Como lidar com o medo na infância

A maioria das crianças apresenta muito mais medo do que imaginamos. Para cada medo expressado, existem outros que ela mantêm somente para ela mesma (sem identificar).

5 SET 2016 · Leitura: min.
Como lidar com o medo na infância

É comum pensarmos que o medo se assemelha a covardia. Os pais por hábito e empoderados pela sociedade e sua própria cultura, gastam energia explicando e desconsiderando os temores das crianças, em vez de aceitar os sentimentos das mesmas.

As crianças aprendem a esconderem seus medos, para agradar os seus pais, ou então para não assustar os pais, por acreditar que eles não suportariam a verdade.

O medo pode ser representado por diversos comportamentos, tais como :

  • Agressão
  • Comportamento retraído/ timidez
  • Sintomas físicos/psicossomáticos
  • Muitos temores/medos, como ir à escola, dormir sozinho, assistir tv sozinho, tomar banho, entre outros.

É importante ressaltar que a visão dos pais e ou cuidadores faz toda a diferença neste quesito, a maneira que este adulto encara a apresentação do medo junto a criança faz toda a diferença.

As crianças tem necessidade de falar sobre seus medos, alguns deles são resultados de ideias falsas, outras baseiam se em situações reais. Muitos são resultados de lugar desigual que a criança ocupa em nossa sociedade.

Todos os medos precisam ser reconhecidos, aceitos , respeitados, só assim ele (o medo) pode ser encarado abertamente e a criança ganhara força para lidar com um mundo que as vezes lhe parece ameaçador.

Agravantes do medo

O medo de algumas crianças pode se transformar em fobia, algo que cresce e chega a assumir proporções tais que os esforços para evitar as coisas temidas interferem na própria vida da criança.

Quando o medo aparece deve se trabalhar com o que esta presente, é preciso tentar entender e escutar a situação trazida pela criança e embarcar nela , direcionando para o que é real , mostrando para a criança , a partir do medo dela que você esta acreditando naquilo , por isso esta questionando e mostrando a realidade dos fatos.

O medo às vezes pode fazer parte da fantasia infantil onde ela viu alguma cena e imaginou algo que é racionalmente terrível para seu entendimento.

A fantasia tem um valor inestimável na infância, por diversas vezes ainda criança lembro me de recorrer as fantasias para dar conta de algo que estava incomodando, como por exemplo primeiro dia de aula, provas, festinha do colega, passeios… Enfim qualquer coisas que para o adulto parece ser corriqueiro, pode ser um canal de fantasias ansiogénas na infância, e quando mal administrada pode gerar medo e desencadear demais transtornos.

Mas, calma, pais! O medo e ansiedade fazem parte da vida de nossos pequenos, até mesmos porque sem eles não experimentamos o melhor de ser criança e não amadurecemos o suficiente para sermos responsáveis por nos mesmos.

O que é importante destacar é a postura daquele que cuida desse medo, como o adulto enxerga o questionamento da criança, como ele reage e orienta. Escutar como os ouvidos de uma criança é sempre o melhor caminho. Pense nisso. Afinal, você já foi criança um dia!

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Escrito por

Gisele Manzotti

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