A cerca de um mês e meio meu namorado aceitou finalmente ajuda psicológica.
Ele está estranho a tempos e pensei que a depressão poderia estar afastando ele de mim.
Essa semana ele me disse que a psicóloga orientou a ele se afastar de mim (mas que me avisasse antes) para que ele soubesse como se sente longe de mim.
A questão é que ele se afastou e não conversou comigo sobre isso. Só quando perguntei o que estava acontecendo.
Seria melhor eu me afastar dele pra ele melhorar dessa crise depressiva?
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23 AGO 2023
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Olá, Maria Luiza!
Sim, o melhor neste momento é seguir a orientação da psicóloga que está acompanhando esse momento de elaboração depressiva do seu namorado; a depressão é um estado mental, afetivo no qual a pessoa acometida é chamada para uma série de revisões em sua vida, inclusive a amorosa; a depressão é uma condição de absoluta solidão, solidão tanto da pessoa se retirar do convívio habitual devido ao abatimento emocional, quanto solidão para que a pessoa possa acessar e se defrontar com sua fragilidade, suas questões, seus desafios.
Então, Maria Luiza, não se preocupe, esse afastamento de seu companheiro é estratégico afetivamente falando, é a reação de uma psique abatida para que ela possa encontrar seu autêntico sentido de ser, para que possa estar consigo e dentro de si, para que gradualmente possa acessar a energia que reverterá tal sofrimento.
Relativo distanciamento no caso da depressão também é ajuda, um distanciamento do amor que respeita o espaço e ritmo da transformação do outro.
O que fazer e o que não fazer são coisas bastante delicadas e acredito que nosso papel enquanto terapeuta é ajudar o/a paciente a entender melhor o que se deseja frente a determinada questão. Realmente é uma situação muito difícil estar lidando com uma pessoa que não está bem mas é importante também saber que a pessoa não se resume ao seu problema psíquico, que ela é muito mais do que o problema que enfrenta. É importante também saber o que você quer, não só o que ele quer. Espero que possam encontrar o melhor caminho para os dois.
Oi Maria, obrigado por compartilhar conosco. Bom, primeiro é difícil dar uma opinião sem saber todos os detalhes, porque cada caso é um caso. Geralmente, a forma como eu trabalho e como eu oriento outros psicólogo em supervisão é que quando existe alguém no círculo social do paciente que está trazendo prejuízo, ensinamos o paciente a perceber e a decidir. Particularmente eu nunca digo para paciente nenhum se afastar ou se aproximar de alguém, pois isso tem que ser uma decisão dele, o paciente precisa ter autonomia para decidir. É muito perigoso o psicólogo ficar decidindo pelo paciente. Entretanto, existe alguns casos onde o paciente está emocionalmente comprometido, onde sua capacidade de julgamento e decisão está prejudicada, então nesses casos o psicólogo pode tomar a frente (tendo avaliado o que é melhor para o paciente, e sempre com essa premissa em mente) e tomar uma decisão por ele, mas isso é pontual. Então o que eu peço para você é avaliar o relacionamento, pensar na dinâmica de vocês e como isso poderia estar afetando seu namorado. Se quiser você também pode procurar terapia para aprofundar essas questões e trabalha-las de modo mais direcionado. Boa sorte.
Olá Maria Luiza,
Sinto pelo momento que se encontra.
Entendo que, nesta situação, o mais adequado é pensar um pouco em você mesma, fazer uma autoavaliação sobre como se sente de fato sobre isso.
É comum a gente lutar para manter os bons relacionamentos que temos (ou aqueles que entendemos como bons).
Lidar com alguém em sofrimento pode causar diversos sentimentos negativos, inclusive a sensação de distanciamento, abandono, ansiedade, entre outros.
Na sua opinião, você acha que deveria se afastar dele ou se aproximar de você mesma?
Se quiser conversar sobre, sinta-se à vontade para me contatar.
