Abandono do outro ou abandono de si mesma?

Feita por >Maria · 3 jul 2024 Terapia de casal

Casada há 5 anos, conheci meu marido há 10 anos, pela rede social, e sempre reconheci e o honrei porque ele carregava nosso namoro nas costas, pois eu via a sua dedicação em viajar mais de 500km a cada 15 dias para vir me ver, enquanto eu só podia fazer o mesmo percurso nas férias. Ele nunca reclamou de todo esse perrengue, mesmo lhe faltando dinheiro na época, até se mudar definitivamente de sua terra natal para morarmos na minha região e poder construirmos nossas coisas juntos.

Seu esforço todo me fazia acreditar em nossa futura união e ter muita paciência com seu comportamento instável já desde o primeiro mês de namoro: ora alegre e entusiasmado, ora fechado e irritadiço. Dizia que era por causa dos estresses do trabalho.

Após nos casarmos, e passando a conviver integralmente percebia chutes nas portas e mesas, xingamentos agressivos direcionados aos objetos que tinha na mão depois de desligar telefonemas do novo trabalho ou após ter simples problemas técnicos com o computador, quando fazia home office.

Somado a isso, nossas escassas relações íntimas após a lua de mel (frequência de uma relação por ano, durante 4 anos) foram incentivadas e sempre procuradas por mim exaustivamente. Hoje, já quase não o procuro porque sou rejeitada sempre com uma desculpa como: “estou com dor de cabeça”, “tô cheio de problema no trabalho”, “estou com saudade da minha família”. Essa última resposta não se justifica, uma vez que sempre visita os pais com frequência de 1x por mês, tendo total liberdade para isso de minha parte. Eu até o encorajo para isso!

Procuro os médicos e marco consultas e eles chegaram à conclusão que tudo isso é estresse e ansiedade. Tem feito terapia há mais de 1 anos, porque eu sempre insisto, faço malabarismos pra ajustar horários de acordo com sua agenda atarefada.

Vejo também um excesso de telas: alternando trabalho, filmes e games. Já fez uso de algumas medicações, todas elas eu verificando os comprimidos e implorando para que ele tome. Então, tomei a atitude de dormir em quarto separado, para o descontentamento dele, pois diz que não entende isso, que era pra eu estar ali do seu lado, que ele vai mudar sim, e que preciso acreditar nele. Ele me pede para parar de falar em sexo, que não se sente confortável com esse assunto, “que o segredo é parar de falar” pra ver se ele funciona, mas não tenta nada, nem carícias, nada. Pelo contrário, sempre rejeita qualquer carícia minha, como se fosse horrível que eu o toque. Eu me troco em sua frente, mas não percebo olhadas nem admiração.

Converso amigável e pacientemente todos os dias sobre minhas necessidades e ele passou a dizer que só quero falar disso. Apesar de sofrer tanto todos os dias, eu respeito nossa história de superação no namoro, respeito a sua dedicação tremenda no trabalho, e tenho me colocado como amiga, acolhedora. Reconheço que preciso de ajuda, pois não vejo outra solução para isso a não ser a separação, mesmo que eu pense que vá sofrer mais ainda por pensar q eu poderia ter tido mais paciência e não “abandoná-lo”.

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A melhor resposta 4 JUL 2024

Olá, tudo bem? Percebo uma história de muito significado entre vocês e também que o problema não está em você especificamente, mas sim na relação sexual. Aqui vão alguns questionamentos: Como era antes do casamento? Aconteceu algo na lua de mel ou em algum momento da relação? Ou talvez, já lhe ocorreu a possibilidade de algo íntimo que ele ainda não se sentiu a vontade em se abrir com você? Muitas vezes também é difícil reconhecer e aceitar nossas fragilidades, mas conforme você citou ele está aberto à terapia, ainda que seja por insistência, e esse é o caminho recomendado. Talvez o melhor apoio que você pode dar é realmente um espaço e não tocar no assunto de sexo sem saber o que se passa. Entenda que o problema não está em você não ser desejada, principalmente se já tiverem tido experiências positivas antes. Lembrando que fatores emocionais influenciam no desejo, desempenho e consequentemente na autoestima, causando ainda mais ansiedade, estresse, sentimento de impotência e insegurança. Só você poderá decidir por si mesma entre a separação ou não. Reflita se deseja separar porque não se sente desejada ou porque de fato não o ama mais. Se fizer sentido, considere formas alternativas de satisfazer suas necessidades, como autoestimulação e brinquedos eróticos. Espero poder ter te ajudado de alguma forma. Fique a vontade para contar comigo se precisar. Felicidades!

Sabrina Rattes Psicólogo em Manaus

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4 JUL 2024

Maria
Percebe que fechou fechou um contrato de morarem juntos sem ler, sem debaterem como seria esse conviver juntos?
Ficou ele com a visão dele e você com a tua visão... as consequências são as que você está sofrendo e ele, certamente também.
Creio que o que pode fazer é dialogar com ele sobre esta quebra de expectativa, ele te vendeu uma situação e agora voce constata que é outra; que não esclareceram juntos, mas ainda dá para recuperar...
FAÇAM PSICOTERAPIA DE CASAL para harmonizar a situação e depois, ambos precisam fazer Psicoterapia invididual para sanear, resolver questões particulares, na esfera individual.
Se não forem resolvidas na esfera individual, vão lançar sobre a convivência juntos onde gera culpa, medo e separação
Crei que tenha ficado claro sobre os passos que podem dar.
Abraços e permaneço à disposição

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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4 JUL 2024

Bom dia, Maria! Grato por se colocar. Será preciso precaução. Como ele está em processo de psicoterapia científica com frequência minimente semanal, com duração aproximada de cinquenta minutos, está procurando se modificar. Acontece que de teu lado, será preciso considerar as coisas, lidar com tua situação. Você não pode e não deve abrir mão de tuas essências. Certamente será muito importante você passar a refletir essa história com o respaldo científico de um de nós, psicólogos.
Pelo relatado, embora aconteçam situações desagradáveis, você coloca a si e a ele, como pessoas que se esforçam, que apresentam adequada busca por fazer as coisas corretas. Há bons indicativos de reciprocidade de marido e mulher, em outras dimensões da vida.
Será importantíssimo, estudar mais profundamente essa outra questão, integrando elementos das histórias e das personalidades de vocês.
Estaremos a disposição.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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