Como conviver com mãe infantil e narcisista?

Feita por >A.R · 20 mai 2024 Terapia familiar

Minha mãe desde minha adolescência sempre foi muito infantil, mas era aquele tipo que se escondia por trás de só usar umas roupas minhas e usar minhas maquiagens, ela sempre foi muito religiosa então não se deixava ir muito longe por causa disso também, recentemente porém ela tem piorado, ela sempre foi o tipo de pessoa ingrata, mesquinha, hipócrita e crítica, do tipo que eu arrumaria toda a casa, lavaria as roupas, até faria a comida, mas se uma colher estivesse suja na pia ela apontaria isso e começaria uma briga por causa da maldita colher, e mesmo se nada estivesse fora do lugar ela não reconheceria meus esforços.
Alguns anos atrás ela namorou um cara do seu antigo emprego, ela nunca quis me dizer como terminou, só sei que não foi bem pois ela não quis conversar sobre, o rapaz era de uma religião diferente da minha mãe, e para querer agrada-lo, ela passou a frequentar nos fins de semana seu grupo religioso, com isso se afastou da sua própria religião e depois que terminaram, ela uma mulher que ia pelo menos três vezes a igreja na semana, passou a ir um vez ao mês, isso quando ia. Aos poucos os limites que ela não cruzava por "ser da igreja" desapareceram, ela passou a beber, ouvir o que ela antes chamava de "música mundana", começou a usar muita maquiagem (antes era só batom) e a colocar roupas curtas e provocantes, além de falar de um jeito vulgar sobre homens em todo lugar. Porém até então estava controlado, recentemente mudamos de cidade e ela começou a trabalhar em outro lugar, aqui ela conheceu uma mulher, que nunca foi a igreja, sai toda noite para beber e está todo dia no colo de um homem diferente.
Minha mãe, junto a essa outra, começou a sair nas sextas para beber, coisa que no começo eu até participei, porém com o tempo a coisa começou a ficar mais barulhenta, as conversas começaram a ser cada vez mais sobre coisas com homens, minha mãe passou a beber muito, hoje em dia eu faço todos os serviços em casa, cozinho, lavo e limpo tudo, comecei a fazer isso por causa de seu trabalho, porém agora ela não faz nada, e reclama quando tem algo para fazer, como louça na pia que eu não lavei por estar muito cansada de fazer todo o resto, ela começou a chegar bêbada em casa, tem dias que vomita de tão bêbada, começou a sair as 21 e só voltar depois das 3 da manhã, eu sempre peço pra ela me mandar localização, e informações sobre quem estará no lugar, onde ela vai e que horas volta, ela nunca faz isso e ainda deixa o celular com a internet desligada, começou a frequentar baladas, e eu fico acordada até ela chegar preocupada, só quero algumas informações básicas, mas ela sempre diz "eu vou estar com a minha amiga" e pra ela isso é o suficiente para não se preocupar, não gosto dessa amiga, ela não tem limites, e ainda dirige bêbada depois das festinhas mesmo tendo uma filha pequena em casa, minha mãe está agindo como uma criança e eu preciso agir como uma mãe, o que é exaustivo, eu nunca tive cuidado, me criei sozinha, pois quando não estava trabalhando minha mãe estava, ou muito cansada ou em uma festa, mas eu não fui feita pra isso, queria que uma vez ela agisse como a idade que tem e parasse de achar que ainda tem 20 anos, acho que ela está tendo uma crise da meia idade, e sinceramente é exaustivo para mim, eu tô tão cansada que choro só de pensar, é tudo sobre ela e suas desculpas são sempre sobre como ela é uma adulta e eu só sua filha então preciso parar de me intrometer, ela não tem um pingo de consideração por mim, ou mesmo um pingo de amor por sua vida, esse lugares que ela vai pra ficar conversando e dançando agarrada em homens estranhos, bebendo até cair, com roupa curta, esse mundo é perigoso e tendo menos da metade de sua idade eu entendo isso, eu quero ajuda, quero que toda essa responsabilidade saia dos meus ombros, quero poder ir dormir cedo em um fim de semana, pois minha mãe está bem, estou cansada de pensar em tudo e cuidar de tudo e não receber um reconhecimento em troca, e de ter uma mãe que age como minha irmã mais nova e que ainda se orgulha e se chama assim como forma de piada para os outros.

