Eu tenho pensamentos intrusivos? Algum tipo de paranoia? O que eu devo fazer?

Feita por >Carter · 3 mai 2024 Abordagem psicológica

Primeiramente desculpa pela gramática.

Primeiro algumas informações:
Em 2016 começei a manifestar transtorno obsessivo-compulsivo que foi progredindo aos poucos, e pra constar isso é autodiagnóstico baseado no que eu vejo acontecer comigo: eu repito ações, até mesmo a de pensar, para evitar que coisas ruins aconteçam comigo ou com outros.

Eu sou uma pessoa que é:
- sedentária: ficou o dia inteiro no computador; **desde de 2017
- tímida: tenho medo de agir de forma estranha em público, não gosto de chamar atenção; **acho que desde a 6º série, talvez tenha aparecido aos poucos
- frágil:
- visto como eu reagi ao sangrar muito e achar que estava com o dedo quebrado, senti fraqueza e minha visão ficou um pouco comprometida, talvez tenha ficado pálido, a ideia de ter um problema consideravelmente ruim me fazer passar mal;
- em situações tensas (ex.: discussões familiares) eu me sinto
pressionado e fico tremendo.
- talvez sugestionável: já senti sintomas so de achar que talvez estivesse com um problema específico (ex.: uma vez achei que estivesse tendo um derrame, pesquisei e senti os sintomas. Há outros casos distintos);
- no exemplo que citei acima, eu acabei ficando acordado até
de manhã e me despedi de amigos online, como se fosse morrer.
- talvez tenha um ego frágil;
- talvez temperamental: fico com raiva fácil;
- impaciente: fico muito angustiado em avanços ou progressos muito lentos, como filas e barras de carregamentos de jogos e sites, eu fico apressando de forma muito agoniada, como se ficasse desesperado.

Eu penso de forma vingativa às vezes quando alguém faz algo para mim, eu imagino fazer algo contra ela. Talvez esteja relacionado ao meu ego frágil; eu tenho medo de parecer suspeito e pensarem que eu sou o culpado, mesmo não sendo; eu sou inseguro quanto a "conseguir", profissionalmente falando, procastino muito e o T.O.C tem grande participação nisso; eu fantasio muito com um futuro de sucesso, em vez de estudar (e tenho medo de fazer um curso, não conseguir aprender ou aplicar o conhecimento e ter perdido tempo, tenho medo do fracasso). Nesses momentos eu levanto e fico andando pela casa de um lado para o outro enquanto fico fantasio com situações nesse futuro; eu sinto que tenho um pouco de dificuldade para prestar atenção; não gosto de expressar emoções positivas e até mesmo negativas na frente dos meus familiares, sei lá, acho "cringe", não gosto da ideia.

O meu problema:
Eu tinha um tio que faleceu já faz poucos anos e a partir de algum momento eu comecei realmente a ter aversão ao perfume que ele usava, simplesmente não suportava, mas isso era apenas com ele, se fosse outra pessoa usando o mesmo perfume tudo bem. Depois comece a odiar o cheiro de café que o meu outro tio faz, mas era só quando ele fazia ou quando ele que estava tomando, e tenho a impressão de que isso foi piorando aos poucos, depois de um tempo passei a não gosta muito do cheiro mesmo que seja minha mãe que esteja preparando ou em algum estabelecimento (mas não é algo tão ruim). Esse segundo tio é o foco do meu problema e ele já me fez muita raiva no passado com brincadeirinhas sem graças e persistentes, sempre reclamei de forma agressiva e ele parou com o tempo. Ele tem um comportamento bem-humorado e um tanto brincalhão que a alguns meses eu tenho desenvolvido aversão contra. Passei também a odiar quando ele começa a tomar café com bolacha, odeio o som de bolacha sendo mastigada e o café sendo tomado.

O problema: comecei a imaginar algo pertubador, esse tio tocando no meu mamilo direito com o dedo, queijo, nariz, lábio ou língua, e eu sinto sensação física ou quase física ao imaginar isso, sem contar que eu odeio a ideia de qualquer um tocando nessa região. Isso me pertuba pra caramba, e de acordo com a minha pesquisa eu acredito que seja um "pensamento intrusivo" que eu não evitar e que possivelmente está relacionado a ansiedade. Ah, e, quando eu começo a imaginar algo ruim pode ser difícil parar, parece que o meu cérebro fica contra mim e joga isso em cima de mim, sempre trazendo de volta. Por exemplo: eu vejo uma imagem pertubadora (no meu conceito) e tento parar de imaginar ela só fico imaginando isso, eu fico dando flashs brancos na minha cabeça, apagando essa imagem, mas ela volta, e isso até onde entendo é algo normal das pessoas, mas pelo que estou passando agora eu não sei se isso vai acabar. A algumas semanas atrás ele pegou no meu peito com os dedos, formando uma pinça, algo normal entre adolescentes e talvez até entre adultos (tipo cutucar e dar petelecos no ombro ou costas), mas eu odiei isso, e na hora não reagi de forma muito ruim, mas lembro disso e me deixa muito indignado evocando sentimento de aversão.

