Olá,
Me chamo Bruna, sou uma moça de 23 anos. Tenho percebido que há algum tempo eu não quero dar satisfações, tenho ficado bastante irritada e estressada por ter que fica dizendo o que vou fazer, pra onde vou e o porque, como ainda moro com meus pais, tenho que sempre dizer as coisas, será que é a idade? Dizem que conforme vamos ficando mais velhos queremos ser donos de nós mesmos, porém esse sentimento de raiva em responder essas perguntas tem me incomodando, porque as vezes sou grossa sem querer!
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3 AGO 2023
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Olá Bruna, pelo seu relato está claro que a postura dos seus pais em relação a você tem te incomodado e seu limiar de tolerância pode estar bem pequeno em relação a isso. Tem pais que são mais controladores mesmo, e enquanto o filho reside com eles fazem com que se sintam no direito de invadir a privacidade do filho e querer satisfação para quase tudo. Você pode tentar dialogar com eles, falar de como se sente em relação a isso, mas talvez eles possam vir com aquele velho discurso de "enquanto você estiver sob meu teto...". O ponto é, é algo que te incomoda, então quanto mais você focar nisso, mais vai te incomodar. Tente não dar tanta importância, você sabe que vai acontecer enquanto você viver com eles. Não devemos ficar esperando que os outros mudem, a questão para melhorar é como nos adaptamos e como nos criamos novas repostas para lidar com as situações que nos causam desconforto. ao mesmo tempo é importante então você trabalhar sua autonomia para ter seu espaço, já que se irrita tanto com essa convivência. Pense nisso e boa sorte.
Olá Bruna. É possível que dentro desse contexto que descreve tenha mais detalhes que em primeiro momento não consiga perceber. Nenhuma resposta aqui será suficiente para te ajudar a entender o que está acontecendo. Aqui deve ser pensado de forma geral. Portanto, sua família com quem vive não tende a mudar, deixar de se preocupar com você. É normal você ficar chateada por querer mais liberdade, a esse respeito seria interessante sondar possibilidade de conquistar sua autonomia financeira e com isso liberdade de não dar satisfação? Não entenda como uma crítica, porque o objeto em análise baseado no que que descreve são as exigências familiares de satisfação, visto que convive em mesmo ambiente, e do qual possivelmente depende. O processo de terapia vai possibilitar clarear sua inquietação, expandir sua visão para outras possibilidades.
Olá Bruno, primeiramente quero dizer que falar com seus pais aonde vai, não necessariamente é uma satisfação. Os pais sempre se preocupam com os filhos e isso não muda nem quando os filhos se casam. Esse incômodo e essa irritabilidade por estar ligada a outras questões. Pra entendê-la e ajudá-la a se entender precisamos conversar mais sua a sua história, suas vivências e assim ressignificar a forma de ver as coisas. Fico a disposição, abraços
Oi Bruna! Obrigado por escrever. Em nossa sociedade complexa, por significativo tempo, há um descompasso entre o que vivenciamos no sentido biológico, no sentido de desejar autonomia, em relação ao que vivenciamos em questões como: consolidação profissional, autonomia financeira, empregabilidade, local próprio de vida.
A irritação e o estresse, indicam que você não está harmônica com o que tem para oferecer a seus pais como argumento ou como fazeres ou estruturas pessoais.
Será recomendável que você passe por orientação ocupacional, talvez por processo de psicoterapia. O tempo é igual para todos; aqueles que sentem orgulho do que estão fazendo, se irritam e se estressam menos.
As etapas da vida precisam ser situadas com entendimento e direcionamento em relação com suas anteriores e sucessoras.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado – Psicólogo clínico e orientador ocupacional.
As emoções podem nos sinalizar muitas coisas, é possível que sua irritação e estresse tenham diferentes razões. Pode ter a ver com esse momento de início da vida adulta e busca por autonomia ou por outros motivos estressores que você possa estar vivenciando, por exemplo. Para identificar melhor as causas seria preciso uma análise mais profunda do seu contexto, avaliando se há outros fatores que possam estar contribuindo para seu estresse e irritabilidade.
