Como me posicionar nos conflitos, que me afetam, entre meu marido e a ex mulher?

Feita por >Ana Luiza Gonçalves · 25 jul 2022 Terapia de casal

Meu marido é separado há 9 anos. Nos conhecemos quando ele já era separado há 5 anos e estamos juntos há 4. Mas a ex-mulher dele não me aceita, me desrespeita (se refere a mim como a outra, a vagabunda, a vadia, aquela mulher), me impede de participar da atividades do filho deles e envenena o menino contra mim, mesmo eu sempre fazendo de tudo para manter um bom relacionamento.
o menino vem à nossa casa e eu acho importante que ele tenha momentos só dele com o pai e tb momentos nossos, em família. Mas a ex exige que meu marido participe das atividades da criança (aniversários, primeira comunhão, festas da escolha, campeonatos esportivos) e que vá sem mim. Ela exige que eu não participe.
o histórico é complicado e meu marido chegou a entrar com processo de alienação parental contra ela no passado. Mas hoje eles tentam manter uma relação saudável pelo bem do menino. Mas não considero saudável querer anular a companheira do ex-marido, que nunca fez absolutamente nada contra ela ou contra a criança. Ela sequer quis me conhecer.
e o que mais me magoa é que meu marido acha normal participar das atividades do menino sem mim. Ele dança segundo a música dela e eu me sinto excluída, anulada. É como se eu não fosse família. Só uma agregada. só fizesse parte de 1 lado da vida dele.
E ele costuma frequentar a casa dela, onde eu não sou bem-vinda e ele tem de fingir que eu não existo, para passar tempo com o filho. acho isso muito errado. Ele pode passar tempo com o filho na nossa casa. Ou sair com ele, ir para parques, shopping, sair para comer, jogar bola. Acho que ele não devia frequentar a casa dela mais que o necessário para pegar, levar a criança ou resolver alguma emergência. Se é um ambiente onde a esposa dele não é bem-vinda e é desrespeitada, ele não tem de estar sempre ali. Mas ele não entende isso. Sempre leva para o lado que ele quer passar tempo com o filho. Mas ele pode (e deve) fazer isso. Mas não lá. Acho que ele tem de limitar a convivência com essa mulher, uma vez que ela não aceita que ele tem uma nova vida. E cedendo às vontades dela e da criança (uma vítima, fantoche nas mãos da mãe) ele reforça que aquele núcleo familiar ainda existe e que aquela família ainda é possível. Ou seja, tornando ainda mais difícil a minha aproximação do menino. Pois eu me torno a inimiga. Eu sou vista como o obstáculo para que aquela família esteja sempre junta. Queria entender se estou sendo injusta ou exagerada. Por que tenho sofrido muito com isso. Me sinto sobrando, infeliz. O tempo todo me esforçando para incluir o menino na minha vida, na nossa rotina, para que ele se sinta confortável e bem-vindo. Mas tendo em troca só exclusão e desrespeito. Sendo distratada e sem nunca ser defendida, nunca tendo retratação. E com meu marido permitindo essa vida paralela, na qual eu não posso participar e nem mesmo existir. Queria que meu marido se posicionasse e lutasse pela minha inclusão. Que reforçasse que eu também faço parte dessa família. Não é algo que a ex-mulher ou o filho possam ignorar ou anular. Estou pedindo demais? Como devo agir? Estou com medo dessa tristeza acabar comigo e com nossa relação. Mesmo com todo amor que tenho por meu marido.

Resposta enviada

Em breve, comprovaremos a sua resposta para publicá-la posteriormente

Algo falhou

Por favor, tente outra vez mais tarde.

A melhor resposta 31 JUL 2022

Oi Ana Luiza Gonçalves,
Teu envolvimento com a ex dele... Voce não tem que se envolver com a ex dele. Voce tem que se dar valor enão entrar na infantilidade do teu marido. a ex dele está fazendo disso um carnaval para infernizar a tua vida. Teu marido é muito banana, não encerrou o ciclo com ela, casou contigo sem se desligar dela. Então, quem precisa dar um basta é teu marido e não voce, ou ele honra a tua pessoa ou voce decide se continua sendo subjugada ou se toma outros destino.

Eles tentam um relacionamento saudável com o menino... não há nenhum relacionamento saudável, há um relacionamento doentio, estão usando o filho para gerarem terror emocional.

Ele costuma frequentar a casa dela e voce permite... por isso ele é um banan, está mantendo esta situação de conflito, sabe lá se até não transam ainda... e voce, nem ouse frequentar a casa dela e o teu marido também não... quando é dia de levar o filho na casa dela, ele pode levar mas não entra. Se ele entrar, estará causando conflitos e até traição!

