Como me posicionar nos conflitos, que me afetam, entre meu marido e a ex mulher?
Meu marido é separado há 9 anos. Nos conhecemos quando ele já era separado há 5 anos e estamos juntos há 4. Mas a ex-mulher dele não me aceita, me desrespeita (se refere a mim como a outra, a vagabunda, a vadia, aquela mulher), me impede de participar da atividades do filho deles e envenena o menino contra mim, mesmo eu sempre fazendo de tudo para manter um bom relacionamento.
o menino vem à nossa casa e eu acho importante que ele tenha momentos só dele com o pai e tb momentos nossos, em família. Mas a ex exige que meu marido participe das atividades da criança (aniversários, primeira comunhão, festas da escolha, campeonatos esportivos) e que vá sem mim. Ela exige que eu não participe.
o histórico é complicado e meu marido chegou a entrar com processo de alienação parental contra ela no passado. Mas hoje eles tentam manter uma relação saudável pelo bem do menino. Mas não considero saudável querer anular a companheira do ex-marido, que nunca fez absolutamente nada contra ela ou contra a criança. Ela sequer quis me conhecer.
e o que mais me magoa é que meu marido acha normal participar das atividades do menino sem mim. Ele dança segundo a música dela e eu me sinto excluída, anulada. É como se eu não fosse família. Só uma agregada. só fizesse parte de 1 lado da vida dele.
E ele costuma frequentar a casa dela, onde eu não sou bem-vinda e ele tem de fingir que eu não existo, para passar tempo com o filho. acho isso muito errado. Ele pode passar tempo com o filho na nossa casa. Ou sair com ele, ir para parques, shopping, sair para comer, jogar bola. Acho que ele não devia frequentar a casa dela mais que o necessário para pegar, levar a criança ou resolver alguma emergência. Se é um ambiente onde a esposa dele não é bem-vinda e é desrespeitada, ele não tem de estar sempre ali. Mas ele não entende isso. Sempre leva para o lado que ele quer passar tempo com o filho. Mas ele pode (e deve) fazer isso. Mas não lá. Acho que ele tem de limitar a convivência com essa mulher, uma vez que ela não aceita que ele tem uma nova vida. E cedendo às vontades dela e da criança (uma vítima, fantoche nas mãos da mãe) ele reforça que aquele núcleo familiar ainda existe e que aquela família ainda é possível. Ou seja, tornando ainda mais difícil a minha aproximação do menino. Pois eu me torno a inimiga. Eu sou vista como o obstáculo para que aquela família esteja sempre junta. Queria entender se estou sendo injusta ou exagerada. Por que tenho sofrido muito com isso. Me sinto sobrando, infeliz. O tempo todo me esforçando para incluir o menino na minha vida, na nossa rotina, para que ele se sinta confortável e bem-vindo. Mas tendo em troca só exclusão e desrespeito. Sendo distratada e sem nunca ser defendida, nunca tendo retratação. E com meu marido permitindo essa vida paralela, na qual eu não posso participar e nem mesmo existir. Queria que meu marido se posicionasse e lutasse pela minha inclusão. Que reforçasse que eu também faço parte dessa família. Não é algo que a ex-mulher ou o filho possam ignorar ou anular. Estou pedindo demais? Como devo agir? Estou com medo dessa tristeza acabar comigo e com nossa relação. Mesmo com todo amor que tenho por meu marido.