pensar muito bem antes... ela me manipula desde que sou pequena, ja nos passeios de escola vinha com esse papo de sonho ruim e eu era boba e cedia ficar em casa com ela, hoje em dia comecei perceber isso, não sei o que posso fazer pra ao menos ela me controlar menos nos meus horarios, ja falei que não sou pequena, que sempre passo vergonha com ela ligando e pedindo pra voltar, mas ela surta comigo e fico me sentindo errada, mal por não obedecer ela
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14 OUT 2022
· Esta resposta foi útil a 6 pessoas
Voce tem 30 anos... desde os 18 anos já deveria estar fora da família, iniciando a sua caminhada, construindo a tua realidade.
Voce precisa cortar o cordão umbilical com a sua mãe... para possibilitar o nascimento de voce mesma.
E não espere que ela abra as portas para voce... você é que precisa conquistar isso.
Nada pode fazer por ela... ela funciona desta forma, fazendo chantagem emocional, te colocar em medo, te manter dominada.
Voce veio através dela mas não é dela.
O que voce escolhe? Voce quer ser fiel a quem? A voce? Ou a ela?
A vida te deu a liberdade e o livre arbítrio para ser dona de sua vida, responsável pelas tuas escolhas e decisões.
O que voce escolhe? Pode se auxiliar pela Psicoterapia. Contatnto que não fique como vítima e achando que tua mãe está te dificultando a tua vida. Não, quem está dificultando é a tua indecisão, é o teu comodismo...
Abraços
Olá Nessa,
Que bom que chegou aqui!
Sinta-se confirmada em suas sensações. Por vezes nossas sensações tomam uma proporção que passam a incomodar e interferir em nosso dia a dia. E a relação com os pais é um ponto muito importante em todo nosso desenvolvimento pessoal, social e emocional.
Um questionamento que fiz aqui enquanto lia seu relatou foi: com 30 anos, adulta, de certo modo independente... o que te impede de dar um novo passo rumo ao seu futuro, por si, para si? O que te faz ainda permanecer sob os cuidados de seus pais? Importante esse ponto.
O que muitas vezes acontece é que dificilmente somos ensinados a manejar ou lidar com aquilo que sentimos, ou até mesmo não sabemos como e onde encontrar ajuda profissional para superar e reorganizar com qualidade e saúde as relações que demandamos no nosso dia a dia, relação consigo mesmo e com o mundo.
Já pensou em fazer terapia? O processo de autoconhecimento pode te ajudar muito nesse processo! Terapia com psicóloga é para além de distúrbios mentais, precisamos transcender isso! Psicoterapia é desenvolvimento pessoal, amadurecimento e desenvolvimento de habilidades, ampliar de consciência, é fortalecimento de autoestima! Quanto mais você aprende sobre si, sobre o que sente, como sente, o que faz a respeito, como pensa, como age.... quanto mais se conhece, mais se fortalece e assegura para se posicionar e agir diante os desafios de viver.
Espero ter te ajudado!
Caso queira aprofundar suas questões em terapia, Conte comigo..
Psicóloga Chris
Olá Nessa,
Fica claro que toda essa proteção da sua mãe é por insegurança e medo de te perder, seja por acidente, por namorado, por amigos ou qualquer outra coisa ruim. Muito provável que ela tenha passado por algum trauma, por isso tem esse comportamento.
Tudo que ela faz é por amor, mas isso está impedindo de você trilhar sua própria vida, é preciso colocar limites sem ser agressiva, sem brigas ou magoá-la.
É fundamental fazer psicoterapia, se fortalecer emocionalmente para lidar com essa situação. A terapia irá te ajudar nesse processo para não se sentir culpada.
Fico a disposição caso queira se aprofundar.
Rute Martins - psicóloga Clinica
Olá Nessa! Obrigado por escrever. Embora você não tenha dito, provavelmente é filha única, que sempre viveu essa reciprocidade de dependência com a mãe. A maior parte das pessoas, vive esse processo em torno dos vinte anos. Você o está vivendo aos trinta. Trinta anos é idade de ter espaço próprio, de organizar lugar pessoal, de construir turma de colegas, conhecidos, conjunto de valores e pautas morais próprias. De outro lado, o processo de construção de autonomia é longo: independência financeira, empregabilidade, administração de casa, segurança, visitas, saúde, amizades, finanças, dentre outros aspectos. Sua mãe, ao jeito dela, quer o seu bem. É preciso não perder de vista que não fácil viver com independência, que aprende-se gradativamente, algumas vezes cometendo erros. Os erros não podem ser tão graves de tal forma que não tenham ou sejam de muito difícil volta: AIDS, filho sem plano, não tem volta. Dívidas, drogas, agressões, são de difíceis voltas. Mostre para sua mãe seu amadurecimento, faça-a perceber seu planejamento consequente.
Se precisar, estaremos a disposição.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. As mentiras ainda perduram nos falsos religiosos e políticos com intenções egoístas. É impressionante como falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador vocacional.
