Tenho 20 anos, moro com meu marido e m uma casa que fica de costas com a casa da minha mãe. Já percebi que foi um grande erro morar aqui porque não consigo fazer nada sem ela precisar saber. Se saio com o carro ela me liga pra saber onde vou, com quem, etc. Eu e meu marido queremos viajar e ela está dando todos os argumentos do que pode dar errado. Eu entendo que ela se preocupa, mas já fiquei pra baixo pensando na viagem por causa disso. Ela me disse que se eu viajar ela não vai dormir, que eu tenho que pensar nos outros também. Seria certo eu deixar de viajar porque minha mãe não vai dormir de preocupação? Além disso, as noites que meu marido trabalha, ela sempre me chama pra ir lá, as vezes tenho coisas pra fazer, coisas da casa, da faculdade, do curso de inglês e falo que vou só um pouquinho e depois me enrolam até que fico mais e mais tempo. Também gosto de ficar um pouco sozinha e fazer minhas coisas, mas depois me sinto culpada por fazer isto. Me sinto egoísta porque ela joga na minha cara que preciso passar tempo com eles. Fora que ajudo minha irmã em tudo da aula dela, acompanho as aulas online já que eu também trabalho em escola e não tem aula agora. Eu preciso de uma luz, eu sou egoísta? Ou ela que é? Eu tô errada por querer tomar minhas próprias decisões? Desde sempre ela faz eu buscar a aprovação dela, tanto em estudos quanto em trabalho, relacionamento. E cada vez que conto algum plano futuro ela joga pra mim todas as coisas que podem dar errado, ao invés de me apoiar e dar conselhos.
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24 MAR 2021
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Olá Luh, você e sua mãe estão em uma relação e para que um mude o outro também precisa mudar, então se os comportamentos da sua mãe te incomodam, fale isso pra, ou demonstre por meio de atitudes. Não se culpe por querer momentos seus, para investir em você mesma. Um ponto que me chama atenção no seu relato é "Desde sempre ela faz eu buscar a aprovação dela", que me faz pensar o quanto essa aprovação também importante pra você. Um processo psicoterapêutico pode te ajudar a se fortalecer nessa relação e a lidar com essas atitudes dela de forma mais saudável. Espero ter te ajudado de alguma forma, se tiveres interesse, podemos conversar mais a respeito.
Luh, pelo seu relato vc e sua mãe se confundem com o relacionamento e limites, vc precisa de ajuda psicólogica. Para aprender a colocar limites, auxiliar na sua auto estima.... Sou Mônica psicóloga
Olá Luh, vamos lá. Pelo seu relato, sua mãe não consegue enxergar que agora você tem sua casa, sua vida e sua familia e você por outro lado, está com dificuldades em estabelecer limites. A proximidade de casa de vocês, dificulta muito também. De forma alguma você deve se sentir culpada por querer viajar ou fazer qualquer outra coisa que seja diferente do desejo de sua mãe. Viva sua vida, imponha mais sua vontade , priorize seu casamento. Acho que você se beneficiará muito se buscar ajuda de um profissional psicólogo Na terapia você conseguirá se fortalecer, colocar limites na sua mãe sem culpa , entre outras coisas.
Ana Paula Leão Batista
Psicóloga-:terapia online e presencial
Olá Luh! Grato por escrever. Pelo relato em partes sua mãe cobra, em partes a tua consciência. Você está com vinte anos, vivendo a passagem para a autonomia relativa. A preocupação da sua mãe contém o registro dos pais de que são vividos, que sabem da vida, que os filhos são historicamente crianças que precisam ser protegidos. Isso envolve uma luta necessária. Atenção: todas as ações da sua mãe envolve o desejo de que você esteja bem e protegida. Certamente ela somente quer o melhor para você.
O primeiro passo será você acalmar a sua consciência ir construindo rotina que contemple seu tempo para que possa formar julgamento próprio das coisas, para que possa ficar sozinha, para que possa ter controle de quanto tempo passará com ele.
Poderá ser esclarecedor e delimitador, você passar por uma caminhada científica com um psicólogo.
Abraços virtuais (em tempos de aumento gravíssimo da pandemia, evitemos mortes: máscara, higiene, distanciamento físico, vcina obrigatória para todos e por todos, senso de comunidade, empatia, Ciência!)
