Tenho uma enteada de 9 anos, e sempre me esforcei muito pra nossa relação ser positiva, conversando, agradando passando tempo de qualidade, dando atenção. E vejo que temos construído uma relação muito bacana no geral, mas ela sofre alienação parental por parte da mãe, então sempre que ela vai pra casa da mãe nunca sabemos como ela vai voltar, tem semanas que são ótimas e outras bem mais difíceis.
Sou muito carinhosa, trato ela como trato a minha filha, com carinho mas ensinando limites necessários, e esses são os pontos que ela não aceita.
Qualquer detalhe que eu precise chamar atenção dela a reação nunca é boa. Uma vez ela externo que a mãe diz que ela não deve me obedecer ou respeitar.
Sei que a maior vítima disso tudo é a criança, e eu queria ajuda pra poder ajuda-la.
Isso acaba refletindo na vida dela, muito insegura, tem medo de tudo, não dorme sozinha, problemas de auto-estima.
Bem esse é o resumo, mas a pergunta é como eu devo me comportar pra ajudar nesse processo?
Muito obrigada
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13 DEZ 2022
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá Alice,
Como você mesma disse, a criança é a única vitima. Tudo que uma parte constrói, o outro lado destrói. Viver em um ambiente assim, pode trazer consequências irreparáveis.
Alcançar a confiança e o amor da criança será um desafio, mas é possível.
Veja a possibilidade de você fazer psicoterapia, para aprofundar sobre a relação de vocês e manter estruturado seu emocional. Isso iria ajudar muito.
Um abraço.
Rute Martins - Psicóloga Clinica
Oi Alice,
O problema é o jogo que os pais fazem da menina; é moeda de disputa, de vingança, de desforra.
Como foi a separação entre eles? Provavelmente não foi bem sucedida, tem coisas para serem conversadas, processadas e fechadas.
Há mágoas entre eles, eles estão usando a criança para atingir e machucar o outro.
Mande seu marido se resolver com a ex dele; não é justo que a filha fique neste fogo cruzado.
É possível sim que ela esteja recebendo orientações da mãe dela para te desobedecer, para te criticar; a mãe dela pode estar querendo que entre voce e a criança não haja paz... Quem deve solucionar isso é teu marido, diretamente com a ex dele.
Fique fora dessa encrenca.
Voce está fazendo tudo direitinho, nada a modificar. Ela tem nove anos só, mas pode se dar conta do jogo que está sendo feito.
Quando ela vem irritada da mãe dela, fale com calma e apenas recomende que ela perceba o veneno que mãe colocou nela...ela pode tirar fora isso, esquecer, jogar no lixo o que ela ouviu...
Não sei se conseguir me fazer entender...
Se não, retorne.
Abraços
Oi Alice! Obrigado pela colocação. Há muitos fatores e frentes a a serem ponderados. A história dela, a convivência de vocês, a rotina de vida, o tempo atual de desenvolvimento dela. Afeto, diálogo, firmeza, esclarecimentos com a devida doçura, são sempre componentes de uma boa receita. Acontece que essa é uma resposta genérica. Para se construir respostas para a realidade dela, será importante haver um estudo e pesquisa mais detalhados de componentes da personalidade, história, rotina e configuração familiar dela. Medo, problemas de autoestima, não dormir sozinha são componentes que devem ser objeto de observar, ouvir, exemplificar, acolher, dar segurança.
Estou a disposição para aprofundamentos específicos.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Perceba que a barbárie do momento, é orquestrada por poucos, para prejudicar trabalhadores. Vacina e máscara precisam ser repensadas.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