Quero falar um pouco sobre o meu T.O.C (se é que é realmente isso), quando eu imagino que algo ruim vai acontecer comigo ou com outros vão de coisas leves a muito pesadas.

Voltando ao assunto: já fazem dias, nem sei exatamente como isso começou ou quando começou, mas quando ele manifesta suas brincadeiras eu reago a cada uma delas com um sentimento de angustia e começo a ficar desesperado, até venho a desejar a morte.

Falando sobre mamílos: eu odeia a sensação de estimulá-los e quando isso começou a se manifestar na infância, talvez pelo atrito com a roupa, eu esfregava a mão para fazer parar e isso só piorava, eu fui ao desespero e até pensei em apertar com um alicate, mas não o fiz. Não quando foi que isso acabou, só sei que não incomoda mais tanto, só que às vezes eu sinto algum estímulo quando algo toca ou arrasta. E esfregar é exatamente o que eu faço quando começo a ficar pertubado com esse problema que estou postando aqui, além de manter a mão ou o braço pressionado contra o mamílo, quando se estivesse protegendo ele.

Sempre que ele começa com seu comportamento a minha vontade é de explodir, reclamar e xingar, e talvez até chorar em desespero. Tenho um pouco de aversão quando ele vocaliza para falar, estou um pouco preocupado, pois parece que piorou.

A minha teoria é que eu direciono ódio para algo que alguém que me causa ódio faz ou possui. Talvez seja uma forma do meu cérebro me proteger da insegurança e do fracasso, o que está funcionando (parei de tentar estudar a maior parte do tempo) mas seria a um custo terrível.

Às vezes consigo não pensar muito sobre isso quando tento ignorar, quando saio para o quintal e começo a andar e imaginar estar falando algo com alguém eu me distraio, e às vezes eu consigo me distrair online. Me sinto melhor quando ele sai de casa ou vai dormir, ou apenas fica quieto.

Bem, eu acho que ficou muito grande esse texto, com algumas informações talvez fora de ordem, me desculpem por isso e obrigado a todos que responderem!

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A melhor resposta 4 MAI 2024

Olá, Carter!

Sinto muito pelo que você está passando, me parece um sofrimento muito intenso e frequente.

Então, você apresenta relatos de muita irritabilidade e pensamentos agressivos. Além disso, muitos medos, angústias e algo que chama atenção: a hipersensibilidade corporal e a preocupação com a integridade física do teu corpo.
Sintomas como esses podem corresponder a apenas uma característica pessoal tua ou também a algum transtorno clínico, como: transtorno do espectro autista (TEA), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), dentre outros.

Me chamou atenção alguns sintomas como hipersensibilidade a odores, toque físico e textura de tecidos. Esses sintomas são comuns em pessoas com TEA. Atenção: Não é possível fazer um diagnóstico sem avaliação. Convido você a fazer uma investigação procurando um psicólogo, médico generalista ou médico psiquiatra. Você precisa procurar ajuda profissional para analisar tua história de vida e descobrir quais as causas para a irritabilidade e ansiedade. Assim você poderá entender o teu funcionamento emocional e adquirir habilidades para melhorar tua qualidade de vida e reduzir sintomas.

Tenha esperança, pois você pode sim ser feliz e viver uma vida que valha a pena!

Espero ter ajudado com essa mensagem!

Ueslei Gama Psicólogo em Petrolina

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4 MAI 2024

Bom dia, Carter! Obrigado por escrever. Li seu texto, mas não vou falar detalhe por detalhe. Colocarei a questão central a ser trabalhada. Sem se dar conta você está colhendo o que está plantando, mas não gosta do que colhe. Precisa modificar rotina, focos, para que passe a plantar o que quer colher. Uma pessoa sedentária, tímida, que não treina a socialização, não poderá colher segurança nas interações. Da mesma forma, não se pode explicar que se tem problemas por causa dos outros. Isso seria aceitar que as outras pessoas podem direcionar o que você pensa, sente, faz. Isso não pode acontecer. Você tem que ser responsável pelo que sente, pensa e faz. Isso tem que adquirir maior tempero de escolhas sensatas, conscientes, persistentes.
Você precisa, com urgência, mudar tua rotina e concepção de vida, de si, das outras pessoas.
Pelo descrito, há elementos indicativos de que você deve contar com a assessoria científica de um de nós, psicólogos, com mente aberta, persistência, disciplina e muita regularidade.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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