Estou casado com minha primeira namorada, que conheci quando tinha 15 anos. Hj estou com 41 e ela com 43 anos. Temos dois filhos: um de 16 e outra de 20. Em outubro de 2019 nos separamos e me relacionei com uma pessoa que conhecia a tempos (inclusive sai com ela nesses quatro meses que voltamos, ela não sai da minha cabeça). Ela também se relacionou com outras pessoas. A 4 meses voltamos para tentar novamente, mas as coisas andam de mal a pior. Não temos mais diálogo, não gosto de sair com ela, o fato de ela ter outro me causa nojo, me cobra atenção e carinho (que não sou como antes). Não temos planos junto e não vejo mais nos dois em um futuro próximo. Nesses 4 meses não consigo ficar feliz, o que está afetando toda a minha vida, não tendo mais vontade de nada. Nesses quatro meses tive vontade de abandonar tudo, mas por medo, ou covardia, não consigo sair dessa relação. Não sei se tenho medo de vela com outro, medo de me arrepender, não sei....mas só sei que cada dia que passa não consigo estar feliz e só o que eu quero é ser feliz. Não sei o que faço e gostaria de uma orientação.
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2 JUL 2020
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Olá Lord,
Seria interessante voce avaliar o que o fez retornar após os 4 meses, se ja estava em outra relação e aparentemente feliz. A resposta sincera para isso pode ser o ponto de partida para analisar os motivos que o fazem ficar e os motivos que o fazem ir, lembrando que o personagem principal da sua vida é voce, e não a mulher atual ou a ex. Suas decisões devem se basear em garantir que a sua vida evolua.
Ola Lord ,acredito que é sempre possível melhorar/mudar situações por mais desastrosas que nos pareçam.Penso que talvez seja o momento de avaliar por que ficou fora esses 04 meses e depois voltou com sua esposa?O que sente por essa outra pessoa?E com os filhos se sente melhor?
Estas confuso ,mas vejo como muito saudável vc não querer seguir nesse lugar com tantas sensações ruins...
Procure um psicologo para auxilia-lo,essa é minha orientação para que seja feliz!
Abraço
Olá Lord! Grato por participar. Seu relato torna viva a tua necessidade de situar a si mesmo. Isto é, a questão não é, e não pode ser, a mulher A ou a mulher B; a questão é você centralizar em si, tuas caminhadas. Toda escolha, envolve renúncia, caso contrário, não será escolha. Você, segundo o relato, está precisando refletir de forma aprofundada sobre o que fazer. Por trás disso, há a questão da identidade pessoal, das metas de vida. Dados que aparecem de forma, um tanto quanto secundária: separação para valer envolve mais tempo, pelo menos três anos; sair com outra pessoa, querendo voltar, não combina com tempo de reflexão pessoal. O medo sem decisão ou convicção, pode durar muito tempo. De outro lado, a coragem da escolha exige que se dedique, da mais profunda forma possível ao caminho escolhido. Lembre-se: não há caminho perfeito, não há troca completa, todas envolvem erros e acertos, construções, modificações. Aquela vida que olhamos de longo, somente para seus aspectos positivos, de perto, na intensidade e realidade, não existe. Conte, com persistência e disciplina, com a ajuda técnico-científica de um psicólogo, para resgatar a centralidade da tua essência, para administrar o medo: de ir, de ficar, de modificar, de aprofundar. Abraços virtuais (em tempos de pandemia, saia de casa, somente para o que for relevante, com máscara, higiene e distanciamento físico: minimize a possibilidade de chorar a morte de mais uma pessoa conhecida!) Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.
