Minha mãe controla minha vida e tenho 28 anos, o que fazer?

Feita por >Melissa · 16 jun 2020 Terapia familiar

Hoje tenho 28 anos, moro com meus pais, tenho um namorado, a maioria dos meus desentendimentos com ele é por conta dela, não posso sair se ela não deixar, não posso fazer nada da minha vida sem que ela brigue, tudo ela critica, fala mal de todo mundo inclusive do meu pai, o qual ela humilha sempre e ele sempre fica calado e ainda defende ela, mesmo ela chamando ele de burro ou mandando calar a boca, falando que ele não é homem.
Eu preciso fazer algo, preciso construir minha família, mas tenho muito medo.
Não trabalho pq ela nunca deixou, tenho estudo e só.
Tenho medo dela, de deixar ela triste também, tenho medo de começar a bater de frente e depois não ter força o suficiente pra ir em frente, porque ela fala coisas e faz coisas que abalam o psicológico absurdamente.
Ela é uma pessoa dentro de casa, na frente de qualquer um ela é outra, que quando conto essa história ninguém nem acredita que ela é assim.
Preciso de ajuda, de uma luz.

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A melhor resposta 17 JUN 2020

Olá Melissa! Grato por participar. Com vinte e oito anos, é natural e cultural que se desenvolva autonomia. Tal qual uma pessoa, na porte de saída de uma avião, ponha uma paraquedas nas costas e salte. Haverá medo, mas o paraquedas cumprirá a missão dele. Respeite a tua mãe, mas para que isso aconteça, é preciso que você, primeiro, respeite a si mesma. O paraquedas é um símbolo, isto é, você precisa planejar, se preparar para viver a tua liberdade, que também é a tua responsabilidade. Há indícios de que você é filha única. Cuidado: não troque a sua mãe pelo namorado. Com todo respeito a ele, pelo bem seu, pelo bem do seu namorado, construa um caminho autônomo, para não sufocar seu namorado, para não trocar a dependência da mãe pela dependência do namorado. É um pouco desconfortável, mas é necessário, vale à pena. Planeje antecipadamente os passos que precisará dar para o futuro. Estou à disposição para detalhamentos. Conte comigo. Abraços virtuais (em tempos de pandemia, faça as coisas com cuidado, para minimizar a possibilidade de chorar a morte de mais uma pessoa próxima!) Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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