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A melhor resposta 23 MAI 2024

Ei, A.R!
Espero que esta msg a encontre bem melhor!

Entendi, perfeitamente!
Os papéis estão invertidos.

Sim, sua mãe precisa de terapia, mas ela tem que querer. E, acredito eu, ela não quer isso, no momento.
Então, se fortaleça, faça terapia p/ não chamar mais esta responsabilidade p/ o seu colo. Imagino o quanto a ama, pois não estaria aqui contando toda sua trajetória. Mas têm coisas que não dependem de você, somente dela. Seria ótimo que conversasse com ela abertamente sobre, p/ que ela caia na real, com amor. Ou será somente na dor.

Quanto a você, o momento é agora de se cuidar, pois vejo um cansaço emocional bem grande.

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Sarah Souza Psicólogo em Jundiaí

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21 MAI 2024

Compreendo completamente sua preocupação. Vamos reformular a resposta para garantir que ela seja mais acolhedora e compassiva, enquanto ainda abordamos as técnicas da Gestalt-terapia e da psicoterapia breve e focal.

Julia, é evidente que você está passando por um momento muito desafiador e emocionalmente exigente com sua mãe. A situação que você descreve é complexa e pode causar uma carga emocional significativa.

Primeiramente, quero dizer que estou aqui para ouvir e apoiar você durante este processo. É normal sentir-se sobrecarregada e exausta diante das responsabilidades que você está enfrentando, especialmente quando se trata de cuidar de uma mãe que está agindo de maneira tão imprevisível e desafiadora.

Na Gestalt-terapia, abordagem ao qual trabalho sob essa lente, valorizamos profundamente a importância de acolher todas as suas emoções e experiências, sem julgamento. É importante reconhecer e validar o impacto que essa situação está tendo em você, permitindo que você explore suas emoções de forma segura e compassiva.

Ao mesmo tempo, podemos usar técnicas da psicoterapia breve e focal para ajudá-la a encontrar maneiras práticas de lidar com a situação e aliviar sua carga emocional. Isso pode envolver a identificação de estratégias para estabelecer limites saudáveis com sua mãe, o desenvolvimento de habilidades de comunicação assertiva e a exploração de recursos de apoio externo que possam ajudá-la a lidar com essa situação de maneira mais eficaz. No espaço acolhedor da terapia, também podemos trabalhar juntas para fortalecer sua capacidade de cuidar de si mesma e construirmos caminhos possíveis de autocuidado.

Julia, saiba que você não está sozinha nesse processo. Estou aqui para oferecer suporte e orientação conforme você navega por essa jornada desafiadora e cheia de ondas turbulentas. No processo de psicoterapia quem sabe você possa encontrar calmaria nesse mar de emoções. Você é digna de cuidado e compaixão, e estou comprometida em ajudá-la a encontrar maneiras de enfrentar essa situação, cuide-se.

Afetuosamente,
Tayhana Queiroz

Tayhana Queiroz Psicólogo em Fortaleza

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21 MAI 2024

Bom dia, A. R! Obrigado por escrever. Entendemos seu sofrimento com essa situação. Precisaremos buscar formas para modificar essa situação. Acontece que será preciso que sua mãe, em algum momento, de alguma forma, participe efetivamente dessa modificação. Sempre que vocês escrevem ficamos pensando que a maior parte, muitos detalhes, como naturalmente é mesmo, não podem compor o texto, pois o texto ficaria extremamente grande. Pelos dados que temos, pode ser que sua mãe esteja vivendo determinando estágio de alcoolismo. Poderemos contribuir de forma mais específica, contando com dados como profissão, questões específicas da história dela. No entanto, quem está, nesse momento, incomodada com a situação é você. Parece mais promissor, inicialmente, ponderarmos com você, formas diferentes para você lidar com a questão, e, por consequência, ele ter que se adaptar as tuas diferentes formas de lidar.
Vamos refletir?
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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