A baleia azul tem muito a nos ensinar

Reflexões sobre o fenômeno da baleia azul e de que forma ela influencia a forma com que nos relacionamos com nossos jovens.

17 MAI 2017 · Leitura: min.
A baleia azul tem muito a nos ensinar

Muito tem se falado sobre o "jogo da baleia azul". A mídia tem o explorado de forma sensacionalista, alertando aos pais sobre a monitoração do conteúdo ao que os filhos têm acesso nas redes sociais. Entretanto, pouco tem se falado sobre o que vem antes da baleia azul. Este jogo tão demonizado apenas revela o quanto temos perdido nossos jovens precocemente. Isso porque ele só consegue influenciar adolescentes já emocionalmente vulneráveis.

Os 50 desafios não contêm uma espécie de magia que leva jovens saudáveis a odiarem suas vidas e darem cabo dela. Quem aceita jogar são jovens já doentes, perdidos, sem expectativa de vida. Não é o jogo da baleia azul que os mata, é a depressão. A depressão já mata mais jovens que o HIV em todo o mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Na faixa etária dos 15 aos 29 anos, apenas acidentes de trânsito vencem o suicídio, representando 11,6% do total de mortes contra 7,3% no que se refere ao suicídio.

Vamos usar a popularidade da Baleia azul para falar sobre as emoções dos nossos adolescentes. Emoções essas tão mais intensas e à flor da pele nesta idade. Por que não usar este momento para falar de depressão, ansiedade, insegurança? Dediquemos um tempo para ouvi-los e reconhecermos que a baleia azul é apenas a ponta do iceberg.

Ninguém acorda num "belo dia" e decide se matar. As pessoas, em geral, dão sinais de que as coisas não vão bem. É necessário um olhar atento aos sinais iniciais. Podemos citar como alerta o isolamento, apatia, desmotivação para fazer coisas que antes considerava prazerosas, irritabilidade, alteração no sono (dorme mais ou menos do que o habitual), alteração no apetite (come mais ou menos do que o habitual), dificuldade de concentração, uso de substâncias psicoativas, automutilação, pensamentos ou falas sobre morte.

Caso verifique a necessidade, um psicólogo pode ajudar!

PUBLICIDADE

Escrito por

Estúdio Vida Positiva

Consulte nossos melhores especialistas em adolescência
Deixe seu comentário

PUBLICIDADE

últimos artigos sobre adolescência

PUBLICIDADE