Sua criança está pronta para namorar?

Quando de fato seu filho está pronto para namorar? O que isso realmente significa? Acompanhe a reflexão da psicóloga Elaine Mardegan.

25 JUN 2019 · Leitura: min.
Sua criança está pronta para namorar?

Ouço muitos pais dizendo que o namoro é uma experiência que desejam que seus filhos tenham - não até algo em torno dos 30 anos de idade. Sério, porém, fica a pergunta. Quando de fato seu filho está pronto para namorar? No início da adolescência? Quando já atingiu a juventude? Ou ainda no final da infância?

Sim, porque atualmente tenho tido experiência com crianças que dizem estar namorando, cada vez mais cedo. Recentemente um garoto de 12 anos de idade fez um pedido formal para uma menina de sua sala de aula, com direito a alianças e declaração de joelhos. As opiniões se dividem e importa esclarecer que, na verdade, não se trata apenas de idade.

Descobrir o que 'namoro' significa para seu filho é muito mais importante, afinal vocês podem ver isso de maneiras muito diferente.

Uma menina do 6º ano pode dizer: "Fernando é meu namorado", mas o que isso significa? Nessa idade, as crianças usam rótulos de encontros, mas não estão prontas para ter muita interação direta, além de sentar-se juntas na hora do intervalo de aulas.

No 9º ano, namorar provavelmente significa falar ao telefone e sair, geralmente em grupos. No ensino médio, já adolescentes, eles são mais propensos a desenvolver sérios apegos românticos.

Observe o que "namoro" significa para o seu filho e depois fale sobre isso com ele. É preciso construir uma linha de diálogo, como por exemplo, você pode dizer: “Parece que muitas crianças estão falando sobre namoro agora. Isso é algo que você está interessado?

Procure orientar seu filho, explicando a ele os níveis de uma relação amorosa, e que criança não namora. Criança se relaciona com os amiguinhos, e eles são simplesmente amigos. Amizade é o nome. Insistir em namoro na infância é adultizar as crianças, incentivar a erotização precoce! Há um tempo apropriado para cada coisa na vida.

Concentre-se na maturidade emocional mais do que a idade. Não é apenas sobre a idade do seu filho. É seu trabalho, como pai/mãe, descobrir se seu filho está pronto para lidar com o nível de namoro que tem em mente, principalmente com as implicações emocionais, incluindo as frustrações.

Preste atenção em como ele responde quando você começa uma conversa sobre namoro. É claro que provavelmente será desconfortável para vocês dois, mas se ele demonstrar tanto incomodo ficando irritado ou desligado, evitando continuar a conversa, pode ser um grande sinal de que não está pronto para isso. Se isto acontecer, garanta ao seu filho que não há pressa para começar a namorar.

Se em vez disso, ele responder às suas perguntas ou parecer ansioso para namorar, você pode orientar a conversa para tranquilizá-lo de que esses sentimentos são normais. Entretanto compreenda que seu papel é mostrar aos seu filho o que é do mundo adulto e do mundo infantil e não misturar tudo como muitos vêm fazendo.

Reflita as seguintes questões

Seu filho está pronto para se conectar com alguém? Ele está apenas tentando acompanhar seus amigos? Ele é confiante e capaze de cuidar de si mesmo? Ele lhe diria se algo desse errado? Ele parece fisicamente mais maduro do que realmente é, emocionalmente? "Um garoto de 12 anos que parece 16 não está pronto para namorar alguém com 16 anos".

Também é importante prestar atenção sobre as armadilhas do conceito sobre namoro moderno semelhante à dos restaurantes fastfood — não é errado comer lá, mas algo muito melhor está disponível. Precisamos ajudar nossos filhos a lidar melhor com relacionamentos. Podemos por exemplo fazer com que tenham uma compreensão adequada do que é o amor e que entendam que a pessoa em que estão atualmente interessados ​​provavelmente não será a pessoa com quem se casam. Certifique-se de que seu filho tenha limites e incentive-o a não os cruzar por ninguém.

Pensar sobre a filosofia do namoro é metade da batalha. Ao fazer isso, você pode fazer mais do que curar um joelho machucado. Você pode estar salvando seu filho da dor de uma mágoa séria, uma lesão muito mais devastadora.

Por Elaine Mardegan, psicóloga inscrita no Conselho Regional de Psicologia de São Paulo

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Escrito por

Ela Mardegan

Psicóloga clínica com certificação em coach e formação internacional em análise bioenergética. Também tem especialização em trauma e stress e hipnose clínica. Ao longo de mais de 30 anos, construiu uma sólida carreira com experiência em pessoas. Tem como objetivo ajudar seus clientes a transformar suas vidas.

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Comentários 1
  • Layssa Horn Torresani

    Mais eu namoro e o namoro é um namoro saudável só nós abraçamos , damos selinho e cuidamos um dos outro

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