"ele tem de fingir que eu não existo" ... Ou ele te honra ou voce está num lugar errado, avalie a tua posição.

Ele não tem que ter convivência com a ex ... ou ainda não é ex... ele vive uma bigamia. Se ele se deixa dominar pela ex, é dependente dela ... isto te satisfaz? Por que aceita isso?
Quem deve mudar é você. Voce permite que ele faça e se comporte assim.
Não precisa brigar, é só tomar um posicionamento. Voce não tem poder sobre uma mudança nele, mas pode mudar a si mesma.
Pode tomar decisões e buscar o que é melhor para si mesma. Ou aceitar isso e ser sempre a outra, a segunda, é isso que voce escolhe para si mesma?
Entenda que o sofrimento que sente, o sentimento de estar sobrando, infeliz é sintoma de que está agindo errado. Voce não tem que se esforçar de incluir o menino, ele se sentirá incluído e amado e aceito se teu marido te considerar companheira dele, te respeitar e se ele colocar limites na sua ex. Mas voce também precisa te dar valor e não permitir nada mais que te humilhe.
Talvez o que voce chama de amor, não seja amor e sim dependência.
Faça uso da Psicoterapia para ser auxiliada neste processo de crescimento e de conscientização.
Abraços

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

5817 respostas

11259 pontuações positivas

Fazer terapia online

Contatar

A resposta foi útil a você?

Obrigado pela sua avaliação!

23 AGO 2022

Ana. Se cuida, faz terapia
Sou monica psicóloga

Monica Mesquita Psicólogo em Rio de Janeiro

3150 respostas

3762 pontuações positivas

Fazer terapia online

A resposta foi útil a você?

Obrigado pela sua avaliação!

27 JUL 2022

Olá Ana Luiza, espero que esteja tudo bem com você.

Antes de você conhecer seu atual marido, e iniciar uma vida de casada com ele, ele já havia feito isso com a ex-mulher dele, e havia tido um filho com ela. O contexto dele quando você o conheceu era de um homem separado e com um filho com a ex mulher dele, contexto esse que havia sido criado bem antes de vocês se conhecerem, e sem nenhum tipo participação de sua parte. A dinâmica de vida dessa família, sim eles são uma família e para sempre serão, mesmo que os genitores sejam divorciados, e essa é a particularidade desta família, deve ser gerida pelos responsáveis e pela criança, ou seja, os pais devem dizer como devem conduzir a educação do filho que eles tem em comum. Portanto, neste sentido, as vozes que devem ser prioridade na condução desse processo de educação, devem ser a do pai e a da mãe. No entanto, como você está casada com seu marido, pela sua proximidade afetiva com ele, você pode sim dar sugestões para o seu marido sobre o processo de educação do filho dele, tendo em mente que são apenas sugestões, e que a palavra final virá sempre dos pais. No futuro, a responsabilidade pela consequência das ações tomadas agora na educação dessa criança, deve recair sobre os genitores, e seria muito injusto que seu nível de participação nesse processo pudesse ser cobrado no futuro, tendo em vista que você não é responsável e não possui nenhum tipo de laço consanguíneo com essa criança. A presença de ambos os genitores no processo de educação e convivência com os filhos é muito importante para o desenvolvimento saudável e adequado desta criança, e isso deve ser incentivado agora. A criança ganhará muito, segurança, autoestima, inteligência, sociabilidade, etc., com a presença dos genitores, no compartilhamento de alguns momentos em conjunto, e isso deve ser incentivado e respeitado. É preciso entender que isso não deve afetar a sua relação com seu marido, pois é algo que diz respeito a outras pessoas, no caso ele e a ex-mulher dele. É preciso garantir esses momentos para a criança, já que os pais são divorciados. Com certeza haverá momentos que serão compartilhados com você, e quando esses momentos chegarem, que eles possam ser vivenciados com toda sua amplitude e integridade, em um clima de paz e alegria. Esse tipo de aproximação pode acontecer de forma mais lenta, mas acontece sim, e é real, e muito positiva quando manejada da maneira correta. O que não é adequado nem saudável, pois afetará a criança diretamente, é que haja um conflito entre você e a mãe dele. Se agressões partem dela, principalmente quando ela fala mal de você para a criança, esse ponto especificamente deve ser tratado explicitamente com seu marido, no sentido de que ele possa intervir para que ela não tenha mais essa conduta para com você, pois isso é inadmissível. Não se trata de seu marido ter uma "vida paralela", mas sim uma responsabilidade que está sendo assumida pelo seu marido, acredito que preocupado muito o bem estar do filho dele. Os seus momentos que você tem com seu marido estão garantidos, enquanto com o filho dele não, é preciso criá-los e realizar a manutenção destes momentos. Entendo que você está se sentindo "excluída", "anulada", "agregada", "inimiga", mas será que você realmente está sendo justa consigo própria em se denominar desta maneira? Considerando que esse contexto de seu marido não mudará, no sentido de que o filho dele não deixará de ser filho dele, bem como a presença da mãe do filho dele não cessará, é interessante você avaliar como pode lidar com esse contexto ao longo dos anos, tendo em vista que você e seu marido também são uma família, sem que você se sinta prejudicada com o que está acontecendo. Seus sentimentos precisam ser respeitados, sua dor também, e é você quem poderá dizer seu limite, buscando ser correta com todo o contexto, e com o bem estar de uma criança em desenvolvimento. Se sentir necessidade de um acompanhamento Psicológico neste momento, isso pode te ajudar a ampliar e aprofundar seus sentimentos em relação a essa questão que descreve, e isso pode te auxiliar muito a superar esse momento que está te trazendo sofrimento e dor. Torço por você.

