Minha filha tem 2 anos e 10 meses e iniciou no maternal esse ano. No primeiro dia ela foi toda empolgada e ficou de primeira na escola, entrou na sala e foi logo brincando com os brinquedos e sentando na cadeirinha/mesinha, lanchou.. no segundo dia a mesma coisa.
No terceiro ela faltou aula para ir em uma consulta e nos dias seguintes chorou um pouco chamando por mim depois de eu ter ido embora.
A segunda semana foi bem difícil, ela não quer mais ficar na escola, chora bastante, não quer sentar nas cadeirinhas, se isola no canto da sala em uma cadeira da professora. Ela nunca gostou de ir com estranhos, mesmo sendo da família e que vê com frequência. Sempre foi muito independente, mas regrediu nesses dois pontos. Ela chora pra não ficar na escola e quando vou embora ela não larga a professora de jeito nenhum, só quer ficar no colo ou segurando a mão da professora, só faz as atividades quando a professora ajuda (em casa faz tudo sozinha e nem gosta de ajuda), tbm deixou de lanchar, não come nada até a hora da saída.
Ela está tendo um comportamento totalmente anormal do que teve até então com os pais. Isso é normal? Fico super triste com essa regressão e meu coração fica em pedaços ao ver esse comportamento totalmente inesperado e diferente.
Obs. Ela tem atraso na fala
Resposta enviada
Em breve, comprovaremos a sua resposta para publicá-la posteriormente
Algo falhou
Por favor, tente outra vez mais tarde.
A melhor resposta
5 FEV 2023
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Ela está se sentindo insegura, faz parte do processo. Antes de mais nada, precisa analisar se não houve nada mais significativo, alguma agressão sofrida seja por parte de colegas ou adultos, seja por fala ou algo físico. Feito essa avaliação e não havendo algo, precisa ouvi-la; uma forma importante da criança contar, é nas brincadeiras; note como interage com os brinquedos, falas, atitudes, com as bonecas etc.
Também, precisa dar a ela essa segurança, pode ser que ela tenha medo de ser rejeitada pelos que estão a sua volta, talvez demore mais pra fazer amizade e os colegas já estejam alinhados entre eles, o que a faz se sentir excluida.
Precisaríamos de mais conversas e uma avaliação mais detalhada para relamente ajudarmos. Mas buscando ajudar um pouco pelo menos, procure confiar nela, acreditar que ela conseguirá e passar isso para ela.
Olá Jéssica! Obrigado por escrever. Será muito importante, antes do psicólogo, refletir com cuidado e profundidade com a escola, com a professora. Provavelmente sua é filha única, ou única da idade dela em caso, percebendo os colegas como se fossem (irmãos) com os quais tem que dividir a mãe (professora), sem estar sabendo como lidar.
Orientação, conversa, explicação, acolhimento, sensibilidade, ajudarão muito. É razoavelmente comum ocorrer situações assemelhadas.
Caso persista, estarei a disposição para ajudar a você, mãe.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Não fortaleça terroristas, bárbaros e antidemocráticos.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Olá, Jéssica! Tudo bem?
O período de adaptação escolar da criança costuma não ser linear e em questão de dias o comportamento da criança na escola pode se modificar.
O ideal é que você converse com a professora de sua filha, buscando identificar se algo de diferente ocorreu na sala de aula, como algum conflito ou atrito com outro coleguinha. A psiquê da criança está em formação, portanto às vezes ela encontra formas diferentes de lidar com uma situação que lhe causa estresse, como por exemplo o isolamento.
Além disso, é importante que você consiga elaborar bem essa angústia que você sente para que ela sinta-se segura em permanecer na escola. Converse com sua filha e tente avaliar como é o dia-a-dia dela na escola.
Caso precise de mais auxílio, me procure, posso te ajudar!