Sinceros desejos de boa sorte,
Rafael Silva | CRP 06/190178
A compreensão das dinâmicas emocionais e relacionais pode ser complexa e requer uma análise individualizada. No entanto, posso fornecer algumas considerações gerais:
Orientação da psicóloga: A psicóloga pode ter recomendado o afastamento temporário como uma forma de seu namorado explorar seus sentimentos e emoções sem a influência direta do relacionamento. Isso pode ser uma estratégia para permitir que ele reflita sobre suas emoções e necessidades.
Diálogo aberto: É importante que vocês conversem abertamente sobre a situação. Tente expressar seus sentimentos, preocupações e necessidades. O diálogo pode ajudar a trazer clareza sobre os sentimentos de ambos e as expectativas em relação ao relacionamento.
Auto-cuidado: Enquanto seu namorado está buscando ajuda profissional, é igualmente importante que você também cuide de si mesma. Concentre-se em sua saúde emocional e bem-estar durante esse período.
Respeito mútuo: Respeite a decisão de seu namorado e dê espaço para ele processar suas emoções e questões internas. O autoconhecimento e a reflexão são essenciais para o processo de crescimento pessoal.
Considerações individuais: A decisão de se afastar ou permanecer juntos é altamente pessoal e depende das circunstâncias e das necessidades emocionais de cada indivíduo. Seja honesta consigo mesma sobre suas necessidades e desejos em relação ao relacionamento.
Apoio emocional: Se necessário, busque apoio emocional de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental para ajudá-la a lidar com suas próprias emoções durante esse período.
Lembre-se de que um relacionamento saudável requer comunicação aberta, respeito mútuo e apoio emocional. Se você estiver enfrentando dificuldades em lidar com a situação, considere a possibilidade de buscar ajuda profissional para apoiá-la durante esse processo.
Maria Luiza
Não fique no julgamento... ela pode ter pedido se afastar de você para que aprenda a se responsabilizar por si mesmo.
De qualquer modo agora você vai testar e comprovar se ele é de caráter, se sabe se conduzir na vida ou não.
De ambas as formas, você sai ganhando; ou ele acorda para as responsabilidades sobre a vida dele ou você se afasta de mala!
Abraços
Olá, bom dia! Tudo bem com você?
Primeiramente, é fundamental que você se conecte com seus sentimentos nesta situação. Reserve um momento para explorar suas emoções e pensamentos em relação ao relacionamento. Em seguida, sugiro que você compartilhe abertamente suas reflexões com a pessoa com quem está se relacionando. Pergunte genuinamente sobre o que ela pensa a respeito da sugestão da psicóloga e como chegou à decisão de se afastar.
Lembre-se de conduzir essa conversa com calma, clareza e sem julgamentos, permitindo que ambos expressem suas perspectivas livremente. Após esse diálogo, tire um tempo para avaliar suas decisões, identificando o que é realmente importante para você nesse relacionamento e o que você espera dele.
Entendo que esse processo pode ser doloroso, especialmente quando há a possibilidade de término. Nesse sentido, é essencial cuidar de si mesmo durante esse período desafiador. Se sentir necessidade, não hesite em buscar ajuda profissional, pois contar com o apoio adequado pode fazer toda a diferença para atravessar essa fase com mais clareza e bem-estar.
Olá Marialuiza, seria interessante vocês conversarem juntos e perceberem o que querem fazer. Nessa conversa falarem de seus sentimentos, como se sentem juntos , como se sentem separados. Para tomar a decisão que for melhor para o momento é importante ter a clareza para os dois.
Espero ter te ajudado.
Abraços,
Mariana
Olá Marialuiza! Obrigado por colocar sua questão aqui. Na maior parte das vezes, quando as pessoas relatam orientações de psicólogos, relatam encaminhamentos sem colocar o contexto, especificidades e suas fundamentações. O que acontece com extrema frequência, não é orientar a se afastar das pessoas, mas sim, aproximar-se de si mesmo, resgatar a essência pessoal.
Creio que seja essa a questão. As pessoas não podem explicar suas vidas, facilidades ou dificuldades por presença ou ausência de outras.
Vamos aprofundar entendimento!
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado – Psicólogo clínico e orientador ocupacional.