Espero ter te ajudado, e desejo que fique bem!
Um abraço!

Clóvis Neto CRP 17/1518

Clóvis Leite Psicólogo em Natal

912 respostas

1990 pontuações positivas

Fazer terapia online

Contatar

A resposta foi útil a você?

Obrigado pela sua avaliação!

27 JUL 2022

Olá Ana Luiza.
Não sei quanto tempo você e seu marido namoraram antes de se casarem. Mas acredito que é no namoro que se deve ver as afinidades do casal, falar a respeito de como se vêm juntos num futuro próximo. Como seria a vida no cotidiano. Pois é no dia a dia vivido de maneira prazeirosa, embora sempre haja percalços ambos resolvem os problemas de forma colaborativa e empática e é aí que está o segredo da convivência à longo prazo. Quando existem filhos menores na relação anterior é necessário se tomar mais cuidado pois envolve os direitos da criança e os deveres do pais. É como se diz o ditado -"O que é combinado não é caro". Não é raro na fase da paixão e da conquista "se ocultarem" fatos ou as situações, que poderiam impedir o namoro, ou quando não, o outro não dá a devida atenção a fatores importantes como combinar o tipo de relação que espera do marido com a a ex- mulher, filhos e familiares. No seu caso em que não citou os acordos, ou não foram feitos ou não estão sendo cumpridos, sugiro que busquem a terapia de casal para receberem a ajuda necessária para aprenderem a utilizar a comunicação não violenta, respeitosa, a negociar novos acordos e aprenderem como se posicionar dentro das relações parentais. Comece com um diálogo franco com o seu marido explique como se sente. Apenas fale de você, sem julgá-los. Diga que tem como objetivo aprender como viver de forma mais harmoniosa e prazeirosa dentro do Lar. Explique que gostaria de fazer a terapia de casal para aprenderem formas mais assertivas de comunicação e práticas mais eficazes de resolução de conflitos. Você também pode fazer a terapia individual para desenvolver a sua auto estima, se fortalecer e enfrentar com mais facilidade essa e outras questões que envolvem áreas importantes da vida. Fico à disposição para aprofundar esses conteúdos em Terapia.
Maria Nair
Psicóloga

Maria Nair Psicólogo em Curitiba

884 respostas

1252 pontuações positivas

Contatar

A resposta foi útil a você?

Obrigado pela sua avaliação!

Psicólogos especializados em Terapia de casal

Ver mais psicólogos especializados em Terapia de casal

Outras perguntas sobre Terapia de casal

Explique seu caso aos nossos psicólogos

Publique a sua pergunta de forma anônima e receba orientação psicológica em 48h.

50 Você precisa escrever mais 19300 caracteres

Sua pergunta e as respectivas respostas serão publicadas no site. Este serviço é gratuito e não substitui uma sessão de terapia.

Enviaremos a sua pergunta a especialistas no tema, que se oferecerão para acompanhar o seu caso pessoalmente.

A sessão de terapia não é grátis e o preço estará sujeito às tarifas do profissional.

A sessão de terapia não é grátis e o preço estará sujeito às tarifas do profissional.

Coloque um apelido para manter o seu anonimato

Sua pergunta está sendo revisada

Te avisaremos por e-mail quando for publicada

Esta pergunta já existe

Por favor, use o buscador para conferir as respostas

Psicólogos 20150

Psicólogos

perguntas 19300

perguntas

respostas 67500

respostas