Transtorno do Pânico e suas implicações

Este artigo tem por objetivo a compreensão do Transtorno do Pânico e suas Implicações, bem como a Terapia Cognitiva Comportamental pode ser de ajudar no suporte técnico-cientifico.

7 ABR 2016 · Leitura: min.
Transtorno do Pânico e suas implicações

A palavra "pânico" vem do grego Pakikon, que significa medo, pavor repetitivo, palavras que descrevem perfeitamente o que sente um sujeito diante da crise de Pânico. (ABRÃO, 2004). O sentimento de pânico tem uma explicação na mitologia com Pã, um dos deuses da Grécia Antiga – e que "emprestou" o nome para o Transtorno. Pã costumava pregar sustos que deixavam as vítimas, literalmente, em pânico.

A conceitualização do Transtorno de Pânico-TP tem suas raízes na síndrome do coração irritável. Em 1871 Da costa, um cirurgião do exército americano descreveu um quadro de soldados caracterizado principalmente por angústia cardiorrespiratória. Os sintomas somáticos e psíquicos citados por Da Costa, estão atualmente incluídos nos critérios de diagnósticos para Transtorno de Pânico.

A distinção essencial de um ataque de pânico é um período caracterizado de intenso medo, acompanhado por pelo menos 4 a 13 sintomas somáticos, tem um início inesperado, atingindo um pico (em geral em 10 minutos ou menos). Sua frequência comumente ocorre com um sentimento de perigo e uma vontade por escapar (DSM-V, 2015). A característica essencial deste transtorno são os ataques recorrentes de uma ansiedade grave, que não ocorrem exclusivamente numa situação ou em circunstâncias determinadas, mas de fato são imprevisíveis. Comportam a ocorrência brutal de: palpitação e dores torácicas, sensações de asfixia, tonturas e sentimentos de irrealidade e um medo secundário de morrer, de perder o autocontrole ou de ficar louco.

Episódios de pânico emanam de interpretações catastrófico-erradas-erradas, sobre algumas sensações corporais que disparam o sistema simpático, gerando novas sensações corporais alarmantes. Isso ocorreria em indivíduo que tende a superdimensionar as consequências de suas sensações, gerando ainda mais ansiedade, num movimento em espiral rápida e crescente.

Os pacientes com TP tem maior comprometimento da qualidade de vida em função da evitar situações do seu cotidiano social, tal medida estava associada ao medo da ocorrência dos ataques de pânico em situações públicas, assim os pacientes com TP. Tendem a se restringir ao ambiente familiar como forma de autoproteção, levando ao empobrecimento da qualidade de vida. O que caracteriza o TP é a ansiedade sobre a recorrência de um novo episodio de pânico.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das técnicas mais usadas nos casos de transtorno do pânico, baseada nos modelos descritos por Barlow (1988) e Clark (1986, 1997).

A TCC, através das técnicas aplicadas, tem por objetivo o descondicionamento das sensações corporais e do medo, aprendido de forma prejudicial ao seu bem-estar, são utilizados os princípios de aprendizagem para enfraquecer comportamentos desadaptados, e que estão causando mal-estar. Também, utiliza-se de procedimentos que visam à identificação de pensamentos distorcidos para posterior confrontação com a realidade. Diante do exposto, podemos resumir que se faz de fundamental importância à psicoterapia cognitivo comportamental no quatro do TP, visando esclarecer dúvidas, dar o devido suporte técnico-cientifico e correto acolhimento. Assim, ficará mais viável a melhora do quadro.

Foto: por CarolineBach (Flickr)

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Escrito por

Psicóloga Glória Libanio

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