Você também pode buscar entender quais os pensamentos que você tem nesses momentos de raiva. Assim, você compreenderá melhor o porquê de se sentir irritada e buscar outras formas de compreender a situação que sejam mais produtivas para ti. Por exemplo, quando você ficou com raiva por seu pai ou sua mãe perguntar onde você ia, o que passou pela sua cabeça? Que ele era um intrometido, por exemplo? Será que isso é verdade? Será que não há indícios de que na verdade eles só estão preocupados com seu bem-estar? Enfim, avaliar a situação por novos ângulos pode te ajudar a reduzir a intensidade da sua raiva.
Com isso, você poderá pensar em outras formas de reagir aos questionamentos dos seus pais. Ao considerar a situação a partir da nova perspectiva, provavelmente suas emoções serão diferentes e você poderá agir de forma mais adequada ao que você deseja, evitando a grosseria.
Ah e a raiva em si não é um problema, ela é uma emoção essencial como qualquer outra, trata-se de tentar compreeender o que ela está sinalizando, quais os pensamentos envolvidos nesse contexto para identificar formas saudáveis de lidar com a situação.
Procure terapia se você puder, desse modo você poderá compreender mais suas emoções, pensamentos e ações edesenvolver novas maneiras para lidar com seus desafios.
Espero ter ajudado de alguma forma.
Fico à disposição.
Abraço, Bruna!
É compreensível que, à medida que crescemos, desejemos ter mais independência e autonomia em nossas vidas. Esse desejo de ser dono de si mesmo é uma parte natural do amadurecimento e do desenvolvimento pessoal. No entanto, é importante entender que essa mudança pode ser um processo desafiador, especialmente quando ainda estamos vivendo sob o teto dos pais.
Sentir-se irritada e estressada por ter que dar satisfações constantemente é algo que muitas pessoas experimentam em algum momento de suas vidas. Isso pode acontecer porque você está buscando mais liberdade e espaço para crescer, e responder a essas perguntas pode parecer uma invasão de privacidade ou controle excessivo.
Para lidar com essa situação de forma saudável e evitar ser grosseira inadvertidamente, aqui estão algumas sugestões:
Comunique-se de forma clara e respeitosa: Converse com seus pais e explique como você está se sentindo. Diga-lhes que você valoriza a preocupação deles, mas também precisa de um pouco mais de espaço para se sentir independente e responsável pelas suas escolhas.
Defina limites saudáveis: É essencial estabelecer limites adequados com seus pais. Defina quando é necessário informá-los sobre seus planos e quando você pode tomar decisões sem ter que explicar tudo em detalhes.
Demonstre maturidade: Mostre aos seus pais que você é capaz de tomar decisões responsáveis e que está disposta a assumir a responsabilidade por suas ações. Isso pode ajudar a construir a confiança deles em você.
Encontre momentos para o diálogo: Tente conversar em momentos mais calmos, onde todos possam se expressar de forma tranquila e aberta, evitando que as conversas aconteçam em momentos de tensão.
Respeite a preocupação deles: Lembre-se de que seus pais se importam com você e provavelmente estão preocupados com sua segurança e bem-estar. A compreensão mútua pode ajudar a fortalecer o relacionamento.
Se mesmo após essas medidas, você sentir que a raiva e a irritação persistem e estão prejudicando sua relação com seus pais ou outras áreas da sua vida, pode ser útil considerar a busca de apoio profissional, como um psicólogo ou terapeuta. Eles podem ajudá-la a entender melhor suas emoções, desenvolver habilidades de comunicação e lidar com o estresse de maneira saudável.
Lembre-se de que é normal passar por essa fase de transição, e com paciência e diálogo, é possível encontrar um equilíbrio satisfatório para todos os envolvidos. Desejo a você boa sorte em sua jornada de autodescoberta e crescimento pessoal.
É possível que estes sentimentos de irritação e estresse possuam diferentes razões, que podem sim estar atreladas a este momento de transição entre a adolescência e a vida a adulta e este desejo de construção de autonomia, mas para conhece-las de fato seria necessário uma investigação clínica mais ampla. Neste espaço conseguimos apenas oferecer hipóteses especulativas. Mas talvez, ao invés de encontrarmos uma justificativa para esse comportamento, o que possa ser feito neste momento, é pensar sobre que outras formas de agir fariam mais sentido para você, nessas situações, que te aproximariam de uma versão de si mais significativa, partindo da identificação que você trás sobre não desejar ser grossa. A mim parece que há um valor presente na sua relação com seus pais, mas compreendo que aqui temos apenas um recorte desta relação, porém se considerarmos a existência deste valor, podemos supor que esses questionamentos partem de um lugar de preocupação e cuidado, seu desejo de autonomia também é válido, mas como não podemos mudar aos outros, somente a nós mesmos, e considerando que você ainda mora com eles e não desejas agir com grosseria, talvez possa pensar sobre como você preferiria responder a eles, e se comprometer em exercitar. E pode ser válido também, caso haja espaço para isso, conversar com seus pais sobre estes sentimentos, e de repente construir algum acordo, onde você possar fornecer o mínimo de informações para deixa-los tranquilos, sem precisar detalhar, por exemplo.
Por fim gostaria frisar o lembrete de que, não é sobre não sentir raiva (porque é impossível se livrar de qualquer que seja o sentimento), mas sobre como você lida com a s presença da sua raiva. Ter escrito essa pergunta aqui, buscando um direcionamento a respeito disso, já me parece um bom indicativo para um manejo mais funcional na sua vida.
Se puder, busque a terapia para obter um maior auxilio. O processo terapêutico tem um grande potencial preventivo também, não somente remediativo, podendo te ser benéfico inclusive para a construção dessa maior autonomia que você deseja.
Bruna,
Normalmente a partir dos 17 anos vamos cortando o cordão umbilical psicológico com nossos pais e familiares para nos tornar autônomos, responsáveis pelas nossas escolhas e decisões.
Este é um processo que acontece com todos, é uma conquista de cada um.
Alguns pais facilitam e compreendem isso, mas outros dificultam.
É muito importante voce perceber e compreender que voce quer a sua vida, ser dona de ti mesma, mas estamos convivendo com um meio e podemos lidar com este meio com muita flexibilidade, não para se submeter ao meio, mas como estratégia.
Viver a própria vida sabendo lidar com o meio em benefício teu.
Na vida, vence quem tiver a melhor diplomacia para se relacionar com as pessoas sem nunca deixar-se submeter.
Se necessitar, faça Psicoterapia para ser auxiliada.
Abraços
Olá Bruna!
Essa transição que tu está passando e os conflitos que surgem nesse momento são bastante comuns. Temos que entender se tem outras situações que te deixam irritada também, com outros familiares, amigos, colegas de aula ou trabalho. A raiva é uma emoção importante, pois ela nos comunica que estamos sendo injustiçados ou bloqueados em algum objetivo. Se conseguir escutar a voz que acompanha esta raiva, podemos entender o que tu está precisando nestes momentos. Você precisa mais compreensão? mais liberdade? ser levada mais a sério? não ser questionada sobre suas decisões? tem algo a mais?
abraços!
Olá Bruna, como você identificou você pode estar passando por uma fase de transição para a vida adulta, na qual dar satisfações te causa irritabilidade. Teriam mais situações que te causam irritabilidade?
Sempre que moramos com os pais damos satisfações independente da idade, seja com 23, 33 ou 43 anos, pais normalmente se preocupam mesmo. Dar satisfações por si só não significa que você não seja dona de si, a não ser que outras circunstâncias te provoquem esse sentimento.
